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O que ocorre após a morte - Parte I

Atualizado dia 5/7/2008 7:59:49 PM em Espiritualidade
por Erasto Magalhães Jr.


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O que ocorre após a morte – na visão Teosofista de Charles w. Leadbeater

Parte I:

A morte é o abandono do corpo físico; mas isso não faz mais diferença para o Ego do que faz para um homem físico largar um casaco. Tendo descartado seu corpo físico, o Ego continua a viver em seu corpo astral até que tenha se exaurido a força gerada por emoções e paixões a que tenha se permitido sentir durante a vida terrena. Quando isso tiver ocorrido, a segunda morte tem lugar; o corpo astral também se desprende dele, e ele se encontra vivendo no corpo mental e no mundo mental inferior.

Nesta condição ele permanece até que as forças de pensamento geradas durante suas vidas física e astral tiverem frutificado; então ele larga o terceiro veículo por sua vez e permanece uma vez mais como um Ego em seu próprio mundo, habitando seu corpo causal.

Não há, portanto, nenhuma coisa como a morte do modo como é entendida costumeiramente. Há somente uma sucessão de estágios numa vida contínua - estágios vividos nos três mundos um após o outro.

A distribuição de tempo entre estes três mundos varia muito à medida que o homem avança. O homem primitivo vive quase exclusivamente no mundo físico, passando só poucos anos no astral ao fim de cada uma de suas vidas físicas. Ao se desenvolver, a vida astral se torna mais longa, e à medida que o intelecto se expande nele, e ele se torna capaz de pensar, começa a despender um breve período também no mundo mental.

O homem comum das raças civilizadas permanece mais tempo no mundo mental do que no físico e no astral; na verdade, quanto mais um homem evolui mais longa se torna sua vida mental e mais curta sua vida no mundo astral.

A vida astral é o resultado de todos os sentimentos que têm em si o elemento do eu. Se tiverem sido diretamente egoístas, o levarão a condições muito desagradáveis no mundo astral; se, mesmo tingidos de pensamentos sobre o eu, tiverem sido bons e gentis o levarão a uma vida astral comparativamente mais agradável ainda que limitada.

Os seus pensamentos e sentimentos que tiverem sido inteiramente altruístas produzem seu resultado em sua vida no mundo mental; portanto aquela vida no mundo mental não pode ser senão bem-aventurada. A vida astral, que o homem tiver feito para si ou miserável ou comparativamente jubilosa, corresponde ao que os Cristãos chamam de purgatório; a vida mental inferior, que é sempre inteiramente feliz, é o que é chamado de céu.

O homem faz por si mesmo seus próprios purgatórios e céu, e estes não são lugares, mas estados de consciência. O inferno não existe; é só uma invenção da imaginação teológica; mas um homem que vive levianamente pode fazer para si um purgatório bastante longo e desagradável.

Nem o purgatório nem o céu podem jamais ser eternos, pois uma causa finita não pode originar um resultado infinito. As variações nos casos individuais são tão diversas que dar exemplos reais pode ser um pouco enganador. Se tomarmos o homem comum do que chamamos classe média, cujo representante típico poderia ser um lojista ou um vendedor, sua vida média no mundo astral seria talvez cerca de quarenta anos, e a vida no mundo mental cerca de duzentos.

O homem de espiritualidade e cultura, de outro lado, poderia ter talvez vinte anos de vida no mundo astral e mil na vida celeste. Algum que fosse especialmente desenvolvido poderia reduzir a vida astral para uns poucos dias ou horas, e passar mil e quinhentos anos no céu.

Não só a extensão destes períodos varia grandemente, mas as condições em ambos os mundos diferem muitíssimo. A matéria de que todos estes corpos são construídos não é matéria morta mas viva, e este fato deve ser levado em conta. O corpo físico é construído de células, cada qual é uma pequena vida separada animada pela Segunda Emanação, que provém do Segundo Aspecto da Deidade. Estas células são de diferentes tipos e desempenham várias funções, e todos estes fatos devem ser levados em consideração se o homem desejar entender o trabalho de seu corpo físico e viver uma vida sadia nele.

A mesma coisa se aplica aos corpos astral e mental. Na vida celular que os permeia não há nada ainda que se assemelhe a uma inteligência, mas há um forte instinto sempre pressionando em direção ao que é para seu desenvolvimento.

A vida animando a matéria de que tais corpos são feitos está no arco exteriorizante da evolução, se movendo para baixo e para fora em direção à matéria, de modo que progresso para ela significa descer em formas mais densas de matéria, e aprender a expressar-se através delas.

Para o homem, desenvolvimento é exatamente o oposto disto; ele já mergulhou fundo na matéria e agora está se elevando dela em direção à sua fonte. Há por isso um constante conflito de interesses entre o homem interno e a vida que habita a matéria de seus veículos, porquanto a tendência desta é descer, mas a daquele é subir.

A matéria do corpo astral (ou antes a vida animando suas moléculas) deseja para sua evolução quaisquer ondulações que possa obter, dos mais variados tipos possíveis, e o mais grosseiras possível. O próximo passo em sua evolução será animar a matéria física e se acostumar a vibrações ainda mais lentas; e, como um degrau neste caminho, deseja as mais grosseiras das vibrações astrais. Ela não tem inteligência para planejar isso definidamente, mas seu instinto a ajuda a descobrir o modo mais fácil de procurá-las.

As moléculas do corpo astral estão constantemente mudando, assim como as do corpo físico, mas de qualquer maneira a vida na massa daquelas moléculas astrais tem, ainda que muito vago, um senso de si mesma como um todo - como um tipo de entidade temporária. Não sabe que é parte do corpo astral do homem; é muito capaz de entender o que é um homem; mas percebe de um modo cego que nas suas condições atuais recebeu ondulações em número e intensidade muito maiores do que receberia flutuando ao acaso na atmosfera.

Ela só ocasionalmente captaria então, à distância, a radiação das paixões e emoções humanas; agora, que está bem no coração delas, não pode perder nenhuma, e as obtém na intensidade máxima. Portanto sente-se em boa posição, e faz um esforço para mantê-la. Ela se sente em contato com algo mais refinado que ela - a matéria do corpo mental do homem; e passa a sentir que se pudesse coagir aquele algo mais fino a se envolver em suas próprias vibrações, elas seriam grandemente intensificadas e prolongadas.
Continua....
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