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O homem e o mundo

Atualizado dia 5/14/2008 5:31:11 PM em Autoconhecimento
por Claudia Gelernter


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Hoje em dia as coisas nos parecem tão complicadas que uma sensação de desamparo anda tomando conta do cenário: vamos nos tornando expectadores de um filme tenso, onde o final vai depender de como o enredo vier a se desenvolver, onde os personagens muitas vezes fogem do esperado, improvisando e passando do papel de “mocinhos” para “bandidos” em um curto espaço de tempo. Aliás, qual será mesmo a largura da linha que separa a sanidade da loucura? Difícil definir...

Pais que enforcam filhos, que os prendem em porões por muitos anos; mães que abandonam bebês em latas de lixo ou dentro de lagoas sujas; maridos que enganam; mulheres que atacam; filhos que desrespeitam e se drogam, enfim: pessoas em desequilíbrio, doentes, que precisam ainda de muitas experiências e auxílio para conseguirem trilhar caminhos melhores.

E com isso vamos todos sofrendo e, por vezes, causando também a dor dos outros. Como sermos equilibrados em um mundo com tantos desequilíbrios?

Diante do quadro alarmante trazido pelas fontes de notícias, sensacionalistas e, porque não dizer, tendenciosas, ficamos atônitos. Muitos decidem se desligar da realidade do mundo, confinando-se cada vez mais em suas casas, com seus familiares, tendo pouco ou nenhum contato com as instituições sociais.

Numa tentativa de manter a “paz” interior, o equilíbrio, alienam-se do mundo. Entretanto, o que chamamos de paz ainda está longe de seu significado real, muito mais abrangente e profundo. Porém, não creio que caiba aqui maiores reflexões sobre o assunto. À nós basta comentar que paz verdadeira só se consegue através da própria experiência interior em total harmonia, sendo que tal sensação não está suscetível aos arrastamentos e desenganos do mundo exterior.

Voltemos, agora, às nossas reflexões: “Será que se desligar do mundo, resolve?" Antes de respondermos tal questão, seria mais sensato buscarmos responder uma outra, muito mais importante e urgente: - “O que viemos fazer neste mundo? Por que e para quê estamos aqui?” Sem tais respostas primordiais, todo o restante perde o sentido.

Se a sua resposta foi: “Eu nasci para ser um vencedor”, ou um “Estou aqui para curtir a vida”, ou ainda “Quero ganhar muito dinheiro e ter poder”, então a atitude de excluir-se dos problemas da sociedade - apenas retirando dela o que lhe interessa, ou seja, condições para se firmar materialmente - começa a fazer sentido. Ora, se o objetivo é cuidar apenas do próprio umbigo no âmbito material, então a atitude está justificada.

Entretanto, se sua resposta foi “Estou aqui porque preciso evoluir, pois sou um Espírito imortal em uma reencarnação”, então a coisa muda de figura, caro leitor. Isso porque me parece que sua programação reencarnatória e suas aspirações e objetivos estão em harmonia no momento. Este tipo de resposta denota uma reflexão bastante filosófica, baseada em um silogismo interessante: “Se existe Deus e Ele é Perfeito, Justo e Bom, então minha existência e a dos outros têm um propósito maior, onde as experiências são o caminho, o processo”.

Com isso parece-nos que em nada resolveria isolar-se do mundo. Isso porque sem o contato humano não conseguimos crescer, evoluir, aprender, experimentar. É como decidir comer omeletes sem querer quebrar os ovos. Não dá. Tudo neste mundo demanda esforço e crescer sem vivenciar alegrias e desilusões torna-se, então, impossível.

Concluímos que o melhor caminho é estar em contato, mas sem perder o equilíbrio. Só que, estar em equilíbrio dentro de uma sociedade muitas vezes desequilibrada é tarefa hercúlea, bem o sabemos. Mas não impossível.

Com muita cautela e sem a intenção de fazer parecer aqui uma receita de auto-ajuda, uma vez que tais receitas podem muitas vezes gerar resultados desastrosos, creio que podemos indicar ao menos duas atitudes positivas diante da nossa realidade, na atualidade:

* Que tal buscar o que há de bom no mundo? Sim, por mais que lhe pareça estranho, caro leitor, existe muita coisa boa acontecendo exatamente nesse momento: pessoas ajudando, profissionais se esforçando, pais e mães educando, crianças brincando e aprendendo o valor da honestidade... Valorizar o que há de bom é muito importante para conseguirmos perceber que estamos todos em crescimento e que, portanto, nem tudo é desequilíbrio por aqui.

* Outra postura interessante é considerar que “todos estamos exatamente no mesmo processo: estamos em evolução”. Isso implica em aceitarmos o fato de que ninguém terminou a tarefa, ainda. Todos nós, neste Planeta lindo e azul, temos muito que aprender e precisamos de muita paciência da parte do Pai. Então, que tal uma boa dose de paciência e apoio para com o próximo? Afinal estamos todos no mesmo barco. Assim nos disse o Mestre:"Que atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecados..."

Enxergarmos além do que nos é exposto talvez seja a melhor maneira de se conseguir viver aqui, cumprindo nossa real programação, com menor sofrimento e maior aproveitamento.

E que venha o mundo!

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Conteúdo desenvolvido por: Claudia Gelernter   
Tanatóloga e Oradora Espírita, professora e coordenadora doutrinária
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