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EMINÊNCIAS PARDAS

Atualizado dia 9/5/2007 7:48:55 PM em Autoconhecimento
por Christina Nunes


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"O que sustenta qualquer edificação é a sua argamassa, não a pintura ou os seus adornos externos" - Caio Fábio Quinto

Meu Amparador desencarnado, Caio, costuma dizer que um dos primeiros requisitos observados para um trabalho de amparador espiritual bem sucedido dos que se acham mergulhados nos embates da vida corpórea é possuir, ou desenvolver, a aptidão para atuar a partir do enfoque do que se entende como eminência parda! Explico.

A eminência parda é um valor em si, nalguém normalmente dotado de luz própria em variadas áreas da vida humana - mas num indivíduo que atua à parte dos holofotes das lisonjas ou das relevâncias pessoais! Um conselheiro imprescindível nas horas das decisões importantes; um cooperador-chave para a realização a contento de algum trabalho, projeto ou atividade. Alguém que não se sobressai propriamente como atuante - mas com a sua atuação, a partir do seu valor intrínseco e decisivo!

Alguém já disse que por detrás de um grande homem há sempre uma grande mulher. Pois que, assim como existem mulheres que impulsionam positivamente a vida de um homem, algumas há que exercem sobre a sua vida o efeito contrário: precipitam-nos à sarjeta, ao rés do chão! Destroem-lhes a vida!

Bem...não sei se o ditado é estritamente verdadeiro. Mas de algo eu sei: o trabalho dos Amparadores desencarnados se dá bem assim...conforme explica e exemplifica o meu próprio Amparador, um líder nato no passado longínquo das grandes conquistas romanas, mas que, com o passar dos séculos e das vivências, tornou-se noutro tipo de valoroso líder: naquele que, longe das impressões fortes - e enganadoras! - dos nossos sentidos corpóreos, e portanto de qualquer flagrante reconhecimento pela autoria das suas atitudes em cem por cento das vezes de uma abnegação absoluta - realiza milagres no estado de ânimo dos que pretende auxiliar durante os desafios inerentes ao período de mais uma vida material, cheia de sobressaltos e de aprendizado útil! Naquele líder oculto que nos compele a digerir o remédio muitas vezes amargo com resignação e com entendimento; que, com tato e suavidade indizíveis, induz-nos à compreensão propícia a uma reformulação precisa da nossa visão de vida e das nossas atitudes, em nosso próprio benefício, em horas críticas; que inspira-nos a resignação e a tolerância, e a certeza esperançosa de um porvir compensador aos nossos propósitos, se bem assimilarmos as preciosas lições do dia-a-dia... e tudo isso sem contar com um elogio sequer! Antes, com dúvidas arraigadas, embora compreensíveis, dos que por aqui se demoram mergulhados nas incertezas recorrentes acerca da realidade desta vida maior que a todos nós aguarda! E sem promessas de promoções ou de recompensas pelo que envidam exclusivamente, e com maestria, em função, unicamente, de amor ou de afeto abnegado!

Este é, portanto, um exemplo claro do que seja uma eminência parda...

Um exemplo que nos convida a reconhecê-las também aqui, no nosso enredo por enquanto mais imediato de vida, durante nosso estágio transitório no mundo de aparências na matéria mais densa - para a confirmação de que as eminências pardas são indispensáveis no contexto turbulento da trajetória humana nos últimos séculos -e talvez que as mais indispensáveis!

Assim que, exemplos de eminências pardas, nós as temos aos montes, se bem dispusermos dos legendários olhos de ver: eminências pardas como a moça anônima do conhecimento popular que - poucos o sabem, mas eu o sei, por se tratar de uma conhecida de infância de quem me chegou esta curiosa informação há algum tempo! - sai, sem que ninguém o saiba, ao encontro das populações de rua com a sua bolsinha de compras de mercado, com o fim de mitigar a fome e as necessidades materiais de ao menos alguns! Como os que, já mencionados em artigos anteriores, pertencendo ao nobre movimento dos médicos sem fronteira, aliviam os sofrimentos de outros tantos, sem que sequer conheçamos-lhes os nomes; e afinal como Maria, a enfermeira obscura daquele setor de atendimento médico que, sempre carente de reconhecimento da parte da chefia daquela clínica devido a fofocas e a maledicências de colegas de serviço, obteve enfim, acerca do seu desempenho, o julgamento correto - quando o destino houve por bem colocar-lhe nas mãos, numa eventualidade dramática, justo a filhinha de um dos médicos componentes da chefia, gravemente doente, que teve a sua saúde recuperada como que por milagre, tanto pela sua então constatada competência, acima de qualquer contestação e expectativa, quanto pela bagagem extra de vocação inata e de dedicação amorosa que a sua índole modesta e digna, anteriormente, e apenas por isso, fez passar despercebida!

Eminências pardas! São bem estes, meus caros, os que nos valem nas horas da necessidade maior! Sem alardes, sem estouros na mídia e sem ruflar de tambores! Distanciadas dos julgamentos insidiosos, frívolos e alardeados pelas maiorias inconscientes e eivadas das limitações míopes de visão de vida; e, no mais das vezes, isentas do estardalhaço e da exibição ostensiva do perfil audacioso e agressivo exigido pelos parâmetros próprios da competitividade profissional feroz, presente nos dias de hoje!

Sou profundamente grata a cada uma das heróicas Eminências Pardas que, mais do que ninguém, beneficiou e auxiliou a minha trajetória até aqui - com a sua graça, elegância, luz própria e nobreza dalma!

A minha mãe e a meu pai, a meus filhos e aos meus familiares; aos anjos da guarda disfarçados no ambiente profissional árduo do dia-a-dia; aos muitos amigos virtuais; a editores e a leitores iluminados que me presenteiam diariamente com palavras de luz e com novas e valiosas amizades. Aos Amparadores desencarnados! E ao meu adorado - e adorável! - Amparador espiritual particular!

Eu não seria nada sem vocês, já que cada um compõe, sempre, um capítulo importante da minha jornada!

Com amor,
Lucilla

Lucilla & amp. Caio Fábio Quinto são autores dos romances espíritas O Pretoriano (Mundo Maior Editora); Sob o Poder da Águia, e Elysium, Uma História de Amor Entre Almas Gêmeas, (da Lúmen Editorial)


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Conteúdo desenvolvido por: Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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