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Os riscos da Sedução

Atualizado dia 9/12/2007 4:52:13 PM em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Quando falamos de sedução, logo pensamos em garotas lindas usando roupas sensuais ou nos filmes de amor, em que pessoas tentam de todas as formas viver um grande amor. Sedução fala muito ao inconsciente feminino.

Não conheço uma mulher que já não tenha tentado seduzir o seu parceiro. Creio, inclusive, que é uma atitude saudável se for usada em proporções corretas.
Cuidar de si, do seu corpo, arrumar os cabelos; tratar do espírito também faz parte. Enfim, dar ao mundo o nosso melhor. Tudo bem... O que não é recomendável é se manter sofrendo porque não alcançamos o objetivo de nossa sedução.
Queremos ser amados, aceitos e acolhidos, como sugere uma técnica do Havaí que ensina mostrar afeto e empatia com o sofrimento e dores, dizendo: “Sinto muito”. Depois externar carinho e respeito e incentivar o desenvolvimento, dizendo: “Eu te perdôo”.
Finalmente, sentir amor intenso e verdadeiro expressando também um abraço apertado dizendo: “Eu te amo”.
A maioria de nós pensa na sedução como uma técnica de conquista, mas ao contrário disso, é um comportamento comum que usamos em nossa vida. No jeito de se vestir, sentar, agir, sempre carentes de algo, de alguém, de alguma palavra. Tentamos seduzir o mundo à nossa volta para preencher o vazio interior. E parece que quanto mais colocamos coisas na nossa vida, mais vazios nos tornamos.
Queremos amar, mas não sabemos acolher nossos próprios sentimentos e desafios.

Amigo leitor, não estou sugerindo que você se deite numa cama e aceite que está sofrendo por ser uma pobre vítima de um destino infeliz; isso não é verdade, por pior que seja o seu momento atual...
Tenho certeza absoluta que existem várias coisas que você pode fazer, mas tem que ser diferente de tudo o que você tem feito. Pense nisso... Pois se a vida está ruim e você se sente vítima de alguma situação, o destino está gritando: Mude, transforme-se, encontre alternativas. Isso é muito positivo. Se há portas fechadas, você está sendo convidado a usar sua força divina.

Nesta sintonia de sedução diferente que estou abordando neste artigo, recebi Heliodora.
Essa mulher era uma executiva que havia largado uma carreira de sucesso para se dedicar aos negócios da família, casada, com quatro filhos (sendo um adotado), veio desabafando que tudo estava errado em sua vida. Apesar de passar muita força, ela tinha uma voz suave e uma aparência tranqüila.

Como estou acostumada com o mergulho interior, trazendo situações diferentes do mundo objetivo, não estranhei quando apareceu uma vida em que ela havia sido um fazendeiro com muitos escravos que se sentia também um escravo frente aos seus enormes compromissos, pois ele tinha que manter sua estrutura funcionando mesmo em épocas de seca, ou de quebra da lavoura. Ele queria cuidar de todos e não se sentia acolhido ou cuidado por ninguém. Suas atitudes eram rudes e não demonstravam o que ele carregava no seu coração. Havia uma tristeza imensa em sua alma e uma profunda solidão.
Quando conversamos, Heliodora me disse que era exatamente o que ela sentia hoje.
Você que está lendo este artigo pode estar se perguntando: o que isso tem a ver com sedução??? E eu respondo: Tudo...

Heliodora confessou estar sempre trabalhando para conquistar o afeto das pessoas. Sentia que seu casamento estava falido. Seu marido simplesmente se recusava a crescer, assumir responsabilidades e, assim, ela tinha que bancar tudo da mesma forma que fez na sua vida passada e, embora contrariada, ela mantinha seu casamento devido aos filhos...

- Você está casada por conta dos seus filhos? Perguntei para ajudá-la a entender suas escolhas e o sofrimento que isso causava em sua vida.

- É, estou casada porque acho que meus filhos precisam de um pai. Assim me sujeito a coisas que você nem pode imaginar. Nunca faço o que quero, faço tudo pelos outros. Vivo seduzindo todo mundo para ter as pessoas que amo perto de mim.

- E isso funciona?

- Não sei dizer... Todos estão por lá, mas não tenho o apoio de ninguém. Meus filhos estão acostumados a receber o que faço por eles e meu marido é mais um filho na minha vida.

- E por que você não muda tudo isso se já sabe que essas questões a estão perturbando demais?

- Não mudo porque tenho medo de perder as pessoas. Vou me sujeitando ao que está à minha volta e acumulando contrariedades e acabo estourando em horas erradas.
Você acredita que isso esteja me deixando mais pobre também? Perguntou ela com os ombros pesando em sua aparência.

- Isto está acontecendo em sua vida? Perguntei.

- Sim, cada vez trabalho mais e recebo menos. Estou me sentindo pobre e tenho que correr atrás das coisas agradando as pessoas, fazendo favores, seduzindo.

Foi inspirada nesta história da minha cliente que percebi que esse tipo de comportamento também pode ser chamado de sedução. A pessoa se sente tão pequena, tão sem valor que fica mostrando ao mundo à sua volta uma beleza, uma força que não é real e torna-se vítima de sua forma sofrida de viver a vida.
Conversamos muito sobre mudar tudo isso que Heliodora enfrentava. Chegamos juntas à conclusão que o primeiro passo seria aprender a dizer não, e colocar limites nos seus relacionamentos, mas não adiantaria nada se ela não assumisse interiormente essa decisão.
Entendemos também que ela deveria repensar sua escolha de manter o casamento e permitir que seu marido cresça e assuma seu papel, pois se ela se colocar à frente e cuidar dos filhos como pai e mãe, por que fazê-los conviver no mesmo teto?
E por último, a vivência mais importante que é acolher a si mesma, perdoando-se das falhas e assumindo o amor.
Expliquei para ela que é fundamental o amor próprio, a auto-aceitação, a visão de que somos filhos de Deus. Os Mestres de Luz ensinam a prática da presença “Eu sou”. Mas para a maioria das pessoas isso não significa muito pois estamos tão afastados do nosso “Eu sou”, que já não sabemos mais o que de fato somos.
Confundimos tudo pensando que somos, ou temos que ser pessoas boazinhas, fazer tudo pelo outro, agradar as pessoas... Isso é válido até certo ponto de equilíbrio, mas precisamos nos aceitar, nos ver como estamos. Olhando para um espelho real, sem maquiagens. Se estamos tristes, precisamos assumir a tristeza, se temos raiva de alguém também precisamos aceitar que temos esse tipo de sentimento, sem nunca esquecer que somos algo mais. Somos seres amorosos e poderosos. Por circunstâncias adversas atravessamos um aprendizado difícil, mas lembrando que tudo pode mudar. Basta coragem e fé.

Quando Heliodora foi embora e a porta se fechou às suas costas, prometi a mim mesma que falaria para as pessoas dos riscos da sedução... Seduzir não é apenas usar roupas justas emoldurando um corpo bonito. Seduzir muitas vezes é uma ação desesperada de encher o coração daquilo que acreditamos estar no outro. Um ato falho quando imaginamos que não temos amor suficiente para nos suprir.

Amigo, neste momento, vibre amor, imagine uma linda flor no seu coração e vibre amor!

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Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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