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Lucidez

Atualizado dia 2/16/2005 5:38:37 PM em Autoconhecimento
por Marcia Picolo Cacioli


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Gostaria de contar mais uma pequena estoria, mas, desta vez, eu serei a protagonista.

Levava uma vida descomplicada (pelo menos era o que eu pensava), bom casamento, bom nível de vida, filhos fortes e saudáveis, longe de todos, incluindo outros familiares.

Sempre gostei de coisas caras, boas roupas, restaurantes, perfumes. Gastava tudo sem me preocupar com o amanhã. Meu marido era bem influente em sua empresa e acreditava aposentar-se nela, com muito sucesso.Tínhamos uma boa reserva no fundo de garantia, o que nos daria uma boa velhice.

Eu, por minha vez, procurava me manter longe de tudo e de todos.Você sabe: “o que os olhos não veem, o coração não sente”. Passava meses sem notícias de minha mãe, pai e irmãos. “Não quero me perturbar com os problemas que não posso resolver”, pensava eu. E assim foi.

Dois anos atrás ... uma surpresa! Meu marido foi demitido! “Bem”, pensei, ”não há com o que me preocupar. Ele logo encontrará uma nova colocação.”
O tempo passou e nada de emprego. Agências, currículos, entrevistas ... nada.
Esgotamos nossas reservas do fundo de garantia.Vendemos um de nossos carros. Perdemos quase tudo. Ficamos sem convênio médico. Fomos ao chão.

Minha mãe sempre me disse que quando passamos por uma situação ruim é porque a vida está nos alertando para algo que estamos fazendo de maneira indevida. Pensei: ”O que poderia eu estar fazendo de errado?” Aí, veio a resposta cruel!

Minha mesa vivia cheia de sobras que iam para o lixo, enquanto minha mãe quase não tinha o que comer. Vivia coberta de etiquetas caras enquanto meus irmãos vestiam farrapos. Habitava uma bela mansão enquanto aqueles que me deram a vida estavam escondidos em um escombro. Banhava-me nas águas azuis de minha piscina e apreciava filmes na tv paga enquanto, por falta de pagamento, cortavam água e luz da casa de minha mãe.

Meditei um pouco sobre o assunto e cai na real. Entendi onde estava o problema. Não que eu pudesse resolver todos os problemas de minha família, mas poderia estar mais presente na vida deles.

Na mesma semana, a empresa onde meu marido tabalhou por 21 anos o chamou .Não iria ter o mesmo cargo mas teria um bom salário.

Há dois meses percebi como minha vida era improdutiva e quanto desperdício eu fazia. Sempre acreditei que quando a vida nos dá coisas em boa quantidade é porque de alguma maneira temos uma capacidade maior de reparti-las. E isto eu não estava fazendo.

Agora, mais lucida, vou procurar repartir as dádivas que a vida me der em confiança. Não só as materiais mas as espirituais também. Um sorriso, uma palavra de conforto ou simplesmente um olhar de aceitação e amor.

Texto revisado por Cris

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