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Andiroba

Atualizado dia 2/15/2010 12:38:15 PM em Corpo e Mente
por Agnes Natuterapias


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- Nome científico – Carapa guianensis Aubl e Carapa procera, Carapa macrocarpa, Carapa nicaraguensis de Candolle (há pequenas diferenças entre essas espécies), são usadas medicinalmente.

- Nomes populares – Andiroba, andirova, andiroba do igapó, purga de santo Inácio. É reconhecida oficialmente pelo “Ministério da Saúde do Brasil” como possuidora de propriedades “Fitoterápicas”. A madeira da andirobeira é muito utiliza na construção civil, para confeccionar batentes de portas e caibros utilizados na construção de telhados.

- Família – Meliáceas (mesma do cedro e do mogno, canjerana e cinamomo).
- Divisão – Magnoliophyta
- Classe – Magnoliopsida
- Ordem – Sapindales
- Família – Meliácea
- Gênero – Carapa
- Espécie – C. guianensis

UM POUCO DE HISTÓRIA

A andiroba foi descrita pela primeira vez pelo botânico francês Jean Baptiste Cristopher Fuseé Aublet, em 1775, na Guiana Francesa, como pertencente à família das meliáceas.
É uma árvore de grande porte podendo atingir 30 m de altura, de fuste reto e cilíndrico, com sapopemas na base casca grosa e amarga, apresentando descamação em placas. A andiroba é uma denominação indígena (Tupi Guarani) que significa sabor amargo (nhandi-óleo e rob-amargo) e que é reconhecida oficialmente pelo ministério da saúde do Brasil, como possuidora de propriedades fitoterápicas.

A andiroba é uma árvore que dá frutos em forma de ouriços redondo, formado por 4 valvas de 3 a 4 mm de espessura, coriáceas, duras de cor parda, que quando amadurece, abre-se deixando cair no chão às sementes em número de 7 a 9, semelhante à castanha portuguesa. Estas sementes são poligonais, chata na parte interna e convexa na parte externa, casca lisa um pouco esponjosa, cor marrom, recobrindo uma massa branca, levemente rosada, compacta, mas pouco dura e oleosa, a semente contém aproximadamente 25% de casca e 75% de massa oleaginosa contendo 43% de óleo é encontrado principalmente nos estados do Amapá, Pará, Amazonas, Maranhão e Roraima, com predominância nas várzeas e faixas alagáveis ao longo do curso d’água, geralmente formando associações com as seringueiras e com árvores de ucuuba, jaboti e pracaxi.

O uso da semente de andiroba é bastante antigo na Amazônia, no período de 1854 a 1864 o uso do óleo de andiroba foi fartamente utilizado na iluminação por moradores da cidade de Belém, sendo substituído pelo gás e, somente em 1896, foi utilizada a energia elétrica durante a primeira guerra mundial quando faltou querosene. Era muito comum no interior da Amazônia o uso do óleo de andiroba para iluminação.
Antes que Edwin Creek iniciasse a exploração de petróleo, com a abertura do primeiro poço em Oil Creek, Pensilvânia, em 27-06-1859, a iluminação em grande parte era feita com uso de óleos vegetais e animais.

No século XX, no período de 1820 a 1880 o estado do Amazonas chegou a produzir de 3000 a 4000 de andiroba por ano, para a iluminação, fabricação de velas e sabão. Atualmente, a sua procura está voltada para a fabricação de sabonetes e cremes de beleza finos, como produto medicinal e na fabricação de velas de andiroba, servindo como inseticida natural.
A indústria do óleo de andiroba teve origem na cidade de Cametá, tanto que em 1893 2\3 da produção do óleo de andiroba em todo estado do Pará provinha daquela cidade. Em 1908, o total de óleo de andiroba importado pela cidade de Belém foi de 62 mil litros.

A industrialização de oleaginosas nativas da Amazônia muito se deve ao químico industrial italiano Celestino Pesce (1869-1942), que emigrou para São Paulo iniciando uma pequena indústria de chocolate, destilaria de óleo e álcool de milho. Vindo para a Amazônia, adquiriu em 1913 a Fábrica Industrial Cametaense, fundada em 1893, pelo padre Antônio Ferreira da Silva Franco e pelo médico Vergílio de Mendonça, que se dedicava principalmente à extração do sebo da ucuuba.
Dessa forma, até 1913, a indústria de fabricação de óleo na Amazônia era limitada à preparação de óleos com as sementes de andiroba dessa fábrica existente no município de Cametá, esta fábrica consistia em um conjunto de três precárias prensas de marca francesa e o óleo preparado era usado na iluminação, movelaria e no preparo do sabão chamado cacau, servindo de cáustico as cinzas do fruto de cacaueiro, com baixo rendimento e, por isso, paralisara. Esta fábrica de Cametá adquirida por Celestino Pesce, em 1913, ficava no bairro Olaria e o povo chamava de “Fábrica Grande”, passou a trabalhar outras oleaginosas e exportava para a Europa e São Paulo.

PROPRIEDADES MEDICINAIS DA ANDIROBA

A andiroba é uma das plantas medicinais estudadas pela CEME (Central de Medicamentos do Brasil) ela contém substâncias como a oleína, a palmitina e a glicerina. São utilizadas no combate de úlceras, dermatite, escoriações, e tem propriedades cicatrizantes a casca é utilizada para o preparo de um chá contra a febre, o qual também serve como vermífugo, transformada em pó, trata feridas e é cicatrizante para afecções da pele.
O óleo é utilizado há mais de um século pelas mulheres da Amazônia como cicatrizante, principalmente em ferimentos causados por picadas de cobras, aranha, escorpião, para contusões, inchaços, reumatismo, esfregando o óleo no local machucado, também é utilizado contra calvície, funciona como reconstituinte da derme, eliminando inflamações e dores superficiais, tumores e distensão muscular; também sabe-se que esse óleo é utilizado como protetor solar e repelente de insetos, especialmente os mosquitos do gênero Anapholes, transmissor da malária. A casca tem ação purgativa na eliminação de vermes, transformada em pó, trata feridas, sua folhas servem contra reumatismo, tosse, gripe, pneumonia e depressão.
Os índios usam a andiroba como medicamento como parasita do pé e associavam a andiroba ao “urucum” (Bixa Orellana L) como preventivo contra picadas de insetos. Os cientistas da FMT (Fundação de Medicina Tropical de Manaus) realizam testes com a andiroba em camundongos, mostrando a eficiência do óleo da andiroba, as pesquisas apresentaram boas atividades inibitórias sobre o infiltrado celular no processo inflamatório local induzido pelos venenos de jararaca e cascavel, os cientistas também comprovaram que a ingestão de doses altas do óleo de andiroba pode ocasionar inchaço no fígado por isso é recomendado o uso de doses pequenas por via oral.
O uso de doses altas pode ocasionar também intoxicação é preciso fazer uso deste medicamento fitoterápico com cautela e bom senso ou com acompanhamento de um profissional da área de fitoterapia com experiência e conhecimento sobre este produto.

Pesquisa realizada pelo Aluno de Fitoterapia do ano de 2008 – Henrique Aurelio Ferreira Coelho

Texto revisado

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