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Culpa em ser feliz???

Atualizado dia 4/13/2013 1:07:57 PM em Corpo e Mente
por Adriana Mangabeira


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Muita coisa acontecendo dentro e fora de nós, numa velocidade assustadora e linda! Para mim é excitante perceber que finalmente algo muito grande está mudando mesmo. E isso me ajuda a permanecer no fluxo, deixando o rio me levar, sem procurar a margem pra agarrar.
Mas confesso que, diante de tantos cortes e finalizações que fiz nos últimos tempos, desponta, de vez em quando uma culpinha por imaginar que as pessoas estão sofrendo com tudo o que eu expus. Encerrei cada relação dizendo, amorosamente, com o que eu não desejava conviver mais. Não é a pessoa que se tornou indesejada por perto; a pessoa eu amo e lamento o afastamento. É o padrão que ela repete, já limpo dentro de mim mesma. E, aí, já não dá mais pra, após um, dois, três, vinte feedbacks, a gente continuar sendo cobrado pelo outro de entrar no padrão dele (reclamação, raiva, ciúmes, carência etc..) de novo.

Sim, o outro sempre agiu assim. E, enquanto a gente faz ressonância, ou seja, enquanto tem um vampirinho gêmeo dentro da gente, a gente se irrita, discute, desestabiliza-se, mas mantém a relação, justamente pra manter essa repetição. A repetição é para que a gente, na irritação, decida mudar a si mesmo. Quanto vamos repetir depende de nós, de nossa proatividade surgir, em detrimento da reatividade.
Quando a gente não tem mais tal conteúdo ressonante em si mesmo, ficar sendo provocado toda hora a ir pro padrão antigo é tedioso e inútil. A gente não vai, não se irrita mais, compadece-se do outro, fica triste por ver que ele poderia estar bem, como a gente conseguiu ficar, mas respeita a opção dele por ficar como acha melhor. Para ele é melhor e é o que importa. Só podemos saber o que é melhor para nós mesmos.

Desejo fazer uma análise de algumas mudanças que percebi acontecendo comigo e com muitas pessoas. Percebi isso quando me questionei de "o que eu queria ganhar" ou "deixar de receber" com essa culpa completamente démodé.

Conforme Osho bem coloca no livro Tantra, existe uma diferença enorme entre ação e atividade. Atividade é um vício, uma compulsão de não conseguir estar parado, na própria companhia e dos próprios pensamentos e emoções. Ação é algo que responde a uma necessidade real. Se tem fome, come. Se tem sede, bebe. Se tem sono, dorme. Mas a mente sempre tenta justificar que mil atividades são ações. Mas não são, em sua maioria.

A compulsão por atividade é fabricada por nosso vampirinho interno, nossa dificuldade em aceitar viver uma vida simples e leve, nosso autovalor deturpado vinculado à autoimportância oriunda de excesso de atividades e de cuidar mais da vida do outro do que da própria. Resolver o problema do outro antes de olhar pros próprios. Culpa em ser mais feliz, mais brilhante e mais bem sucedido que a média das pessoas.
Não que seja motivo para orgulho; mas também não é para vergonha nem culpa. Não tem menos nem mais, a comparação é pura ilusão. Temos que vigiar para não querermos ser melhores que ninguém, mas, igualmente, é imprescindível vigiar de não querermos parecer menos do que realmente somos, no medo de perder atenção e amor ou intimidar ou sermos julgados.
Este movimento de cortar atividades compulsivas e pesos desnecessários veio como conseqüência de trabalhar seriamente meu autovalor nesta nova etapa que acessei, que veio antes com o iluminar minha sombra com amor e compaixão, amar a Adriana que se irrita, que xinga, reclama, se apaixona, tem impulsos passionais...
Sim! Amar essa mesmo!!!

Amar todas as nossas partes, pois essas partes renegadas é que fazem a gente se irritar com o outro, pra que a gente enxergue em si mesmo. Pra que a gente se aceite. Pra que a gente liberte essa "sombra" da jaula, ilumine-a com amor e ela possa nos servir como potencial, recuperando nossa espontaneidade e expressão plenas. E se irritar com o outro é mais um peso desnecessário. O que é dele, a gente devolve pra ele. Se a gente não consegue simplesmente devolver, é porque é nosso também. Então vamos amar nossas partezinhas chatinhas, carentes e, assim, podemos ter compaixão real pelo outro. Ah! Não somos assim? Que bom! Então por que tentar mudar o outro?

Senti que, com isso, cortei muita coisa da minha vida: convivência com algumas pessoas da família de sangue, com outros da família espiritual, de atividades profissionais que não me realizavam... Quando você corta a necessidade de autoimportância através do autossacrifício, do sofrimento, não há mais por que carregar cargas desnecessárias na nossa cesta.
Esta semana fui advertida amorosamente por uma amiga irmã de que eu vinha me irritando com muita facilidade. Disse a ela que não. Que eu me irritava antes, quando reclamava baixinho e não agia. Agora não me irrito. Agora expresso insatisfação e ajo em coerência, fazendo estes cortes necessários e criando novas realidade, mudando caminhos, reavaliando decisões, mudando tudo, tudo, tudo. Estou feliz em ver o sangue correndo nas veias. Por que o que a existência precisa de nós é de AÇÃO! Chega de somente reagir e criticar.

Aceitar o outro sem nos aceitar não é compaixão, é necessidade de aceitação.

Hoje o que vejo nestes dias é construção de muita coisa nova, muito em cada dia. E, pra este novo entrar, tudo que não tem mais sintonia, tem que sair. E, agora sim, é AÇÃO! Ação para criação! Não é atividade, é proatividade. É, repetidamente, me perguntar: "esta ação me aproxima ou me afasta da vida que quero pra mim?". E agir em coerência e lealdade aos sonhos. Pra que os sonhos se materializem, tenham chance, ambiência para isso. E novos sonhos possam nascer todos os dias.

Se existe um incômodo, agradeça. É hora de AGIR.

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Conteúdo desenvolvido por: Adriana Mangabeira   
CONSULTORIA SISTÊMICA: Treino, Orientação e suporte para transformar sonhos em metas, planejar concretizar e alavancar objetivos. Atua com Mentoring, Coaching Sistêmico e Terapias Quânticas Integradas, Consultora pessoal e organizacional, escritora e Palestrante. Colaboradora em grandes Congressos On Line e de Portais.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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