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Da Escola da Vida, Os Melhores Professores e os Mais Hábeis Alunos

Atualizado dia 6/3/2012 11:04:21 AM em Corpo e Mente
por Marcelo Hindi


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A vida é uma grande escola, e à medida que caminhamos por nossas idades, vamos construindo experiências e saberes, registrando nas entrelinhas de nossos dias, tantas e quantas histórias, e incontáveis habilidades, algumas até, de certo modo pouco desejáveis. Nossos hábitos são resultado de nossa adaptação às mais diversas circunstâncias vividas, sendo uma demonstração do modo como nossa estrutura e percepção se acomodam às experiências, de forma a obter eficiência, ou seja, à medida que vivemos nossas experiências, naturalmente repetimos alguns atos e substituímos outros, conseguindo a conveniente mecanização do que parece mais funcional. Dirigir, falar a língua natal, falar um segundo idioma, fazer o percurso casa-trabalho-casa, fazer operações matemáticas, se aborrecer com as mesmas situações, dentre tantas outras, são exemplos das habilidades que adquirimos.Alguns hábitos são favoráveis ao nosso viver bem e outros são desfavoráveis, até sabotadores de nossa qualidade de vida física, psicológica e espiritual. Temos, nesta fantástica escola, professores que nos indicam o que vale ser conservado e o que podemos substituir: são as pessoas e fatos com os quais nos relacionamos. Nesse contexto, refletimos sobre o sofrimento.

Toda a gente sofre e o sofrimento não está contido no acontecimento vivido ou nas circunstâncias; o sofrimento resulta da interiorização do que é percebido no mundo circundante, que, uma vez assimilado é resignificado e produz uma resposta nos pensamentos e sentimentos. Essa reação sim configura sofrimento e pode ser exteriorizada por meio do nosso falar e do nosso fazer. Então, de modo elementar, sofremos porque atribuímos um significado aos fatos, o que resulta em uma resposta emocional dolorosa. E, mesmo se o fato se repetir, por conta do hábito, a nossa resposta tende a continuar a mesma.

Em síntese, o fato é um estímulo e este provoca uma reação (ou resposta); Nosso ‘pensar e ‘sentir são reações ao estímulo e causas do nosso ‘falar e do nosso ‘fazer; O sofrimento resulta de uma relação entre nós (pensa, sente, fala e faz) e um fato de nossas vidas. De modo simplificado, podemos considerar o nosso sofrimento como uma reação nossa aos estímulos contidos nos fatos e acontecimentos de nossas vidas.

Um destaque interessante: mesmo conhecendo o fato, tendo por familiar nossa própria reação ao estímulo do fato, continuamos a sofrer diante do mesmo fato. Por quê? O que faz com que um mesmo fato, em repetição ou aparente continuidade, resulte em sofrimento? Simples: porque é preciso mudar internamente para termos uma resposta diferente ao mesmo estímulo, e mudar é trabalhoso, difícil. Por isso, mesmo que soframos, preservamos os mesmos pensamentos e emoções, por ser mais incômodo mudar do que sofrer.

Em resposta à pergunta "você gosta de sofrer?", muito provavelmente obteremos um sonoro "não!". Então, não mudar por quê? Na teoria, toda a gente quer mudar. Na prática é que reside o aparente desafio, afinal, é trabalhoso mudar, e é mais fácil esperar que o outro mude, que as circunstâncias mudem, que o mundo mude. Enquanto não houver mudança de crenças, filtros, modos de interpretar a realidade, o sujeito dependerá de uma mudança externa para ter alguma chance de minimizar ou cessar um sofrimento. Enquanto o exterior a ele não mudar, o sofrimento persistirá.

Se você exercitar as perguntas "o que tenho a aprender aqui?", "O que posso fazer a respeito?", "O que há para aceitar nessa situação?", "De que modo estou nadando contra a correnteza nessa relação?", já ocorrerá uma mudança do modo de perceber os estímulos e a você mesmo, afinal os fatos e relações se revelarão grandes oportunidades, professores, e o seu próprio poder realizador se expressará, indicando sua vontade forte e perseverante. Se o amigo leitor sofre, considere o dinamismo da mudança voluntária. Se depender de sua vontade mudar um fato, promova a mudança. Se não depender de você mudar o fato, treine a aceitação. Mas em ambos os casos não lute contra a vida, e mude o que sempre depende de você: você mesmo. E considere que para equilibrar à força do velho hábito, só a prática persistente e paciente de algo novo, o que leva algum tempo, mas vale muito à pena, pois você vale muito à pena. Então, que tal uma semana de mudanças?

Um forte abraço.

Marcelo Hindi - Psicoterapeuta Holístico

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