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O Castelo nos Pirineus

Atualizado dia 2/25/2021 10:39:28 PM em Corpo e Mente
por Lisandro


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Compondo minha nova música "O Castelo nos Pirineus" inspirada na obra de Jostein Gaarder (O Mundo de Sofia), passei mais uma vez pelo frequente exercício da paciência. Gravar uma música é um processo parecido com o de escrever um livro. O autor revisa, corta algumas partes, insere outras, verifica se o andamento da obra possui um ritmo bom, se não está longa ou curta demais. Finalmente, lê e relê diversas vezes seu manuscrito e conclui se a obra está ou não apta para publicação.

Com a música não é diferente. Inicia-se o processo de gravação de cada trilha, insere-se ou retira-se instrumentos, verifica-se se a música não está muito longa ou curta, realiza-se cortes, insere-se trechos e estrofes. Após estar tudo bem gravadinho, andamento em ordem, duração adequada, eu costumo ouvir e ouvir repetidas vezes a música, para concluir com certeza se todos os instrumentos estão harmoniosos e nenhum se sobressai. Ouço até não aguentar mais e tenho que concluir e renderizar a música (juntar todas as faixas numa só). Nesta hora fico inseguro e me pergunto se não deveria ter ouvido mais, mixado mais, se a finalização não ficou ruim (mesmo depois de exaustivas horas e mais horas fazendo isso).  

Paulo Coelho nos diz que chega um determinado momento em que devemos seguir em frente, mesmo que não tenha concluído seu trabalho exatamente do modo como gostaria, pois o Diabo mora nos detalhes (e pode nos escravizar por isso, fazendo-nos perder tempo sem necessidade). Para comprovar este fato, hoje coloquei minha esposa para ouvir minha música e dizer se não havia um lado dela tocando mais alto que o outro (se o estéreo não estava desequilibrado, como eu jurava estar). Após terminar de ouvir, fez um comentário até meio técnico (ela é leiga no assunto), retratando exatamente o que eu havia concluído: "Para mim está ok, um instrumento toca deste lado, depois do outro, mas parece ser normal". E era: um violino fazia um efeito que tocava do lado esquerdo e depois do direito. Mas o estéreo estava equilibrado.

Cheguei à conclusão de como somos críticos demais conosco. Somente nós, criadores, somos capazes de enxergar "defeitos" onde os fãs não enxergam. No fim de tudo, temos que realizar uma filtragem em nossa mente, respondendo apenas uma pergunta: "Isso está do jeito que eu gosto ou estou preocupado com o que outros irão dizer?"

Ouvi mais algumas vezes, nivelei os volumes da maneira que eu queria e renderizei a música. O Diabo mora nos detalhes, mas com certeza  meus ouvintes não o encontrarão neles, pois apenas o necessário foi considerado e os detalhes excessivos, que foram ignorados, não deixaram espaço para alguém habitar. Faça bem feito, mas não exagere. Tome cuidado para não se tornar obsessivo e criar seu crítico demônio pessoal, que irá escravizá-lo, deixá-lo exausto e acabar com o seu entusiasmo.
 www.lisandros.com

Texto revisado

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