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O que é e como surgiram a Hipnose e Hipnoterapia - História

Atualizado dia 10/6/2014 12:49:48 PM em Corpo e Mente
por Ricardo Almeida Gameiro


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A hipnose é um estado alterado da consciência, caracterizado por uma focalização extrema da atenção e um profundo relaxamento físico, que permite uma abordagem do subconsciente da pessoa.

Já a hipnoterapia é a utilização da hipnose para fins terapêuticos. Por meio de métodos de relaxamento e concentração, é possível o paciente atingir um estágio mental diferente, o chamado transe hipnótico, durante o qual o terapeuta, em permanente diálogo com a pessoa hipnotizada, consegue que a própria pessoa acesse recursos que influenciam os sintomas e causas de diversos problemas. A hipnoterapia é um método específico de psicoterapia e trata tanto da saúde como de comportamentos.

Hipnose Condicionativa é uma técnica de relaxamento profundo que é um sono terapêutico e nesse momento em estado de hipnose são aplicados técnicas da terapia onde o senso crítico é afastado e a pessoa é conduzida pela voz do terapeuta e dessa forma permite auxiliar o consciente e o inconsciente, o resultado que esta técnica proporciona ao cliente são muitos benefícios para a saúde física, mental e emocional.

Na verdade, muitas vezes, o ser humano está “hipnotizado” quando levamos a termo a questão da focalização extrema da atenção a um determinado contexto, como por exemplo, ao ver televisão, ler um livro muito interessante e até dirigir (de forma automática). Qualquer circunstância onde seja necessária uma grande concentração pode levar a um estado hipnótico.

Devemos lembrar também que a palavra Hipnose foi criada por James Bread, no século 18, e a raiz da palavra tem origem no grego, Hypnos, deus do sono. Portanto, inicialmente a hipnose era considerada semelhante ao sono. Mesmo na antiga Grécia e início da era cristã, usava-se o termo "sono de incubação", para definir os possíveis estados de transe onde eram operadas diferentes curas. Durante séculos, a hipnose foi associada às curas, porém com outros nomes. Logo, depois de criar o termo hipnose, Bread arrependeu-se, pois descobriu que este é um estado muito diferente do dormir.

A Hipnose Clássica remonta ao início do século XVIII (18), a Ericksoriana na metade do século XX e a Condicionativa é mais recente, final do século XX.

Ninguém conhece ao certo a origem da hipnose. O que se sabe com certeza é que os povos antigos como os maias, os astecas, os persas e os gregos utilizavam a hipnose como meio de cura. Os sacerdotes ou os bruxos provocavam um estado chamado “sono mágico” por meio da imposição das mãos ou rituais caracterizados por cantos e danças com um ritmo monótono.
O emprego sistemático da hipnose começou com Anton Mesmer (1734-1815). Mesmer estava convencido de que o magnetismo podia curar muitas doenças. Seu argumento era que se a lua exerce um poder sobre os mares da terra, também poderia influir nos fluidos do corpo humano e de fato restabelecer a saúde. Segundo Mesmer, todos nós estávamos sob o poder dos fluidos magnéticos. Para ele, a doença era criada por uma sugestão do organismo
que podia ser solucionada com a transmissão de ondas magnéticas.

As sessões de magnetismo de Mesmer tiveram tanto sucesso que quando o tumulto das pessoas não permitia praticar o magnetismo na sua clínica, Mesmer “magnetizava” uma árvore fora de sua consulta e pedia aos pacientes para desfrutarem do magnetismo. Mesmer conseguiu curas espetaculares por meio de seu novo método de magnetismo.

Um cirurgião e oculista escocês chamado James Braid (1795-1860) pesquisou, pela primeira vez de maneira científica, o fenômeno do sono provocado por um magnetizador. Braid propôs que os imãs e o magnetismo não eram os responsáveis do estado hipnótico e a consequência das curas. Braid utilizou a palavra “hypnos” que em grego significa sono, e explicou a natureza deste estado hipnótico, excluindo a existência de fluidos magnéticos emanados das mãos ou dos olhos do magnetizador. Como Braid era um oculista acreditava que a fixação do olhar em um ponto luminoso cansava os músculos ao redor dos olhos e que este cansaço produzia o estado hipnótico.

Ou seja, o termo "hipnotismo" surgiu pela primeira vez apenas em 1843, em Manchester, e foi cunhado por este cirurgião escocês James Braid, para designar o procedimento de indução ao estado hipnótico. Uma vez que hipno significa sono, a palavra em si não é adequada, já que a hipnose coloca a pessoa num estado especial do cérebro que se assemelha ao sono, mas que não é o sono.

A teoria de Liebeault (1823-1940) era essencialmente psicológica. Para Liebeault, o sono hipnótico era idêntico ao sono natural. O grande mérito dessa teoria foi despojar o hipnotismo de seu mistério, correlacionando-o com fenômenos conhecidos da vida psicológica normal e do sono. Com isso, o problema da hipnose foi inteiramente transposto para a esfera da psicologia, e a sugestão foi erigida como núcleo do hipnotismo e chave para sua compreensão.

Bernheim (1843-1917) junto com Liebeault fundou a escola de Nancy. Bernheim recusou a teoria de um fluido magnético e considerava a sugestão, a ideia, como a ação que hipnotizava.

James Esdaile (1808-1859) era outro cirurgião escocês que praticou milhares de intervenções cirúrgicas sob sono magnético. Foi perseguido por ter utilizado técnicas hipnóticas como anestesia.

Charcot (1825-1893) era um famoso neurologista francês da histeria. Charcot e seus ajudantes hipnotizavam aos doentes com as técnicas que tinham aprendido do marquês de Puyfontaine. Os doentes costumavam viver crises violentas e, em muitos casos, os sintomas desapareciam.

Como vimos antes a Hipnose já era praticada a milhares de anos desde as civilizações antigas, claro que de outras formas do que é praticada hoje em dia.

Chegamos a época de Sigmund Freud (1856-1939) que foi aluno de Charcot e praticou a hipnose em seus tratamentos, mas depois de um período abandonou a prática da hipnose. Contudo, teve como base seu método de associação livre em seus conhecimentos da hipnose. Freud valeu-se da técnica durante dez anos, no máximo: entre 1886 e 1896. Mais tarde, aderiu ao método catártico, criado com Josef Breuer, que usava o transe para perguntar a origem dos sintomas a um paciente que, em seu estado de vigília (estado normal, acordado e consciente) , podia descrevê-los só muito imperfeitamente, ou de modo algum. Com o método de Breuer, o paciente hipnotizado era levado a expressar em palavras a fantasia emotiva pela qual se achava dominado.

Assim, Freud decidiu abandonar a hipnose como método, embora continuasse tirando proveito de suas descobertas: em primeiro lugar, o hipnotismo era uma prova convincente de que notáveis mudanças somáticas podiam ser ocasionadas unicamente por influências mentais. Em segundo, mostrava que, na consciência dos homens, existiam poderosos processos mentais escondidos - que só se poderiam descrever como inconscientes. O inconsciente, aliás, estivera muito tempo sob discussão entre os filósofos como conceito teórico, mas naquele momento, pela primeira vez, ele se tornava algo concreto, tangível e sujeito a experimentação.

Pierre Janet (1859-1974) era o diretor do laboratório de psicologia patológica da Salpétriére. Janet pesquisou o papel das emoções nos transtornos orgânicos e foi um dos fundadores da medicina psicossomática. No entanto, Janet insistiu que a hipnose não podia curar a origem das doenças.

Coué (1857-1926), farmacêutico e psicólogo, estudou os trabalhos de Liebeault. Começou assim com a hipnose, mas mais tarde a deixou e utilizou a sugestão.

Johannes Heinrich Shultz (1884-1962) era um psiquiatra freudiano de origem alemã. Pesquisou a relação entre a mente e o relaxamento. Com seu conhecimento das técnicas da hipnose elaborou um método de auto-hipnose reconhecido como o Treinamento Autógeno de Schultz.

Milton Erickson (1901-1980) era um famoso psiquiatra, fundador da Sociedade Americana de Hipnose Clínica. Erickson criou várias técnicas modernas de indução e, além disso, utilizava anedotas e metáforas para facilitar o estado da hipnose. Suas técnicas oram aplicadas em milhares de pessoas com muito sucesso e resultados comprovados.

Luiz Carlos Crozera é brasileiro, natural da cidade de Jaú, Estado de São Paulo, desenvolveu as técnicas de “condicionamento mental”, empregada na hipnose clínica/terapêutica, idealizador do Projeto Psicoterapia Condicionativa nas Escolas, autor da Teoria da Concepção, fundador e Diretor do Instituto Brasileiro de Hipnologia e Sociedade Ibero Americana de Hipnose Condicionativa, pesquisa a mente humana e seus reflexos no comportamento e na fisiologia empregando a hipnologia desde 1972 o que gerou as bases da Hipnose Condicionativa. Esta linha de hipnose tem já centenas de cases de sucesso e diversos depoimentos de pessoas que após passarem pelo processo de hipnose condicionativa tiveram suas vidas mudadas literalmente, com mais saúde e bem estar.

Para saber mais ainda como pode ser aplicado a hipnoterapia nos seus resultados pessoais, entre em contato.

autor: Ricardo Almeida Gameiro



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Conteúdo desenvolvido por: Ricardo Almeida Gameiro   
Ricardo Almeida Gameiro – Coach e Formador de Coaches, Trainer em PNL, Hipnoterapeuta, formado em Administração de Empresas e especializado em comportamento humano e trabalho em equipes de alta performance.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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