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Resistência à cura

Atualizado dia 8/9/2012 12:22:41 PM em Corpo e Mente
por Teresa Cristina Pascotto


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A dor nos leva a buscar a cura. Quando estamos na dor, tudo é válido e "topamos qualquer coisa" que nos tire do sofrimento, estamos tão desesperados, que tudo o que desejamos, de verdade, é o alívio dessa dor extrema. Mas se chegamos a esse ponto de dor tão intensa, significa que por muitos anos de nossa vida fugimos do enfrentamento das questões que estão relacionadas com a dor, significa que sempre que tivemos situações que nos levaram à dor, fizemos de tudo para fugir e passamos a vida negando a dor, tentando colocá-la lá no fundo de nosso inconsciente, para tentarmos não sentir. Fomos acumulando a dor do medo, da raiva, do ressentimento, da rejeição, da insatisfação, enfim, acumulamos uma "tonelada" de sentimentos não sentidos, negados, rejeitados e escondidos dentro de nós.

Fomos nos anestesiando para nunca sentirmos a dor que todos esses sentimentos e seus significados nos traziam. Mas, como em todo caso de dor, quanto mais usamos anestésicos, mais tolerantes nos tornamos a eles e isso faz com que precisemos de doses cada vez mais elevadas de anestésicos para não sentirmos absolutamente nada. Passamos a ficar tão sensíveis e intolerantes a qualquer mínima condição de dor, que ficamos buscando formas variadas de nos anestesiarmos para não sentirmos a dor. Uma das formas é criarmos vários tipos de confusão e problemas, para nos ocuparmos mentalmente desses conflitos, na busca de soluções, sem de verdade querermos solicioná-los, fazendo com que fiquemos irritados e mentalmente desequilibrados, desviando assim, a dor dos sentimentos para o incômodo da confusão mental. A dor que se manifesta só quer que olhemos para ela, só quer ser sentida para nos comunicar os motivos que estão por trás dela, esperando serem compreendidos, iluminados e transformados. Mas como não aprendemos a lidar com a realidade, negamos esse pedido da dor e, por não sabermos dizer não à dor, sem senti-la, torna-se conveniente criarmos problemas para nos ocuparmos, nos distanciando dessa dor.

Fazemos isso o tempo todo, inconscientemente. Tudo o que desejamos é não sentir nada. Porém, por mais que esses recursos de defesa tenham sido criados pelo ego, isso tudo se tornou muito conveniente em termos espirituais, por algum motivo que não vem ao caso, todas essas estratégias que criamos para nos afastar da dor tem um sentido espiritual para nós e se fazem até mesmo "necessários". Mas chega um momento em que não precisamos mais viver fugindo, não somente da dor, mas do que ela esconde, de tudo o que está ali, relacionado a ela, sendo ocultado de nós durante toda a nossa vida. Espiritualmente, essa é a "melhor forma" que se encontra para que vivamos de determinada maneira, até um ponto de saturação, para que, a partir desse momento, venhamos a "explodir", trazendo à tona não somente a dor e todos os sentimentos reprimidos e negados, mas as questões, desta e de outras vidas que estão relacionadas com aquele turbilhão de sentimentos, emoções e sensações que estão tomando conta de nós. Pontuo que isto não significa que estaremos liberando todos os nossos conteúdos e questões, mas em cada momento estaremos liberando aquilo que está pronto para ser liberado e trabalhado, para ser iluminado.

Infelizmente, algumas vezes, precisamos chegar a esse ponto de saturação, numa dose excessiva de nossos conteúdos não resolvidos, que começam latejando até que explodam de forma intensa. E somente neste ponto, onde a dor é extrema, é que de verdade buscamos recursos para nos livrarmos daquilo que viemos escondendo de nós e, finalmente, nos curarmos.

E assim, cada um de nós encontra alguns tipos de recursos que são adequados ao nosso refazimento e cura. Tudo o que desejamos de verdade é a cura. E assim prosseguimos. Qualquer que seja o processo que tenhamos adentrado para esse fim (desde seguindo as indicações de um livro de auto-ajuda, até processos terapêuticos intensos), chega um momento em que a cura começa a se intensificar e a se manifestar de forma mais clara. Começamos a nos sentir livres, leves, tranquilos, nossa mente se torna mais clara, sentimos a força de nossa alma pulsando em nós nos mostrando que agora é só prosseguirmos nesse caminho que muitas outras "explosões" virão, mas que não precisamos mais nos alarmar e nem fugir, mas sim, precisamos deixar acontecer para expor o que está oculto, sempre acolhendo e aceitando toda e qualquer manifestação de nosso ser e assim, inevitavelmente, a cura vai se manifestando em cada aspecto de nossa vida. Essa é a trajetória que precisamos aceitar.

Porém, no momento em que a cura começa a se manifestar dentro daquele contexto doente em nós, algo acontece: a cura começa a nos incomodar, não gostamos da sensação que a cura nos traz, ela nos inquieta e nos move no sentido de buscar e encontrar as mudanças que tanto desejamos. A vida nos coloca diante de um momento em que podemos finalmente criar a nossa realidade a partir dos anseios de nossa alma. Isso é ao mesmo tempo maravilhoso e assustador. O ego não suporta se perceber diante de possibilidades de mudanças e de novos recursos, ele não gosta de ter que criar tudo de novo em sua defesa. Mas aqui está o equívoco: o ego só pensa em coisas ruins, no mal, em destruição, ele se programou para somente acreditar no pior e foi por isso que criou todas as suas estratégias de sobrevivência no passado.

Agora, diante das possibilidades de mudanças reais, saindo do atoleiro da insatisfação, com a cura acontecendo dentro de nós, com a vontade divina se expressando em nós, o ego teme o que está por vir e se sente indefeso diante das novas circunstâncias. Isso faz com que ele resista à cura, pois ele prefere o estado de doença, onde ele "sabia" o que e como fazer. Ele não quer ficar doente, ele quer manter a doença sem ser afetado pela dor que ela traz e pelos malefícios que ela contém. Ele não quer a cura, esta desconhecida o aterroriza e ele prefere se esconder na doença a ter que se abrir para a cura. A cura, da forma como o ego busca e deseja, é somente no sentido de alívio da dor e a "limpeza" dos problemas que ele mesmo criou. Como ele não consegue obter isso, então, ele prefere jogar a cura fora. E volta ao estado de doença, sentindo todos os seus malefícios e dores.

Ignorante, ele começa a se revoltar contra aquilo ou aqueles que ele buscou para a cura, ele acusa a todos de seu mal e se enfurece até mesmo contra aquele que mais lhe apoiou, pois se sente traído, ele deixou claro para o "seu curador" (para a vida) que queria o alívio na falsa cura e não na cura verdadeira. Sua indignação é neste sentido: e agora, o que faço com este poder que a cura me traz? O que faço para usar esta energia que está se acumulando em mim? Se o "curador" puder, lhe dirá: aceite e deixe fluir, agora a cura se manifestou e você irá receber mais energia e essa energia não poderá mais ser jogada fora como você sempre fez, agora você deverá usá-la, com sabedoria e discernimento que a própria cura traz consigo, além dos recursos, dons e poderes que estavam escondidos em você por trás da doença. Agora é "usar ou usar" a cura, os poderes e dons. Não há volta! Use a luz que está se manifestando através de você e deixe fluir, siga o impulso.


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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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