A Melhor Maneira de Ver Deus é Enxergá-Lo
Autor Paulo Roberto Savaris
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 10/25/2025 7:50:33 PM
Há uma verdade espiritual que atravessa os séculos: a melhor maneira de ver Deus é enxergá-Lo.
Mas onde Ele habita? Nos altares distantes ou nos corações simples que sabem amar?
Jesus nos revela essa essência na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16:19-31).
Enquanto o rico vivia envolto em luxo e vaidade, um homem pobre jazia à sua porta, coberto de feridas e fome.
Quando ambos partiram, o rico — agora em tormento — pediu que Lázaro voltasse à Terra para alertar seus irmãos.
Mas ouviu:
“Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos”.
Era tarde demais. O amor que não foi dado, a compaixão que foi negada e o perdão que não brotou haviam construído um abismo impossível de atravessar.
Deus não está distante.
Ele está no irmão que sofre, na flor que desabrocha, no animal que confia, no olhar humilde de quem serve em silêncio.
Como disse Santo Agostinho, “Ama e faze o que quiseres”.
Porque quem ama verdadeiramente não fere, não julga, não oprime — edifica.
Quando cultivamos a empatia e a compaixão, quando perdoamos e honramos cada forma de vida, é então que testemunhamos Deus em movimento — não como espectadores, mas como partícipes de Sua graça.
E, nesse despertar, a mensagem de Jesus nos alcança em sua essência mais pura: o céu e o inferno não são apenas lugares — são, antes de tudo, paisagens da alma, moldadas pela luz ou pela sombra que carregamos dentro.
Não há destino imutável; há veredas abertas pela intenção de cada passo.
Cada palavra, cada pensamento, cada gesto é uma semente lançada no solo do tempo — e toda semente guarda em si o destino da árvore que um dia será.
Como ensinava São Francisco de Assis, “É dando que se recebe” — e nessa troca divina, descobrimos que:
- Toda ação amorosa retorna como bênção,
- Toda omissão consciente ecoa como lição.
É melhor o silêncio que constrói do que o discurso vazio que busca aplausos.
Mais vale o gesto simples e sincero do que a exibição que mascara intenções.
O vaidoso acumula ruídos; o humilde, bênçãos.
No fim, todos chegaremos ao mesmo ponto — e lá, o que contará não será o que mostramos, mas o que fomos.
Alguns, como Lázaro, terão o coração leve e o espírito em paz.
Outros, como o rico, perceberão tarde que o amor negligenciado é a verdadeira ausência do céu.
A salvação não vem da oração que se repete, mas da oração que se faz ação.
É o amor que cura, o perdão que liberta e a compaixão que aproxima o homem de Deus.
Porque, afinal, Deus não está longe.
Ele é o Deus do outro, o Deus da criação, o Deus que habita em nós.
E só o enxergaremos verdadeiramente quando formos capazes de ver com os olhos da alma e agir com o coração de Deus.
Um Sonhador, Caminhando com Francisco
Paulo Roberto Savaris – Autor dos eBooks Série, Descubra Caminhando com Francisco e O Eremita Digital – Silêncio no Caos Moderno. Reflexões sobre espiritualidade, fé, natureza e simplicidade.
https://www.caminhandocomfrancisco.com/
Texto Revisado
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