Menu

Metáforas

Atualizado dia 4/29/2010 3:48:55 PM em Espiritualidade
por Alberto Carlos Gomes Lomba


Facebook   E-mail   Whatsapp

Ficava difícil para Helen descobrir que sua postura, na confortável poltrona do consultório do seu analista, estava sendo analisada por ele.
Há muito que o psicanalista Roland Wells, pós-graduado em Leitura Corporal e Facial, usava este artifício para ter uma idéia mais ampla de seus pacientes.
Através de uma webcan, muito bem escondida na sala de espera, conseguia observar as posturas antes de começar as sessões de terapias.
Olhando a postura de Helen, no monitor do seu computador, sabia que naquele momento ela estava nervosa e carente, a tal ponto de colocar sua enorme bolsa no colo como uma barreira a outra pessoa e mesmo da atendente.

“As fronteiras do corpo humano são invisíveis”, pensou o profissional sabendo que Helen, depois de quase um ano, não deixava invadir seu território emocional.
“Fica difícil curá-la”, pensou, ”enquanto se julgar uma ilha cercada por tubarões famintos”.
Neste caso, os tubarões eram os homens com quem ela se relacionava.
Necessariamente, ela aceitava que estes seus parceiros invadissem o território do seu corpo físico, mas não aceitava que os mesmos adentrassem no seu eu.
Roland se questionava porque muitas mulheres procuravam o prazer fácil e depois corriam para consultórios de psicoterapeutas à procura de respostas que elas mesmas sabiam.
“Seria mais fácil e mais barato ir se confessar”, pensou com certo cinismo. Mas o óbvio, às vezes, não é tão simples e ele ali estava instalado, num confortável consultório numa área nobre da cidade, exatamente para ajudar pessoas e não para criticá-las.
Neste tempo, tinha mostrado à sua paciente, uma bem sucedida empresária, que nem sempre realização profissional é realização pessoal.
Se assim fosse, ela não estaria na sala de espera de uma forma defensiva. Na verdade, ela não conseguia dominar a linguagem do seu corpo.
Desligando o monitor, Roland olhou para o relógio digital. “Está na hora”. Sentiu um aperto no coração, uma certa angústia e uma sensação de inutilidade.

Ligou o interfone e disse à secretária:

“Dona Katarina peça para a minha esposa entrar”.
Ele foi até a porta receber sua esposa Helen. 

Texto revisado

Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 4


estamos online   Facebook   E-mail   Whatsapp

foto-autor
Conteúdo desenvolvido por: Alberto Carlos Gomes Lomba   
Visite o Site do autor e leia mais artigos..   

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui.
Deixe seus comentários:



Veja também
© Copyright - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução dos textos aqui contidos sem a prévia autorização dos autores.


Siga-nos:
                 




publicidade










Receba o SomosTodosUM
em primeira mão!
 
 
Ao se cadastrar, você receberá sempre em primeira mão, o mais variado conteúdo de Autoconhecimento, Astrologia, Numerologia, Horóscopo, e muito mais...


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2024 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa