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A busca incessante pela validação, leva à dor da humilhação

Atualizado dia 6/6/2013 11:05:21 AM em Espiritualidade
por Teresa Cristina Pascotto


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Todos nós, de alguma maneira, já nos sentimos humilhados. Para cada um a humilhação acontece de forma diferente. Para a maioria, humilhante é não ser validado e reconhecido em seus intentos e esforços. Esta é a dor maior da humilhação.

Na intenção de sermos validados pelo mundo, abrimos mão de nossa dignidade e nos submetemos às mais variadas formas de humilhação, sem percebermos. Sempre que fazemos “qualquer coisa” para sermos validados, para então nos sentirmos amados, estamos nos sujeitando à possibilidade de não agradarmos e não sermos validados conforme desejamos. Isto ocorre com frequência, desde nosso nascimento, pois nossa criança não se sentiu verdadeiramente aceita, amada e aprovada em sua expressão natural, por isso, desde então, passamos a vida tentando encontrar um jeito de sermos aceitos e amados, passamos a criar as estratégias de sobrevivência, pois não sendo aprovados, sentimos que nossa vida está em risco, assim, a busca pela validação, não tem a ver somente com nossa necessidade de amor, mas também, com nossa sobrevivência. Se fazíamos qualquer coisa que desagradasse nossos pais, por exemplo, e com isso éramos criticados e punidos, entendíamos que se quiséssemos pelo menos ter o direito de estar nesse meio e de sobreviver a essa vida tão perigosa, teríamos que fazer o possível e o impossível, na tentativa de agradarmos ao mundo. A questão da aceitação ficou em segundo plano, pois a necessidade de sobrevivermos aos ataques furiosos daqueles a quem desagradávamos, passou a ser nossa necessidade fundamental. Porém, como viver aterrorizados pelo medo consciente de sermos punidos se não correspondêssemos às expectativas dos outros, era algo insuportável para nós, passamos a não perceber que nossa busca compulsiva pela validação era uma questão de sobrevivência, colocamos esse medo no inconsciente e passamos a acreditar na versão falsa, de que estávamos fazendo tudo para agradar ao mundo, apenas porque queríamos ser validados.

Nossa crença inconsciente sempre foi que, por mais que empenhemos todos os nossos esforços na busca pela aprovação, nunca seremos verdadeiramente aceitos e validados. Se em nossa expressão máxima de luz e amor em nosso nascimento já não nos sentimos validados, entendemos então que deveríamos esconder nossa luz e, obviamente, também nossa sombra e deveríamos criar a forma de expressão mais agradável ao mundo e menos devastadora para nós. Com esta crença, por mais que acreditemos que buscamos a real validação, sempre estamos à espera da rejeição, da não aprovação e não validação pelo mundo. A cada intento frustrado e a cada sentimento de rejeição em nossa intenção, nos sentimos humilhados. A humilhação acabou fazendo parte de nossa vida. Esta é uma dor extrema e para suportá-la passamos a nos acostumar a ela, pois ela sempre vem no “pacote da busca pela validação”.

Então, como sobreviver à dor da humilhação, se é sempre ela que nos espera no final de cada tentativa de validação pelo mundo? A única forma, além de nos acostumarmos a ela e passarmos a não percebê-la, é passarmos a gostar da humilhação. Sim, passamos a ser masoquistas, gostando da dor da humilhação para sobrevivermos a ela, tínhamos que aprender a gostar dela, não havia outra possibilidade de suportar a dor da humilhação, a não ser gostando dela. Isso se tornou um vício e, como todo vício, apesar de termos consciência do mal que nos traz, não conseguimos frear nossa compulsão por buscar mais e mais desse “entorpecente”. Ao gostarmos da humilhação, a cada momento em que somos humilhados, mandamos uma mensagem para o nosso cérebro de que isso é bom, e isso ativa a zona de prazer no cérebro que libera o hormônio do prazer, trazendo-nos a saciedade que necessitamos naquele momento. Se não podemos ter saciedade com prazer saudável nos validando e nos amando, pois nós mesmos nos rejeitamos e nos invalidamos o tempo todo e se, com isso, buscamos no mundo a validação que nunca vem, a única forma –altamente destrutiva– que encontramos de ter um pouco de saciedade, é através do vicio na humilhação, que, ao nos entorpecer, não nos deixa tomar consciência da realidade interna.

Para desativarmos esse mecanismo, temos que começar mergulhando profundamente dentro de nós, na intenção de descobrirmos o quanto nos sentimos humilhados em inúmeras vezes em nossa vida, se fizermos isso com muita honestidade e coragem, descobriremos que até mesmo nas situações mais corriqueiras e rotineiras em nossa vida, estamos sempre, de alguma forma, nos sentindo humilhados. Com esta busca profunda, conseguiremos, então, tomar consciência do quanto experimentamos a dor da humilhação e como sempre estamos envolvidos em situações humilhantes. A dor nesta jornada interna, fará com que possamos reconhecer a dor e, com isso, passamos a não tolerar mais esta dor e é aqui, no início da intolerância à dor da humilhação, que começaremos a dar os primeiros passos para a cura.

A tomada de consciência, com profunda amorosidade e aceitação de tudo o que viermos a conhecer, conduz-nos ao próximo passo que é o DESEJO de nos libertarmos dessa forma autodestrutiva com a qual vivemos até então. Devo lembrar, que se trata de um vício e, como qualquer vício, teremos que ser muito perseverantes na busca por abrir mão dele. O vício nos entorpece e alivia nossa dor, portanto, ao desejarmos a cura do vicio, precisaremos ter consciência de que passaremos pela dificuldade de deixarmos de lado um recurso que nos foi “adequado” por muito tempo.

Teremos também que observar a questão da necessidade de validação. Se nós mesmos não nos validamos e estamos sempre nos cobrando como tiranos exigentes em busca da perfeição, para podermos ser aceitos e aprovados e se, diante de qualquer tentativa frustrada de validação e de consequente humilhação, estamos sempre provando para nós mesmos que não somos bons o suficiente, nunca conseguiremos sair desse circulo vicioso. Precisaremos abrir mão da necessidade da validação externa, para nos recolhermos para dentro de nós, na intenção de acolhermos nossa criança interna que continua desprezada por nós, precisaremos estender os braços para ela, na intenção de trazê-la para junto de nosso coração, com o desejo de começarmos a amá-la em sua expressão natural. O trabalho interno com nossa criança, para que possamos validá-la e amá-la incondicionalmente, é que nos levará a não precisarmos mais da humilhação como única forma de prazer e único resultado possível para nós. A coragem de nos amarmos, a despeito de qualquer falha que tenhamos, é o único caminho de cura real que encontraremos. E assim é!

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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
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