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A cura da alma

Atualizado dia 2/11/2014 9:09:10 AM em Espiritualidade
por Bernardino Nilton Nascimento


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Durante toda a existência da humanidade, sempre foi praticado a “cura da alma”, porém, hoje em dia aumentaram em muitos os métodos, além dos religiosos, há os psicólogos, psiquiatras, esotéricos, curandeiros e outros com novas e antigas teorias sobre “cura da alma”.

A palavra “cura” não tem o sentido simples de tratamento de um sintoma, que o uso atual frequentemente lhe confere, mas é empregada no seu significado maior de tratamento da personalidade, isso é “da alma”.

A satisfação de uma cura é tão grande que vai ao encontro da alma, fornecendo a ela o mais nobre dos remédios, que é a satisfação no maior sentido da vida, que são: a eliminação das dores, o prolongamento da vida e os sofrimentos ocultos dos sentimentos.

Porém, as pessoas que se queixam de estresse, cansaço, tonturas e outros sintomas, mesmo depois de realizarem todos os exames clínicos, e nada provarem sobre a sua imaginária doença, ficam a se perguntar os porquês...

Entram no ar os religiosos, os psiquiatras, os psicólogos, os curandeiros e outros, que aparecem com uma história semelhante que lhes foi outorgada a “cura” em algum dia.

Inicialmente, você ficará empolgado, uns explicaram como um fato normal, sinal de ajustamento pessoal. Nessas condições, responsabilizarão os sintomas a uma situação neurótica de incapacidade para aceitar as escolhas do seu método de vida. Outros vão dizer que se trata de repetições atuais ou antigos sentimentos de culpa, remanescentes da infância, talvez relacionados aos complexos. Vão dizer também que poderá ser de uma tendência autopunitiva que leva as pessoas a se acusar dos seus erros ou até mesmo dos seus sucessos, isso é, a pessoa não está satisfeita com nada. Podem dizer que o problema terapêutico consiste numa incapacidade de aceitar decisões repercutíveis e a cura ocorrerá quando desembaraçar-se dos escrúpulos e se sentirem satisfeitos dentro da atual situação.

Quando uma provável patologia se manifesta sem aparecer nos exames clínicos, surgem todos os tipos de possíveis curas.

Nessas condições, os analistas não passam de um simples “conselheiro” que torna-se, para usar a expressão de Platão, um “médico de alma”. Esse ponto de vista baseia-se na premissa de que existem leis imutáveis inerentes para cada um de nós. Essas leis não podem ser violadas, sem prejuízo para a personalidade de cada um.

Quem quer que desrespeite a sua integridade moral, enfraquece ou mesmo neutraliza sua liberdade, o que afeta a sua personalidade, tornando-se infeliz e com isso, sofre algum tipo de doença da alma.

Se o seu modo de vida encontra aprovação da sociedade, é possível que o sofrimento não se torne consciente, ou seja, explicado como devidamente deve ser. Escolher viver para manter uma aparência para a sociedade é não viver o seu real. Mas, na verdade, a saúde da alma não pode ser separada do básico problema humano, ou seja, a realização dos objetivos vitais: liberdade, integridade e capacidade de amar.

Quando vivemos sem equilíbrio, sem o desejo de ver o próximo feliz, nos transformamos em mercadoria, destituída de valor estável ou definida, que não seja a sua necessidade de agradar a sua boa vontade, com isso, deixa-se manipular pelos seus próprios desejos cegamente. Enquanto consegue obter prestígio à custa desses esforços, sente-se seguro até certo ponto; mas a deslealdade à sua natureza superior, a seus valores humanos, cria tal vácuo interior, tal insegurança, básica, que, mesmo quando inconsciente, torna-se vulnerável e sempre que surge algum obstáculo, resiste-se à compulsiva busca do sucesso.

E ainda que nada de mal aconteça, a pessoa paga pela sua falência humana com a doença da alma, onde tudo pode sentir e nada aparece nos exames clínicos. De outro lado, quem conquista fortaleza interior e integridade, pode não obter tanto prestígio quanto o seu próximo inescrupuloso, mas terá mais segurança, usará plenamente a sua razão e terá objetividade, elementos esses que o farão muito menos vulnerável às inconsistências da sorte e às opiniões dos outros; terá ainda ampliada a sua capacidade de viver construtivamente para evolução humana.

A doença da alma, não pode ter sentido somente religioso, admite-se como tal a atitude comum implícita nos ensinamentos originários das religiões.

Entretanto, a “cura da alma” goza de função religiosa bem caracterizada, dentro da liberdade humana e, embora possa conduzir a um caminho de amor, se este amor se transformar em vícios, em fanatismos ou venha a esquecer o amor ao próximo, a religião passa a ser o principal veneno para a “alma”.

Ao procurar definir a atitude humana que orienta o pensamento de Buda, Lao-Tsé, Jesus, os Apóstolos, Spinoza, Sócrates, Gandhi, Madre Tereza, Espíritos e espiritas, dos Profetas, filósofos do Renascimento e entre outros do bem, ficamos admirados de que, apesar das diferenças bem significativas, exista um corpo de ideias e normas comuns a todos esses “seus ensinamentos”. Sem tentar chegar a uma formulação precisa e concreta, vou dizer o que há de comum entre eles: cada um de nós deve procurar conhecer a verdade e o grau de sua responsabilidade sobre a humanidade, com plena liberdade de amar o ser humano como um todo.

Devemos ser independentes e livres, termos mais conhecimento de nós mesmos, e não aproveitar os erros alheios para nos engrandecermos.

Devemos ainda nos relacionar com os semelhantes pelo amor, pois se a pessoa não dispõe de tal capacidade, torna-se uma casca vazia, mesmo que disponha de todo o poder, riqueza e inteligência. Ao ser humano, cabe distinguir o bem do mal, compreender a voz da própria consciência e desejar a felicidade do próximo, independente de quaisquer coisas desfavoráveis.

O amor, por si só, já representa tudo para a cura da "alma"!

BNN



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Conteúdo desenvolvido por: Bernardino Nilton Nascimento   
"Não seja um investigador de defeitos, seja um descobridor de virtudes"./ "Quando a ansiedade assume a frente, as soluções vão para o final da fila"./ "Quando os ventos do Universo resolve soprar a favor, até os erros dão certo". BNN
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