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A Dor do Crescimento

Atualizado dia 6/5/2013 10:52:58 AM em Espiritualidade
por Guilhermina Batista Cruz


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"Eu sei que mudanças podem ser assustadoras. Mas faz parte do crescimento. É assim que descobrimos como somos, e o que vamos ser".
Miley Cyrus


O despertar espiritual traz a consciência de sermos seres em evolução e o desejo de aperfeiçoamento de atitudes, sentimentos e pensamentos, de melhoria interior. Na busca pelo aprimoramento espiritual, procuramos as razões profundas para nosso comportamento e atitudes diante dos acontecimentos da vida e vemos a necessidade de trabalharmos nosso lado frágil, obscuro, procurando superá-lo pelo autoconhecimento, no intuito de nos fortalecermos interiormente e vencermos as limitações.

E por que dói quando começamos a abrir os olhos e constatamos de que é preciso dar um passo adiante e prosseguir mais consciente e participativo no mundo em que vivemos? Dói, principalmente, porque sabemos que vamos ter que nos desvencilhar de costumes, pensamentos, atitudes e comportamentos que nos fizeram ser o que somos hoje, mas que não são mais adequados ao nosso novo modo de pensar, sentir e agir.

Sentimos a necessidade de deixar o passado no passado, procurando nos desapegar de situações, pessoas e coisas. Situações que enfrentamos com coragem, pessoas que amamos e que fizeram parte importante de nossas vidas e coisas que conquistamos, muitas vezes, com bastante esforço. Nessas fases de questionamentos e descobertas, nos vemos face a face com nossos defeitos e com a constatação de que é preciso estabelecer uma relação pacífica com o "homem velho" que ainda habita nosso ser e que, pouco a pouco, estamos deixando para trás. O crescimento espiritual exige uma nova postura em relação a nós mesmos e a vida em geral. É o que conhecemos como ética da transformação, que nos põe em contato com nosso mundo interior para irmos ao encontro da perfeição, pois, se não o fizermos, podemos estacionar apenas na exploração da consciência sem a contrapartida da transformação interior, da mudança de atitudes e condicionamentos.

O deixar para trás é um caminho que muitas vezes temos que percorrer sozinhos, o que não é nada fácil. O processo de crescimento gerado pelo sentimento de perda é natural quando nos candidatamos ao serviço de reeducação do ser. Perde-se o velho para construir o novo. Perdemos nossa identidade antiga e ainda estamos construindo uma nova, não sabemos quantas etapas teremos que vencer no intuito de nos superarmos. Mas a ânsia pela perfeição pode gerar em nosso ser muita angústia e sofrimento. A angústia vem do fato de querermos nos enquadrar em comportamentos determinados, criando rótulos de como devemos proceder e agir para sermos melhores.

Não podemos forçar nosso ser a ir mais adiante se não conseguimos ir inteiros, sem questionamentos e angústias sobre o que estamos deixando para trás. A mudança tem que ser feita de uma forma natural, de dentro para fora.O crescimento é um trabalho feito por etapas onde manifestações da personalidade podem ser aprimoradas, assim como vícios, hábitos, valores, caráter e tantas outras características onde o ego predomina absoluto. É principalmente pelo domínio do ego, com suas viciações e personalismos que nos escravizam a desejos e imposições, que sofremos para nos desvencilharmos do "homem velho" nos processos reeducativos de crescimento interior. 

Quando reencarnamos somos atraídos para a necessidade de renovação, trazendo no íntimo a aspiração de nos transformarmos para melhor, de acordo com as experiências passada que vivenciamos e das quais não nos lembramos, mas que ficam impressas em nosso íntimo. Conflitos e tensões podem surgir de nossa urgência de renovação, principalmente, pelo confronto entre desejo e ação, entre o real e o imaginário, entre o que conseguimos e aquilo que ainda não conseguimos realizar no esforço do aprimoramento espiritual. Conscientizar-se da verdade sobre si mesmo então, pode ser um ato doloroso, pois é necessário tirar as máscaras que costumam ser usadas nos relacionamentos pessoais, para que o eu real possa surgir com todas as suas qualidades, defeitos e carências. 

Segundo o que nos fala o Espírito Ermance Dufaux no Livro: Reforma Íntima sem Martírio - Psicografia de Wanderley S. de Oliveira: 

"Sem alimentar fantasias de saltos evolutivos, dá um passo atrás do outro. Sem ansiar pela grandeza das estrelas, ama-te na condição de singelo pirilampo que se esforça por fazer luz na noite escura. Faça as pazes com suas imperfeições. Descubra suas qualidades, acredite nelas e coloque-as a serviço de suas metas de crescimento, essa é a fórmula da verdadeira transformação". 

E como diz Ivone Molinaro Ghiggino (revista o Reformador/2007):

"Estamos "em obras"... Assim, perseveremos no trabalho de ir nos despojando paulatinamente de tantos enganos, traiçoeiros e perigosos, dedicando-nos à sementeira do amor como regra de conduta, amor equilibrado, que harmoniza o nosso ser, que edifica, que aproxima, que produz o bem e gera a paz!"

Paz e Luz a todos. 



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