A Senda Espiritual
Atualizado dia 11/5/2013 11:32:23 AM em Espiritualidadepor Marcos Spagnuolo Souza
O ego se conscientizando da futilidade de todos os seus empreendimentos entra em um período de vida muito difícil, pois nada lhe agrada; nada o anima; nada o impulsiona para o outro dia. Todos os dias são enfadonhos, todas as conversas não possuem sentido, todos os relacionamentos não possuem significados, todos os sonhos desvaneceram e a vida passou a não ter nenhum valor. Descobre que a sua felicidade possui origem na sua realização com as coisas materiais, passando a negar a sua própria felicidade, e sentido amargura em ser feliz.
Sem pensar, sem desejar, sem querer e sem fazer, o ego fica triste, pois sua natureza é traduzida por intensa atividade. Essa tristeza muitas vezes o joga no caminho das emoções, atividades e pensamentos materiais. O mundo material recupera novamente o seu filho o mostrando que a ação no mundo é a sua realização.
Reconhecendo, no entanto, que tudo no mundo é uma utopia ou castelo de areia que desvanece com o tempo, esse ego, passa a vivenciar valores humanitários, científicos, religiosos e mesmo autorreferenciais no intuito de se opor a todo tipo de panoticismo, mas, com o tempo reconhece que também essas atividades pertencem exclusivamente ao mundo material, não ultrapassando os limites do espaço/tempo/forma.
O ego está simbolicamente no deserto, vivendo por viver sendo acompanhado pelo sentimento intrínseco de inutilidade, nada o animando, nada o encorajando, sendo que a única alternativa para o ego é continuar sua morte irreversível. O que o leva a continuar no niilismo é a promessa que o Sagrado Anjo Guardião vai emergir de suas cinzas. Fundamentado na promessa o ego espera a chegada daquele que o batizará com fogo, eliminando-o totalmente.
Texto revisado
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