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A Terapia Organizacional e o Processo de Mudança Organizacional

Atualizado dia 5/3/2010 2:17:22 PM em Espiritualidade
por Psicóloga Ana Cristina Botelho


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Diz o mestre:

“Tudo a nossa volta está mudando constantemente. A cada dia, o sol ilumina um mundo novo. Aquilo que chamamos rotina está repleto de novas propostas e oportunidades. Mas não percebemos que cada dia é diferente do anterior".

O tema da mudança é paradoxal e cheio de contradições, pois ao mesmo tempo que as pessoas dizem querer e buscar a mudança, resistem e sentem-se ameaçadas por esta, configurando, assim um jogo de coragem e medo, submerso. Portanto, compreender a mudança no ambiente organizacional implica compreender a cultura, o clima, a missão, valores, políticas de RH dessa organização, elementos que representam como se dão e se estruturam a dinâmica da vida organizacional, podendo estar estruturada como geradora de saúde ou doença no trabalho.

Nesse sentido, entendendo a dinâmica do processo de mudança, partilhamos da idéia de que esse momento delicado da vida organizacional, implica um trabalho mais aprofundado com todas as pessoas envolvidas. Não basta treiná-las e capacitá-las para desenvolver as novas competências e habilidades para tornar-se mais qualificado para adaptar a mudança em questão; é preciso o desenvolvimento de um trabalho mais profundo, cujo foco esteja centrado, de fato, na pessoa em toda sua completude e inteireza, pois se assim não for, qualquer trabalho vem a tornar-se superficial e ingênuo, servindo apenas para acomodar e adaptar as pessoas envolvidas no processo de tais mudanças.

Entendemos que a verdadeira mudança está diretamente relacionada aos campos das emoções, atitudes e comportamentos dos indivíduos e, assim, estabelecemos a possibilidade de articulação do processo de Gestão de Mudança com a proposta da Terapia Organizacional, por essa metodologia tornar possível os processos de mudança organizacionais menos dolorosos e ansiógenos.

Mudar implica deparar-se com o desconhecido e isso vem remontar ao arquétipo do medo primitivo presente em todo indivíduo. Daí os processos de mudança serem permeados pela resistência dos envolvidos, muitas vezes porque não se sabe de fato as suas implicações, o quanto essa irá impactar diretamente na sua vida, na sua estrutura familiar, financeira, enfim, na sua sobrevivência. Assim, nesse aspecto, pode-se observar que estamos sempre retornando à base da pirâmide da Hierarquia das Necessidades de Maslow, e para assegurar as nossas necessidades básicas vamos nos ajustando a realidade, nos fragmentando e dissociando o nosso ser integral.

Além de aspectos concretos, o ato de mudar traz embutido inúmeras fantasias inconscientes, as quais terminam por ser reprimidas, já que, em geral, nas organizações não se têm um espaço adequado onde as pessoas possam falar a respeito dessas fantasias, medos, expectativas, ansiedades, angústias. E, aí, para onde vão todos esses sentimentos que não podem se expressar ou ser elaborados? Possivelmente, se transformarão em doenças, neuroses, cristalizações, ou seja, passam a se ajustar à estrutura de cada indivíduo, na medida em que as pessoas precisam mostrar-se adaptadas à nova realidade imposta.

Em geral, esse é o cenário das mudanças existentes no contexto organizacional, um cenário que reforça o ciclo das neuroses, na medida em que se dá pouca importância no “como” as pessoas estão lidando com as novas situações. Partimos do pressuposto que as mudanças externas, no contexto organizacional, só se viabilizam de fato com a eficácia desejada, na medida em que há um processo de envolvimento das pessoas, onde elas sintam-se parte atuante e, portanto, co-responsáveis. Isso advém do fato de qualquer mudança que se dê em âmbito externo irá requerer uma outra grande mudança, talvez mais difícil, pelo menos mais lenta, aquela que se processa no interior de cada indivíduo. Esta envolve um querer se ver, um olhar para dentro para uma tomada de consciência, para ampliação de sua percepção, revisão de sua posição no mundo, dos papéis desempenhados ao longo da vida, seu caráter e mecanismos defensivos utilizados.

Daí a proposta da utilização da metodologia da Terapia Organizacional como uma possibilidade de ajuda para as pessoas na sua caminhada para a travessia dos processos de mudança nas organizações, tornando os ambientes de trabalho mais saudáveis para se estar e se viver.
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Conteúdo desenvolvido por: Psicóloga Ana Cristina Botelho   
Ana Cristina Botelho é Psicóloga, Coach e Facilitadora de Desenvolvimento Pessoal e Profissional. Sua missão é ajudar pessoas no seu processo de empoderamento pessoal. Atende em SSA e via Skype. Tel. Vivo-(71) 9966.1533; Tim- (71) 9150.9923.
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