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A Vida Continua para Eles

Atualizado dia 12/31/2008 4:23:28 PM em Espiritualidade
por Guilhermina Batista Cruz


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Gostaria de retornar aqui um assunto sempre presente quando se fala em morte, que é a perda dos entes queridos. Quando alguém aborda esse assunto, tudo parece ficar mais sombrio, e, quem já perdeu algum ente amado, principalmente se a morte ainda é muito recente, fica com o coração apertado e os olhos marejados de lágrimas. Quem ainda não passou pela “experiência de perder alguém”, não admite sequer que essa catástrofe possa arrebatar algum ente amado de seu convívio.

Embora o artigo A Perda dos Entes Queridos tenha proporcionado um certo conforto para muita gente, continuo recebendo e-mails sobre o assunto, de pessoas que não conseguem se conformar com a perda e que apresentam ainda o coração bastante angustiado. E é para elas, que ainda estão muito vulneráveis e que não encontraram ainda o conforto espiritual, portador da paz, que dedico aqui outra reflexão sobre o assunto, sempre com o intuito de levar-lhes um pouco de alento e conformação.

A respeito do artigo, recebi e-mails de pessoas que queriam saber sobre o estado atual de seu ente amado no “mundo espiritual” e se seria possível receber uma mensagem dos mesmos. Teve gente que relatou estar inconformada com a perda, embora a vontade de Deus. Outras ainda, disseram do grande vazio e saudade que aquele ente amado havia deixado. Também houve quem relatasse dúvidas a respeito da existência de uma “vida espiritual” e da sobrevivência do ser após a morte do corpo físico.

Sei que não é fácil perder um ente amado, pois a saudade perdura um bom tempo. Nunca os esqueceremos, com certeza. Porém, temos que seguir adiante e procurar ajudar esse ser querido com nossas preces e vibrações para que ele consiga adaptar-se mais facilmente à dimensão espiritual onde agora se encontra.

Apesar da morte ser a nossa única certeza, pois ninguém a ela está imune, tem muita gente que fica bastante inconformada quando perde um ente amado. Pelo fato de não admitirem a realidade que as cercam e pensarem que tudo se acabará com a morte, consideram natural ela ocorrer só na velhice, quando as condições físicas estão menos ativas e os anseios do corpo foram satisfeitos e saciados. Porém, diariamente, vemos pessoas de todas as idades e condições físicas serem arrebatadas por ela. Já nos perguntamos por que isso acontece?

Quando indagadas sobre isso muitas pessoas respondem ser essa a vontade de Deus, ou então uma grande fatalidade. Mas, por que será que uns vivem mais, apesar da idade avançada e de piores condições de saúde, muitas vezes prostrados por doenças que lhe consomem totalmente o corpo, do que outros mais jovens, em pleno vigor físico?
A busca de resposta para a pergunta que no íntimo todos fazemos é tentar entender para onde e como vamos estar quando nos depararmos com a morte. É um assunto que ninguém quer falar e que muito angustia o ser humano. O tentar compreender o que nos ocorre após a morte física.

Não gostamos de pensar sobre isso por trazer-nos lembranças de situações de tristeza, perda e saudade. Precisamos abandonar o pensamento de que a vida acaba quando cessa a pulsação de nosso corpo de carne. A vida é muito mais que isso, ela é eterna. Deus nos criou para sermos felizes e vivermos plenamente. Porém, quando ela se extingue, prosseguiremos nossa trajetória de ser imortal e continuaremos mais vivos que nunca, pois, é no mundo espiritual onde encontramos nossa verdadeira essência.

Como falo no artigo, a morte é a nossa única certeza absoluta, ou seja, já nascemos sabendo que vamos morrer. Acho até que por isso mesmo, já tínhamos que ir pensando que ela faz parte de nossa vida, e que precisamos meditar com mais atenção no sentido que ela representa para nós. Agora, a certeza que tivermos da continuação de nossa existência após a morte é que nos ensejará uma maior aceitação e amenizará a nossa dor.

O conhecimento de que a vida continua após a morte nos traz uma maior resignação para aceitá-la sem revoltas, ajudando em nosso equilíbrio íntimo. Por outro lado, o desconhecimento das realidades espirituais, a incerteza quanto ao reencontro com os entes amados, o tipo de morte que eles tiveram, o fato de não sabermos o estado em que eles estão, são fatores que aumentam a dor e o desespero diante dela.

Quando soa a hora de alguém “partir” nada podemos fazer. Todos nós temos um tempo determinado para viver aqui na terra, e, quando ele finda, é hora de dizermos adeus e procurar ter resignação com os desígnios do alto. Mesmo que a saudade seja intensa e acharmos que a vida perdeu o sentido sem a presença do ser querido, precisamos aceitar o fato de que aquela era a hora certa da partida.

Existem certos tipos de morte que nos deixam bastante consternados e cheios de questionamentos. É o caso, citado também no artigo, da desencarnação de forma violenta, como nos casos de assassinato, desastres e suicídio. Muita gente costuma ficar tão surpresa e assustada com esse tipo de morte, que se nega a reagir e procurar entender o ocorrido.

Por que ocorreu dessa forma? Por que aquele ente tão bom e querido teve de partir assim? Uma coisa que angustia bastante as pessoas é pensar no sofrimento dos entes que morreram assim. Nesses casos, temos vários relatos de desencarnados por desastres que dizem que nada sentiram durante a desencarnação. E que encontraram um mundo tão real para eles que custaram a entender que tinham perdido o corpo físico.

Tudo o que nos ocorre de marcante na vida, com certeza advém de sementeiras antigas, e por faltar-nos ainda a compreensão necessária, tornam-se para nós acontecimentos injustos e inexplicáveis. Nós estamos diante de leis imutáveis e sábias. Não nos cabe achar que estamos sendo vítimas de injustiça. Não passamos por provações sem necessitarmos. E tudo o que nos é dado temos capacidade de suportar. É preciso ampliar a mente com o conhecimento que liberta para alcançar o grau ideal de resignação.

O que hoje passamos deve ser considerado um aprendizado. O jeito ideal para aprendermos a lição e conseguirmos ultrapassar as barreiras que nos impedem de ir em frente. A morte física apenas nos separa transitoriamente de nossos entes queridos, mas, muitas vezes, quando também chega a nossa hora de partir , eles estarão nos aguardando com todo o amor e carinho que sempre nos dedicaram durante a vida terrena. Essa certeza de que não perderemos o contato com nossos entes queridos, é um grande consolo para nós. A maravilhosa certeza de que temos várias experiências através de nossas inúmeras encarnações e que os elos que criamos com as pessoas jamais serão rompidos.

Um dia todos nós seremos chamados para a temporária despedida. Mas não nos esqueçamos que fomos criados para a vida, pois ela não é uma simples quimera que a qualquer sopro se desvanece. Por mais que queiramos dar explicações sobre a morte, jamais devemos supor que a vida faz parte de um acaso e que a morte acabará ou aniquilará com tudo o que houvermos plantado durante tanto tempo. Com os sacrifícios e dificuldades que com tanta garra enfrentamos, com as aquisições de compreensão e amor que já desenvolvemos. Nada se perderá, pois são aquisições eternas.

Como tão bem nos fala Léon Denis: "Espírito Imorredouro, lembra-te disto: A morte não Existe". (O Problema do Ser, do Destino e da Dor).

Paz e Luz
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