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As festas juninas chegaram... Estamos no meio do ano

Atualizado dia 6/18/2009 4:24:26 PM em Espiritualidade
por Maria Silvia Orlovas


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No Brasil inteiro, no mês de junho temos festas. Tenho notado que principalmente aqui em São Paulo esta tradição tem ganhado força e as pessoas cada vez mais estão se envolvendo nas comemorações. Se prestam atenção ou não, no sentido religioso ancestral desses encontros, é outra conversa.
Afinal, deixamos Santo Antonio às simpatias para arrumar casamento, São João para pular fogueiras e São Pedro... para que serve mesmo???

Nos tempos antigos, ainda antes da era cristã, essas festas existiam no hemisfério norte com outros nomes, mas com ritos parecidos com os de hoje. Fogueiras, comidas, alegria e a participação popular intensa, porque comemoravam a esperança da fartura na entrada do verão, Solstício de Verão, por volta do dia 21 de junho.

Como você já deve ter ouvido falar, esta data tinha enorme significado para as sociedades rurais que dependiam da generosidade da Mãe Terra. Eram comemorações de agradecimento aos bons frutos, onde havia oferendas e orações pedindo para ter sempre o que comer em suas mesas.
Era comum as pessoas passarem por muitas privações em anos predominantemente frios ou secos, pois a Terra sempre teve seus ciclos e seus humores, como vemos hoje, despejando sua fúria em furacões inesperados, chuvas torrenciais ou seca...
Assim, rezar, agradecer e vibrar pelo bem era algo mais próximo da mente das pessoas do que é hoje. Acho que muita gente se não amava Deus, ou melhor, a Deusa, pelo menos temia seus humores.

Atualmente, muito dessa cultura se perdeu porque a humanidade progrediu e para a população abastarda não falta opção de alimentos, mas infelizmente carece muito de consciência, da gratidão necessária a tudo o que recebemos da vida.
Estamos tão acostumados a nos servir com fartura que esquecemos de todo um ciclo de vida e de trabalho que existe por trás de cada alimento que chega às nossas mãos. Esquecemos que tem muita gente trabalhando para a água chegar às nossas torneiras, a eletricidade acender nossos aparelhos, ou as frutas enfeitarem nossas mesas. Existe um ciclo para manufatura de roupas, acessórios, perfumes, remédios. Existe todo um dinamismo por trás da nossa vida.
Como se fosse um teatro com seus bastidores, apreciamos a performance dos atores, mas nos esquecemos que foram treinados por bastante tempo até chegar no seu melhor momento, por nós compartilhado.
Nossa sociedade quer os frutos sem esperar o tempo da colheita. Os mais afoitos esquecem sequer que existe um grande esforço e muito treino para que tudo dê certo. As pessoas querem seus talentos sem entender que existe um tempo de preparo, uma elaboração interior, treino, dedicação e persistência para atingir um objetivo. Esquecem também que tudo isso leva tempo...

Enquanto pensava em tudo isso que compartilho com você, amigo leitor, minha filhinha de 7 anos entrou no meu escritório pedindo que assinasse um papel da escola. Quando parei para ler, vi que era uma autorização para participar de um show de talentos...
Quando fui perguntar para ela o que iria apresentar, ela ficou olhando para frente e demorou alguns minutos para me responder:

- “Bom, mamãe, acho que posso fazer mímica, ou cantar. O que você acha?”. Disse, sorrindo na sua ingenuidade.

- “Querida, acho que você não sabe cantar nem fazer mímica”, respondi entretida nos meus afazeres, sem perceber que ela estava ficando cada vez mais agitada tentando saber de qualquer jeito qual era o seu talento, sem aceitar minhas explicações lógicas ela continuava derramando sugestões:

- “Posso dançar, mostrar minhas pinturas, fazer yoga, o que você acha?” Perguntava ela pulando de animação como só as crianças são capazes de fazer, enquanto eu começava a pensar nas minhas respostas porque achei que não devia acabar com os sonhos dela, simplesmente dizendo que ela não tinha talento para nada daquilo.
Essa nossa conversa foi ficando cômica, pois tudo o que eu explicava ela tinha uma saída e uma solução.
- “Veja, minha filha, a mamãe canta mantras, mas não sou cantora, não tenho esse talento... Você já estudou música?” Perguntei esquecida que ela faz parte do coral infantil...
“Claro que sei cantar. O Tio Paulo disse que estou ótima”, acrescentou ela muito feliz.
O fato é que Paola tinha resposta para tudo e não aceitava que ainda não tinha um talento desenvolvido. Ela achava que podia tudo, que não tinha que se dedicar, esperar pela hora certa. Para ela o desejo de participar da festa e a incompreensão do que significa um talento estava criando a maior confusão. Vendo tudo isso, não pude deixar de pensar nas pessoas, na vida, nos sonhos que cada um tem dentro de si. Quantos de nós temos um talento não desenvolvido???
Quantos de nós temos pressa nos resultados e não esperamos com reverência o tempo da colheita se dedicando continuamente para ter o seu melhor?

Acabando de escrever esse texto, Paola passou por mim e perguntou:

- “Mãe, se eu pedir a Deus um talento, quanto tempo demora para ele me dar?”

Amigo leitor, vale a reflexão. Se a terra tem seus ciclos, se tudo na vida exige dedicação, por que a pressa por resultados? Por que essa ansiedade tão grande em conquistas e sucesso?
Se colhemos o que semeamos, com certeza, logo mais cada um de nós receberá o fruto de seus investimentos de hoje. Se estamos no meio do ano, vamos lembrar dos sonhos, das promessas de ano novo e vamos fazer nossa parte para concretizar as coisas boas, porque o futuro está chegando logo mais. Boa Sorte!

Confira os ensinamentos e meditações curativas que Maria Silvia ensina participando de um dos seus grupos.
Venha participar do seu
Grupo de Meditação Dinâmica que acontece todas as quartas-feiras no seu espaço em São Paulo. Venha ouvir pessoalmente as canalizações.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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