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ATÉ QUANDO IZILDINHA?

Atualizado dia 8/3/2011 10:28:03 AM em Espiritualidade
por Alberto Carlos Gomes Lomba


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Izildinha costurava um par de meias pensando em sua vida. Afinal, por que estava ali sentada remendando algo que poderia ser comprado?
Mas logo veio a mente que é melhor consertar o que se tem do que comprar novo.
Então, até quando ela teria que remendar um amor que já havia acabado?

Sabia que amor não se compra em lojas. Porém, não era aquela vida que queria.
Por que consertar meias? Lavar, passar, cuidar da casa, fazer comida, cuidar dos filhos e ainda fazer sexo com o companheiro quando não estava disposta?

"Questão de escolhas", raciocinou.

Na vida, não devemos agir por impulsos. Acaba tudo errado.
Seu casamento foi, em verdade, uma obrigação pelo fato de estar grávida. Com isto seus sonhos e anseios foram como água pelo ralo da vida.
De repente, observou que não estava mais costurando e, sim, pensando.

Pensou que ao invés de estar usufruindo um momento de paz, calma e descanso; estavam ali se atormentando com pensamentos cruéis.
Logo os filhos chegariam da escola. Teria que preparar a janta, para uma família faminta, e depois limpar tudo. Aí se daria ao luxo de tomar uma ducha. Embora seu companheiro ficasse berrando para economizar energia.
Há quanto tempo não ia se divertir. Passear, ir a um shopping.

Seus cabelos, longos e bonitos, foram cortados por falta de tempo de cuidar. Unhas sem esmalte. Baton e pinturas , nem pensar. Seu único perfume era o desodorante.
E suas roupas. O exemplo das meias, sempre remendando.

De súbito, Izildinha se deu conta de que aquele pensamento inicial, que e melhor consertar do que comprar novo tomou força, mas de forma contraditória.
Levantou-se, foi até a cozinha, olhou as panelas e tudo mais. Ato contínuo, foi até o banheiro. Tomou o banho mais longo de sua vida como quisesse tirar todo o ranço de uma existência.

No seu quarto, olhou o guarda-roupas e escolheu o seu melhor vestido, sem muitas opções. Fez um penteado e observou, no espelho, como ainda era bonita.
Na caixinha, onde guardava algumas economias, pegou tudo e se mandou para o shopping.
Lá chegando, comprou roupa, sapato, perfume, cosmético e ainda foi tomar um delicioso lanche.
Finalmente, estava feliz. Realizando o que queria.

Mas algo lhe chamou a atenção.

“Acorda mulher. Pára de sonhar acordada. Cadê a janta e nem banho deu nos meninos”.
Ate quando, Izildinha?

Texto revisado


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