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Atualizado dia 4/26/2011 4:45:27 PM em Espiritualidade
por Ana Person


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Tenho estado absorvida pela idéia do autoconhecimento e do crescimento pessoal. A verdade é que desde muito pequena sentia um apelo forte pelo desconhecido, pela essência das coisas. Nasci numa família com inclinações materialistas, cujas relações se fiavam e baseavam em moeda corrente e para uma criança que em breve se tornaria uma adolescente para, então, transformar-se no adulto que sou hoje, uma configuração dessas implica desarranjo emocional.

Minha adolescência foi marcada pela sensação incômoda de que eu não pertencia àquele lugar. Não reconhecia nas atitudes dos meus familiares os valores que eu carregava dentro de mim. O resultado disso foi uma necessidade latente de manter-me afastada a ponto de negar os apelos materiais e imiscuir-me cada vez mais na busca pelo sentido da vida.

Uma pessoa realmente espiritualizada já deve, a esse ponto, ter percebido o problema central a que me refiro aqui. Quando se foca num aspecto específico da vida em detrimento deoutro ou outros, o resultado é sempre um desequilíbrio que leva à frustração. Ao negar o aspecto material da vida, tomei atitudes negligentes cujo resultado prático foi a falta sistemática de recursos financeiros. Assim, aos poucos, a busca que empreendi durante tantos anos mostrou-se infrutífera.

Uma pessoa, por melhor e mais esclarecida que seja, não pode sustentar suas crenças e valores quando suas necessidades básicas não são assistidas. A um monge ou sábio é possível o jejum, desde que ele advenha de uma decisão consciente, mas todos sabemos que o jejum não é o mesmo que a miséria. Ora, se fosse as favelas e periferias espalhadas pelo mundo estariam cheias de seres iluminados, o que sabemos não ser verdadeiro. Um homem que sente fome sem a possibilidade de supri-la não pode se dedicar a conhecer o mistério da existência.

Da mesma forma, alguém que viva submerso em seu mundo emocional, obstinado a trabalhar e retrabalhar suas reações, testar conteúdos, diálogos, debates e ressignificar seus rompimentos e frustações, negando a dimensão espiritual que rege esses mesmos relacionamentos e reconhecendo em si apenas a capacidade de criar desfechos benéficos, sem entender as motivações alheias e a verdadeira motivação subjacente a tudo, que é a manifestação divina, irá acumular frustrações.

Há séculos tem nos sido ensinado um princípio simples, o equilíbrio, mas nosso impressionante desenvolvimento intelectual oblitera nossa visão em relação. Ao homem foi ensinado o trabalho, o lazer e o descanso. Nenhum mais importante que o outro, mas todos tão necessários quanto o ar que respiramos. Alguém que só trabalhe, mesmo que sua intenção sejaa mais nobre, como sustentar sua família, irá acabar seus dias com o amargor das relações mal desenvolvidas e com a sensação de ter deixado a vida escapar pelos dedos. Alguém que só se dedique ao lazer terá de certo problemas de ordem prática e alguém que se dedique excessivamente ao descanso terá plantado a desconfiança nos outros, perdendo inúmeras oportunidades de realização.

Disso tudo e da experiência que extraí da observação, não dos outros, nem por comparação com o outro, mas pela análise fria da minha própria vida, acabei por compreender que o caminho que leva ao autoconhecimento passa por todos os aspectos da vida. Então, se você hoje se encontra com problemas financeiros, emocionais ou espirituais, lembre-se, o equilíbrio pede-nos que trabalhemos com afinco, que gozemos o lazer com alegria e que descansemos com a sensação do dever cumprido.

Se hoje algum aspecto de sua vida ou mesmo tudo lhe parece turvo, não perca tempo nem caia na armadilha da autocomiseração. Respire fundo e recomece. Está agora trabalhando? Então, coloque seu coração e sua mente no trabalho, deixe os e-mails pessoais para mais tarde e veja como você pode desempenhar sua função com a maior produtividade possível. Está agora em seu momento de lazer? Então, esqueça os problemas e desfrute da companhia das pessoas de quem você gosta com alegria, interesse-se por elas, pergunte como foi seu dia e ouça com atenção. Está se preparando parair para a cama? Então respire fundo, faça uma oração sincera, peça a Deus quelhe dê forças para continuar seu trabalho amanhã e receba seu merecido descanso.

Não se trata de uma fórmula mágica, mas de um planejamento disciplinar em apenas três ciclos. Experimente e veja se assim você não consegue extrair um pouco mais de alegria dos seus dias. Lembre-se, não importa o que passou, o que foi feito, o passado não está presente. Basta que você comece hoje a plantar suas sementes e em breve estará colhendo lindas flores.

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