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Como despertar compaixão por aqueles que rejeitamos?

Atualizado dia 9/18/2013 1:52:41 PM em Espiritualidade
por Alex Possato


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alex possato constelações sistêmicas

A verdadeira compaixão não consiste em sofrer pelo outro.
Se ajudamos uma pessoa que sofre e nos deixamos invadir por seu sofrimento,
é que somos ineficazes e estamos tão somente reforçando nosso ego.
Dalai Lama


Uma pessoa que se empenha em seguir seu caminho espiritual, logo entende que veio a este mundo para servir e amar o próximo. É o que todos os mestres espirituais nos ensinam. Porém, na cabeça de muitos, a vida comum não faz parte deste caminho. É como se existissem dois mundos paralelos: o espiritual e o material.

Aparentemente, é isso mesmo: existem dois mundos que quase não se comunicam. No mundo material, somos guiados pela nossa necessidade de sobrevivência e conforto. E no mundo espiritual somos guiados pela nossa vocação para amar.

Desde pequenos, a vida ensina todo ser humano a se virar no mundo material. Fazer a coisa certa para não se ferir. Estudar para passar de ano e ter segurança no futuro, com um diploma nas mãos. Seguir carreiras que darão retorno financeiro. Trabalhar bastante, para ganhar dinheiro e não morrer de fome. Ter família porque é assim que se faz. Desta forma, com estes ensinamentos, aos poucos nossa mente começa a se desenvolver. Aprendemos a usar a inteligência, a traçar planos, a construir projetos. Somos, pouco a pouco, convidados a dominar nossos pensamentos, nossas emoções e atitudes, para ir atrás do que acreditamos. É o que chamo de desenvolvimento do ego. Descobrimos como viver na sociedade, no mundo da matéria. Tecemos relações pessoais, afetivas, profissionais... Mas nada disso é amor incondicional, afinal, fazemos isso para nos proteger, para termos alguém ao nosso lado, para darmos certo na vida, para ganharmos dinheiro, status, visibilidade, poder... Podemos dizer que é um amor condicional. Amamos somente aqueles e aquilo que nos faz bem. Mas... e o amor verdadeiro e puro?

Como disse, amar é nossa vocação. Somos amor. Estamos neste mundo para aprender a amar a nós e ao próximo. E ao mundo material também. Ao planeta Terra. Amar cada pensamento pensado, cada atitude tomada, cada emoção sentida. E é lógico que somente uma mente forte pode se entregar a esta energia tão intensa, que é o amor incondicional. Por quê? Porque uma mente carente, que sente falta de segurança, de afeto, de carinho, de dinheiro, de saúde, disso ou aquilo, quando for convidada a amar algo ou alguém que ela não gosta, irá imediatamente rejeitar. Rejeição significa que ela ainda não está totalmente se dominando. Ou seja, está deixando-se levar por um impulso emocional.

Rejeição significa que existe algo dentro de si que ainda não foi aceito. Por exemplo: se rejeito determinados grupos políticos, basta ver que tipo de emoção esta rejeição está me provocando. Raiva? Desprezo? Nojo? Rancor? Injustiça? E aí, se você mergulhar fundo nesta sensação emocional, entenderá a parte de você que não está sendo incluída. Poderá se abrir para um maravilhoso sentimento de compaixão: compaixão por si mesmo!

Geralmente, não tem nada a ver com o grupo político. Pelo contrário, o objeto da sua rejeição é uma bênção, uma seta que aponta para o caminho do amor. Este objeto de rejeição pode ser um ex-parceiro, um time de futebol, um personagem de novela, um grupo étnico, setores da sociedade, não importa...

O poder do amor e da compaixão está além da mente. Quando você investigar os momentos em que amou e perdoou profundamente, com toda a sua alma, verá que a mente, neste momento, estava quietinha. Subjugada. Obediente ou, talvez, observando. Como um leão dominado. E se você está num caminho espiritual, amigo, amiga – não tenha dúvidas! A vida irá lhe convidar o tempo todo, cada vez mais e mais, a exercitar o amor, o perdão e a compaixão. Em outras palavras, irão ocorrer situações na sua vida onde você perceberá a sua impotência, a sua incapacidade de mudar algo. A sua mente irá perceber isso. E aí, você estará entrando num processo de entrega àquilo que é. Aceitação aos fatos ou pessoas, do jeito como são. E então, subitamente, o amor poderá tomar posse de si. Este sentimento grandioso que transforma a pessoa que era objeto de rejeição em um ser divino. Não se espante se seus olhos se encherem de lágrimas e você quiser abraçá-la! Ela não entenderá nada, mas você entendeu tudo... é amor. Por si? Pelo outro? Por aquilo que ocorreu? Não. É simplesmente amor. Somos amor. E estamos voltando à nossa essência.



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Conteúdo desenvolvido por: Alex Possato   
Terapeuta sistêmico e trainer de cursos de formação em constelação familiar sistêmica
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