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Devagar se vai ao longe

Atualizado dia 4/20/2016 5:02:17 PM em Espiritualidade
por Maria Cristina Tanajura


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Vivemos correndo contra o tempo e sem tempo... Nossa mente pula de um pensamento para o outro e temos dificuldade de concentração e de relaxamento, pois nos cobramos realizar muitas coisas durante um único dia, o que nos torna tensos e ansiosos.
Enquanto isso nos acontece e certamente é uma realidade de nosso cotidiano, lembro-me de um ditado popular sábio, que nos afirma que DEVAGAR SE VAI AO LONGE...

Será que ele é verdadeiro? Acredito que seja, embora eu não possa afirmar que vivi segundo ele sempre, a minha própria vida. Mas o que estou lhe dizendo é que gostaria de diminuir o ritmo em que vivo, acreditando que dessa forma conseguiria me sentir melhor e teria melhores resultados com o que fizesse.

Poderia, sem dúvida, ter momentos mais relaxantes entre uma atividade e outra e assim, o que fosse fazer depois, faria de forma mais perfeita, mais consciente.
Não viveria tanto na superfície de meus problemas, seguindo a voz da maioria, pois me concederia o tempo necessário para uma reflexão antes de tomar uma decisão.

Mais relaxada, o meu acesso ao meu Eu interior – aquele que me sussurra a Verdade – seria bem mais facilitado. Isso é fundamental para que eu cada vez mais consiga expressar melhor a minha própria individualidade, ao invés de viver segundo as máscaras que eventualmente uso para agradar quem quer que seja.

Poderia ter mais tempo e disposição para ouvir o que cada pessoa está me dizendo, ao invés de sempre responder rapidamente, sem ao menos ter pensado, com atenção, no que ouvi. Parece-me que enquanto alguém está me falando, eu estou ansiosamente pensando na minha resposta e nem sei, muitas vezes, o que realmente eu ouvi.

E a pergunta que me faço é a seguinte: por que tenho essa pressa tão grande em viver cada experiência, se não sou sequer a dona do meu tempo? Se não controlo a duração desta minha encarnação?
Será que eu sei em que dia vou partir para outra dimensão, tendo que deixar tudo e todos por aqui?

Como poderei, a partir do meu desencarne, contar comigo mesma, se durante o tempo de minha encarnação eu fugi de mim mesma e vivi fazendo coisas, falando, respondendo, reagindo, sem um tempinho para me ouvir, durante dias, semanas, ou por toda a minha existência?

Imagino que vivendo dessa forma, quando desencarnar, me sentirei vazia. Pois não existirão shoppings, celulares, cinemas e estarei sem amigos, só comigo. Eu e eu.
Acho que se vivesse mais vagarosamente, buscando sentir com calma cada momento, seja onde for, procurando reservar tempo, durante minha caminhada, para sossegar os movimentos e buscar me ouvir no silêncio de mim mesma, estaria sempre mais serena e feliz.
Há muitas técnicas de meditação que podem me ajudar a diminuir meu passo, mas é primeiro preciso que eu acredite que isso é importante para me tornar mais feliz, pois o mundo em torno de mim, acelerado como está, e cada dia mais, não me ajuda nisso nem um pouco.

Quando tento sossegar, parece-me que estou realmente lutando contra a corrente. E preciso compreender o porquê de meditar, para me sugestionar e tomar a decisão de fazê-lo, ou mesmo de fazer uma tentativa consciente de conseguir isso.
Não sou eterna num corpo, mas um espírito que estagia na matéria apenas por um tempo.
Nasci só, partirei só, mesmo que esteja participando de um grupo, naquele momento.

Concluindo, para onde eu penso que estou indo, correndo tanto? Por que não me concedo a oportunidade de estar mais intensamente comigo mesma, para que possa me conhecer melhor e saiba o que fazer e como fazê-lo, tendo mais qualidade de vida.

Amigo, eu tenho a certeza de que preciso de um tempo... Que essa vida exigida e corrida a que me propus, durante anos, não me trouxe a alegria que esperei sentir e mereço ter. Mas, para que isso aconteça, hoje sei que necessito aprender a viver mais devagar, respeitando os ciclos naturais e estando o mais possível no presente, seja ele alegre, ou triste. Se fugir de tudo, para não sofrer, adoecerei logo adiante. Se me drogar com remédios, ou drogas ilícitas, pra não sentir o que está me perturbando, adiarei o momento do despertar e quando isso acontecer eu perceberei que o que fiz foi me tornar vazio de mim, um ser solitário que não se sustenta, pois nunca se teve como amigo.

Assim, DEVAGAR SE VAI AO LONGE... Provérbio popular, conhecido por mim desde pequena e que agora se tornou meu roteiro de vida.

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Cristina Tanajura   
Socióloga, terapeuta transpessoal.
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