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Discutindo a ortomolecular após a reportagem do Fantástico

Atualizado dia 3/25/2010 11:25:06 AM em Espiritualidade
por Rosemary Rezende


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Recentemente, o programa dominical Fantástico desfechou uma reportagem apontando inúmeras falhas de profissionais, médicos e não-médicos, quanto à prática da Terapia Ortomolecular.

O "gancho" para esta pauta foi a recente Resolução do Conselho Federal de Medicina, a qual definiu e restringiu um pouco mais, a prática desta técnica por parte dos médicos.

Na verdade, em nada modifica, só confirma aquilo que já está estabelecido como consenso na área de saúde. Todas as orientações anteriormente expedidas pelo SINTE continuam atualizadas e adequadas.
Outrossim, a seguir, reforçaremos o tópicos mais polêmicos, destacando orientações chaves para que nossos filiados trabalhem de forma ética e dentro dos ditames da legislação e jurisprudência.

Diagnóstico e tratamento de DOENÇAS é monopólio médico. Assim sendo, SE um profissional "não-médico", para decidir os procedimentos terapêuticos, precisar deste tipo de informação, automaticamente estaria cometendo crime de exercício ilegal de medicina. Este raciocínio vale para todas as técnicas, seja para escolha de, por exemplos, produtos ortomoleculares, fitoterápicos, pontos de acupuntura, etc, etc.

Já um TERAPEUTA HOLÍSTICO faz sua avaliação via quadro "energético" e emocional, seja pela pulso chinês, pulsologia de Nogier, testes musculares, radiestesia, o-ring test, classificação de biotipo e similares, decidindo assim a terapêutica, a qual, se envolver o consumo de PRODUTOS, necessariamente terão que ser de venda LIVRE (sem necessidade de receita médica e sem necessidade de manipulação, já sendo encontrado no mercado pronto para uso e oriundo de empresa legalmente constituída e com os devido registros ministeriais).

Ainda que inexista legislação clara a respeito, a prática consagrada é que tudo que precise de MANIPULAÇÃO, de FORMULAÇÃO, é monopólio MÉDICO. Exceto, é claro, as essências florais, as quais, justamente por serem PROIBIDAS aos médicos, tornaram-se livres para os Terapeutas Holísticos.

A reportagem referida também ratificou outro tópico sempre alertado pelo SINTE: jamais vender produtos que recomenda, nem sequer estabelecer-se vinculado ao local que comercializa. Além de evidentemente antiético ("empurroterapia"), é interpretado pela maioria dos juristas como ILEGAL, aplicando-se o mesmo princípio da legislação que proíbe médicos de vincularem-se com a venda de medicamentos. É um conflito de interesses irreconciliável, além de ser um péssimo marketing, pois a venda "casada" ao atendimento, de pronto causaria desconfiança na Clientela potencial, automaticamente afastando pessoas esclarecidas.

Por sinal, boa parte da antipatia que existe em relação à Ortomolecular deriva das propagandas de ética duvidosa, prometendo resultados miraculosos.Outro "calcanhar de Aquiles" desta técnica é apresentar-se como "científica". Ora, a dita "ciência" nunca foi "amiga" de nossa profissão e é perda de tempo tentar buscar seu apoio. Assim sendo, qualquer Cliente potencial, ou jornalistas que consultarem os organismos científicos OFICIAIS (universidades, centros de pesquisas consagrados mundialmente...), todos são unânimes em afirmar que não existe sentido nos assim chamados "exame de fio de cabelo" e da "gota de sangue"... Desta forma, todos os profissionais que se apoiavam nestes "exames", tem sua credibilidade indo por água abaixo, perante qualquer pessoa bem informada via mídia.

Historicamente, no Brasil, a Ortomolecular chegou de "carona" em outras técnicas e depois, tomou rumos equivocados que bem explicam este momento delicado pelo qual passa.
Nos anos 80, início dos 90, os profissionais de nossa área viam com simpatia a prática da OLIGOTERAPIA, de origem francesa, que propunha o balanceamento de certos componentes primordiais tidos como necessários ao nosso organismo, que são os chamados oligoelementos (como selênio, fósforo, manganês, zinco, ferro e cobre).

Tais substâncias são encontradas naturalmente em nosso organismo, adquiridas via boa alimentação, atuando como catalisadoras das mais diversas funções. A falta destas, ou a "desativação" das mesmas abriria caminho para desequilíbrios físico-psíquicos.

Nos anos 30, Jacques Ménetrier, tido como "pai" da técnica, desenvolveu uma forma de terapia em que, baseando-se em determinados sintomas e numa tabela de predisposição que classifica os Clientes em cinco biotipos (Diáteses de Ménetrier, que coincidem com as classificações dos Cinco Movimentos Chineses, da Terapia Tradicional Chinesa...), definindo-se assim, quais oligoelementos seriam utilizados para equilibrar o indivíduo. Tais produtos eram encontrados na forma de venda livre, SEM necessidade de manipulação, já que sua composição era definida nos próprios fabricantes e disponibilizado já pronto para consumo.

Eis agora um tópico diferenciador entre esta linha de origem francesa e a escola americana: os produtos da oligoterapia consistiam em "micro-doses" destes minerais, atuando como um facilitador da absorção e ativação dos mesmos, que já estariam disponíveis na alimentação do Cliente, só que antes, sem o devido aproveitamento. Já o raciocínio originado nos EUA tem a pretensão de REPOR tudo aquilo que deveria ser assimilado nas refeições, suplementando-as... Em suma, uma técnica utiliza "micro-doses" e a outra, "macro-doses".

Tal qual aconteceu na eterna discussão de homeopatia X alopatia, as indústrias se interessaram pela corrente que privilegia a QUANTIDADE, pois implica em produtos com preços bem mais atraentes (para quem fabrica, não para quem consome...) e viáveis economicamente.

O Brasil sempre sofreu forte influência americana, o que culminou em seduzir os profissionais pré-holísticos, que se denominavam equivocadamente (do ponto de vista jurídico...) de "naturopatas" (naturo = natural, patia = doença, => doença natural...), já que se até no nome, se indentificavam como o termo "doença", implica em confissão de culpa de crime de exercício ilegal de medicina...

Na década de 90, por iniciativa de origem indeterminada, a boa e velha "naturopatia" ressurge com outra "roupagem" e nova nomenclatura:ORTOMOLECULAR e, como tudo que parece ser novidade (ainda que não o seja...), rapidamente é objeto de reportagens e com igual velocidade ganha a adesão de "celebridades".

A publicidade em torna da técnica atraiu o interesse financeiro até de instituições comerciais de ensino, que rapidamente colocaram no mercado cursos supostamente "superiores", induzindo ainda mais a técnica a que se autojustificasse emprestando para si um questionável e desnecessário caráter "científico", parecendo esquecer que a Ciência sempre a escurrassou de seus meios. Como podemos ver, falta de ética existe em toda e qualqyer profissão, inclusive na prática médica.

O que devemos fazer é prestar atenção à conduta do profissional, nos informar sempre e nos afastar de profissionais do tipo duvidoso, sejam eles médicos ou terapeutas. O caminho mais correto é obter informção, refletir e decidir por nós mesmos e não deixar que nos empurrem qualquer coisa.
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Conteúdo desenvolvido por: Rosemary Rezende   
Tecnica Agrícola, Medica Veterinária, Homeopata, Terapeuta Holística. Atualmente trabalhando com Terapia Nexus, massoterapia Indiana, Numerologia Indiana, Florais e Homeopatia
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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