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Em algum lugar dentro de mim...

Atualizado dia 10/11/2012 5:01:46 PM em Espiritualidade
por Teresa Cristina Pascotto


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Desejei captar as aflições que estão vibrando com mais intensidade, neste momento, para muitas pessoas. Como se um representante de todos os aflitos tivesse tomado forma e expressão, falando comigo, "ouvi telepaticamente" seu inconsciente manifestar suas queixas. Eis a transcrição:

"Tudo o que percebo dentro de mim são deficiências, impotências e incapacidades. Algumas vezes, acho que sou o máximo, superior a todos, porém, invariavelmente, porque sei que sou um total fracassado, uma farsa, caio novamente em meus desgostos e angústias. Passo a vida tentando me enganar, sempre encontrando um objeto de desejo (pode ser um objeto ou o foco excessivo em uma questão de vida: relacionamento, profissional, sexual, etc) para buscar incansavelmente, torno-me obsessivo em minha busca e nunca desisto, enquanto não alcançar o objeto de meu desejo, essa obsessão me persegue, durmo e acordo pensando em como alcançar meu tão desejado objeto. Mas como isso é impossível, porque no fundo sei que esse "objeto" é pura necessidade fantasiosa de meu ego, torno-me viciado em buscar, porque sei que nunca vou alcançar.

Sou viciado nesse jogo, pois enquanto busco e não alcanço, sofro e, como sei que esse sofrimento será "eterno", passei a gostar da dor que isso me traz e me tornei viciado na dor, tornei-me masoquista! Gosto da dor do medo de não alcançar, que me leva a buscar e, na busca, passo por inúmeras dificuldades, desespero-me, tropeço, mas sempre me ergo, partindo em minha obsessão pelo objeto de meu desejo. Todo esse círculo vicioso, nas várias etapas em que ele acontece, traz-me grande dor e extremo prazer! Acabei gostando muito desse jogo sem fim: da tortura de ter dúvidas sobre o que quero; de descobrir o que quero e querer; de partir em busca do meu querer; de morrer de medo de não alcançar o que quero; de chegar perto do meu querer e esmorecer; de chegar perto e quase alcançar, e perder; de chegar perto o suficiente e alcançar, mas, imediatamente, pelo medo que sinto de perder, oferecer meu objeto para o primeiro "ladrão/vampiro" que estiver por perto; pois eu nunca posso ter e nem sustentar o que conquisto, pois se isso ocorrer, o jogo acabará, o círculo vicioso se romperá e não vou sobreviver à falta de minha "droga predileta": o sofrimento.

Tudo o que conquisto dura pouco em minhas mãos, pois só posso sentir o prazer de estar em posse de meu objeto de desejo por pouco tempo, pois esse é um prazer mínimo, se comparado ao prazer intenso que sinto quando perco o que conquistei. Sem falar da adorável dor de ver alguém usufruindo daquilo que era meu, que conquistei com tanto esforço! Ah... nada se compara a essa dor! Quando sou "roubado" (eu deixei!), perdendo o que conquistei (energias, objetos, condições) e vejo a pessoa que me roubou feliz da vida exibindo meu objeto, essa dor me leva às raias do ódio e da loucura. Nesse momento, entro em desespero e faço de tudo para tirar do outro aquilo que me roubou, sinto a força da vingança crescer em mim, e posso ir combatê-lo literalmente, ou posso criar uma guerra energética, usando todos os meus poderes psíquicos, na tentativa de exterminar meu inimigo.

Mas nunca consigo reaver meu precioso objeto de desejo, porque dentro de mim existe um NÃO extremamente forte, que me impede de ter o que tanto busquei e sofri para alcançar. Esse NÃO significa que tudo o que eu mais desejar, será sempre o que eu nunca poderei ter. Um dia, não sei bem quando, essa informação foi "colocada" em mim e só sei que não posso ter o que mais desejo. Assim, tenho várias coisas, mas não as aprecio, pois elas eu posso ter. Quero sempre aquilo que (acredito) não posso ter, esses sempre são meus maiores desejos. Sou um eterno frustrado e insatisfeito, tudo o que tenho não tem valor para mim e tudo o que é mais valoroso para mim, é sempre o que eu nunca poderei ter, porque aquele NÃO, que está arraigado em mim, determina essa condição.

Como não aprecio o que possuo e não tenho o que aprecio, a vida fica sem sentido. Para que eu sinta um falso sentido em minha vida, passo a idealizar objetos valorosos, que fazem com que eu os deseje muito e, mesmo sabendo que não poderei obtê-los, minha vida ganha certo sentido quando decido ir em busca deles. A dor é extrema, mas não consigo mais viver sem dor.

Percebo que estou nesse círculo vicioso, mas apesar de ficar muito triste por saber que estou "perdido" dentro desse mecanismo autodestrutivo e do qual não vejo saída, ainda assim, percebo que não quero sair desse jogo. O que farei se conquistar meus objetos de desejo e eles também não me trouxerem satisfação e saciedade? Sou eternamente insatisfeito, nunca sinto real prazer em nada, então, se eu sair desse jogo, não vou querer mais nada da vida. Se eu me curar, o que sobrará de mim e como farei para sobreviver ao vazio que isso me trará?"- (fim)

O início da cura para isto, está em reconhecer esse padrão. Em seguida, a pessoa deverá passar um tempo se percebendo dentro do padrão; antes mesmo de conseguir a "cura", é preciso que se tome total consciência de todo o processo, de todo o mecanismo, é preciso que a pessoa se perceba em cada ponto do seu círculo vicioso, em cada momento, desde o momento em que tem um determinado desejo e a cada passo dentro desse circuito que sempre acontece da mesma forma. Mas não deve apenas ter consciência do mecanismo, mas também, e principalmente, SENTIR-SE dentro de cada movimento e cada momento, é perceber com os sentidos tudo o que está acontecendo dentro de si, a cada passo, sentir as aflições pelo medo de não conseguir, perceber-se prestes a alcançar e "não pegar", perceber-se em cada pequeno detalhe. Somente com esta consciência, neste nível, é que a pessoa poderá começar a se curar. É algo difícil de tratar, é um processo e não uma mágica.

O esforço consciente será imprescindível, pois a força que este vício tem sobre a pessoa, facilmente a fará desistir do processo, se o prazer negativo é sempre o caminho que a pessoa escolhe, a cada dificuldade em seu processo de cura, ela poderá, se não estiver firme e atenta, fazer da dificuldade e das incertezas da cura, mais um ponto de sofrimento e dor, e prazer. Após a conscientização e a escolha responsável pela cura verdadeira, a pessoa, a cada momento que se perceber em algum ponto de seu circulo vicioso, deverá parar, respirar e sentir o que está acontecendo dentro de si. Perceberá suas aflições por estar parada ao invés de estar em movimento frenético em busca do que deseja. Ela deverá se acolher e se apoiar, como se estivesse fazendo isso com um amigo que está "largando as drogas", conversando consigo mesma, incentivando-se a ficar parada, sem avançar em seu circulo vicioso. Isso já trará alguns resultados, mas os caminhos para a cura vão muito além disso, mas estes são os passos fundamentais para o início da cura. Normalmente, dependendo do nível de "dependência do vicio" que a pessoa se encontrar, será necessário que busque ajuda terapêutica, pois sozinha será muito difícil abandonar o vício.

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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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