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Espiritualidade - a convicção do Divino

Atualizado dia 7/29/2012 10:40:39 AM em Espiritualidade
por Marcos F C Porto


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Nossa busca e esforços para encontrarmos o Divino em nós e nos unirmos com Ele é uma jornada com obstáculos tanto internos como externos, acrescido de períodos de aparente estagnação em que nada parece estar acontecendo.

Como aprendizes iniciantes somos acometidos por dúvidas, nos perguntando se a viagem nunca irá terminar, e se iremos alcançar nosso objetivo. Nessas ocasiões inúmeras perguntas surgem: “Será que optei pela decisão certa na escolha desta jornada espiritual?” “Será que tenho capacidade para nunca desistir diante do esforço de superar deficiências e embaraços que encontro em mim mesmo?”

Vamos então refletir sobre o tema?

Sri Aurobindo (1872–1950), espiritualista, lutador pela liberdade, filósofo, escritor, poeta, e guru indiano, se uniu ao movimento pela independência da Índia do controle colonial britânico, e por alguns anos foi um de seus principais líderes, antes de desenvolver sua própria visão do progresso humano e evolução espiritual, no seu livro “The Life Divine” – em tradução literal “A Vida Divina” - contando com mil cento e trinta e três páginas em dois volumes, no volume II - capítulo IV - O Divino e o Não Divino - nos diz: “O Universo é uma manifestação de infinita e eterna Existência: o Ser Divino habita em tudo o que é, nós somos isso em nós mesmos em nosso ser mais profundo; a Alma, nossa entidade psíquica secreta residente, é uma porção da Consciência e Essência Divina. Esta é a visão que temos tido em nossa existência, mas ao mesmo tempo em que falamos de uma vida divina como culminação do processo evolutivo, o uso da frase implica que a nossa vida presente não é divina. À primeira vista isto parece uma auto contradição; em vez de fazer uma distinção entre vida divina que aspiramos e vida não divina presente, com seus problemas imediatos e perplexidades, com a distinção que somos obrigados a fazer entre o bem e o mal ou sobre o que juntamente com o problema da dualidade, nos embaraçam entre felicidade e sofrimento. Quando buscamos intelectualmente a presença divina nas coisas, ou a origem divina do mundo, a presença do mal, a insistência no sofrimento, dor e aflição são fenômenos cruéis que confundem nossa razão e excedem a fé intuitiva da humanidade que tudo vê”.

Nossa convicção do Divino pressupõe que o Ser Maior Criador Deus não é cego para as dificuldades, nem desatento aos estorvos com os quais esbarramos na jornada de encontra-Lo, em meio à ilusão da superstição, e das tendências materialistas dos tempos modernos. Faz sentido?

Deparamos com todas essas ameaças e triunfaremos sobre elas, superando-as pela nossa fé viva, alcançando as terras altas da experiência espiritual.

No entanto, é verdade que muitos de nós que estamos interiormente seguros do Ser Maior Criador Deus, tememos afirmar esses sentimentos de convicção do Divino, por causa da multiplicidade e astúcia daqueles que reúnem objeções, ampliando as dificuldades de acreditarmos no Divino. Está claro?

Não é necessário profundidade de intelecto para observarmos nossos pontos fracos, nos completando então com a educação divina.

Mírzá Husayn-Alí (1817 - 1892) que se proclamou Baháulláh em Árabe "A Glória de Deus" fundador da Fé Baháí, a mais jovem das grandes religiões mundiais, nos diz: “Educação divina é a educação sobre o Reino de Deus. Através da educação divina, os seres humanos adquirem perfeições, atraem as bênçãos do Espírito Divino e percebem a verdade do versículo de que os seres humanos são feitos à imagem de Deus”.

Em contrapartida, contudo, certa acuidade mental e intuição do coração são necessárias para respondermos a essas colocações resolvendo essas dificuldades; a convicção da fé é a melhor técnica para lidarmos com todas as argumentações superficiais.

Para cada passo nosso, quando fazemos um avanço, as forças opostas irão lançar dúvidas, como que nos entrelaçando com uma corda entre nossas pernas.

De qualquer outra coisa poderemos duvidar. No entanto desejarmos e atingirmos o Divino é uma convicção mais certa do que dois e dois são quatro!

Essa é a fé que todos nós devemos ter no fundo do nosso coração, nos apoiando em cada tropeço e provação. Correto?

Nas profundezas do nosso Ser está nosso Ser Psíquico, o templo do Divino dentro de nós.

Este é o centro em torno do qual devemos atuar sobre a unificação de todas as partes divergentes e contraditórias de nosso Ser.

Um conceito muito importante de Sri Aurobindo é o princípio do Ser, conhecido como o "Ser Psíquico". O Ser Psíquico é a Alma Individual Divina - o Eu Superior, que cresce e evolui através de sucessivas vidas, e que habita simbolicamente o nosso coração (ou o chakra cardíaco). Também é a chave para a nossa transformação espiritual.

Uma vez tendo consciência do Ser Psíquico tanto da sua aspiração como dos anseios, essas dúvidas e dificuldades poderão desaparecer.

Quando o Ser Psíquico, se manifestar em nós, a principal dificuldade desaparece.

Nossa mente racional é como uma camada de substância espessa, que se forma sobre as partes do Ser.

Em algumas pessoas a camada poderá ser tão dura e grossa, que será impraticável a consciência do Ser Psíquico aflorar.

Caso, por ao menos uma vez, permitíssemos que nosso Ser Psíquico se manifestasse, então seria como se uma ponte fosse construída e, pouco a pouco a camada iria se transformando em mais e mais fina e nossas partes do Ser - consciência, pensamentos, vontade, sentimentos e ação - seriam unidas, tornando-nos Uno com o Divino.

“Pai Celestial e eu somos Um!” oravam os Essênios.

Voltaremos ao assunto.

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Conteúdo desenvolvido por: Marcos F C Porto   
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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