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Espiritualidade - a identidade do Ser Divino (1ª parte)

Atualizado dia 11/8/2009 3:08:46 PM em Espiritualidade
por Marcos F C Porto


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Nesta primeira parte da nossa reflexão, iniciamos com uma história em forma de poema de tempos muito antigos, contida na obra “O Hino da Pérola” apresentado no texto do Ato de Tomás, Apóstolo que acompanhou Mestre Jesus, resgatada quando da descoberta das Escrituras Gnósticas em 1945, que fazem parte da Biblioteca Nag Hammadi: “Imagine que você é um príncipe. Um dia seus pais mandam você para uma missão em terras longínquas. Você deverá encontrar uma pérola guardada por um faminto dragão. Você desveste o seu robe real e deixa o reino dos seus pais. Sua jornada a estas terras distantes, vestindo roupas bem simples, disfarçado como sendo igual às outras pessoas. De certa forma, as pessoas desta região descobrem que você é um estranho. As pessoas lhe dão alimento que fazem com que você se esqueça o seu berço nobre, e faz com que você pense que é um deles. Você mergulha em um sonho profundo. Seus pais sabedores da sua desconfortável situação enviam uma carta que estimula seu despertar. Eles lembram a sua missão de resgatar a pérola. Lembram também quem você é, um filho de reis. Você rapidamente subjuga o dragão, resgata a pérola e inicia o retorno, deixando para trás as roupas simples. Quando retorna a seu lar nativo, você vê o seu robe real, o qual lhe recorda o esplendor com que viveu antes. Os adornos do seu robe real lembram que você pertence a algo que é mais forte do que qualquer outro ser humano. Você veste o seu robe real novamente, e retorna ao palácio de seus pais”.

O contexto desta história sobre o resgate da pérola resume as questões perenes: Quem sou eu? Por que estou aqui? Para onde estou indo? É a história da Alma que descende do reino espiritual para o plano ilusório da Terra, perdendo memória de si mesma.

Sendo assim, a Alma sofre atribulações, tentações até receber o chamado para volta ao Lar, lembrança esta que motiva sua ascensão, culminando com a união com Deus.

Como seres humanos espirituais, somos partes integrantes do Corpo Divino de Deus. Somos os braços de Deus estendidos a todos ao nosso redor. Não haverá lugar onde Deus não esteja presente, inclusive o aqui-agora desta reflexão.

A convicção de que Deus é parte separada de nós, permanece insistente e influencia diretamente a forma da realização e manifestação de quem somos nós! Esta é parte das atribulações e tentações inseridas no sentido da história “O Hino da Pérola”.

Caso possamos corrigir esta distorção de entendimento, nosso planeta poderá ser e ter diferente trajetória em direção à elevação dos níveis de consciência e ascendência para dimensões superiores.

Esta disfunção de sentir, pensar e agir é uma das determinantes da nossa permanência na terceira dimensão.

Vamos lá refletir sobre o tema?

Há duas formas diferentes as quais as pessoas negam e renunciam à sua natureza humana Divina.

A primeira distorção é de que somos seres humanos que herdamos o mal por nascença, e, portanto, somos incapazes de manifestar pureza de Alma.
As religiões ocidentais tradicionais reforçam esta crença, ensinando que o ser humano infelizmente nasce em sua origem em pecado. Idêntica crença ecoa e nos ensina que devemos renunciar e deixar para Deus, qualquer bem sobrenatural a ser feito.

De forma geral, as pessoas tendem a assumir que nós, seres humanos espirituais, não podemos fazer nada além de ficarmos de lado, esperando e deixando Deus agir em favor ou em benefício deste, desta, daquele, daquela - reafirmando a postura da espera do milagre, tão reforçado e anunciado nas palavras dos pregadores nos programas produzidos para televisão. Desta forma, quando chega ao conhecimento que uma pessoa está assumindo e agindo resgatando o Ser Divino, interpretam como sendo canalização de Deus.

A idéia distorcida é: a Divindade poderá ser canalizada talvez, mas nunca ser considerada como já existente de origem. Correto?

Humanidade e Divindade não podem ser consideradas diferentes ou separadas.

Nossas qualidades inatas de Alma manifestadas através dos sentimentos – amor, paz, pureza, verdade, equilíbrio, poder (sobre nós mesmos) e felicidade estão conosco como expressão desta Divindade, ou seja, as qualidades Divinas de Deus em nós. Então não é o caso de renunciar, o que Deus já está expressando através de nós. Faz sentido?

A segunda forma que negamos a verdade na nossa natureza Divina é nossa vaidade extrema. Nossa vaidosa personalidade individualista ama que as glórias sejam de si própria, não é verdade?

O resultado desta pessoa ego-identificado com Deus, seja ela, ou seja, ele, é gerar desilusão por seus atos transgressores, ligados às vaidades materiais do corpo. É claro que a noção de que ego é Deus é absolutamente ridícula, pois nega a verdadeira Divindade, e por representar uma desilusória piada do tipo: “Sou o representante de Deus na Terra!”

Sendo mais realistas nestas imagens, podemos identificar a diferença entre a pessoa ego-identificado com Deus, e aquela que resgata e assume o seu Ser-Divino, sendo que a primeira afirmará: “Que Vossa Divina Vontade, não a minha, seja feita!” e a segunda dirá: “Que eu seja o instrumento co-criador, através do qual a Vontade de Deus se manifeste!”

Esta última afirmativa, expressa nossa natureza Divina como filhos e filhas de Deus, e por conseqüência nosso coração de Ser Divino deseja, o que Deus deseja.

Continuaremos na próxima edição.
 

Texto revisado

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Conteúdo desenvolvido por: Marcos F C Porto   
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 22 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 19 anos.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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