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Espiritualidade – a premissa das escolhas

Atualizado dia 1/3/2010 11:51:56 AM em Espiritualidade
por Marcos F C Porto


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Agora passada a euforia das comemorações e festas de final de ano, quando muitas promessas e intenções são enunciadas, fica a pergunta: Quantas dessas intenções serão mantidas neste ano que se inicia?

Sejamos sensatos em admitir que boa parte delas irá perder-se no esquecimento.

E dependendo da repetição com que estes comportamentos acontecem, ficamos mais desiludidos conosco, em nos dar o trabalho de continuar fazendo previsões sobre nós a cada final de ano, que não irão se realizar. É claro que é desmoralizante fazer e quebrar votos de mudanças de atitudes e de comportamentos.

No final, nos sentimos como que desistindo antes da conquista, de onde surge o pensamento: “Me conheço o suficiente, para saber que não irei manter o que prometi a mim mesmo. Por que então me submeter a este desapontamento? Muito melhor será, eu não prometer nada, porque assim não passo pela dor da decepção”.

Está claro que a habilidade de estabelecer e manter uma meta como objetivo é muito importante – não somente como propositura de final de ano, mas também durante o ano todo, em todas as fases de nossas vidas, para que assim nossa trajetória seja plena.

Não importa qual seja o grau de nossas resoluções internas, nossa habilidade em mantê-las está viva e vibrante. O que precisamos é compreender e direcioná-las melhor.

Vamos lá refletir sobre o tema?

Analisemos inicialmente dois aspectos: Primeiro a decisão de não fazer promessas já é uma resolução. Estamos sempre assumindo resoluções, da mesma forma como fazemos escolhas. E como temos conosco o poder de escolher o melhor, por que não usar este nosso predicado?

A dúvida em acreditar nesta assertiva é que muitas das vezes nossa personalidade individualista sempre está tentando nos convencer a utilizar o caminho mais fácil, ou seja, o atalho do menor esforço para conseguir o que desejamos.

Por exemplo: Muito importante estarmos prevenidos da altura certa para passarmos embaixo do travessão na ‘dança da vara’. Quanto mais nossa visão estiver embaçada, mais tempo levaremos para enxergar nossos verdadeiros valores, os quais nosso bem-estar de vida depende. Assim, o travessão imaginário para passar embaixo, que estabelecemos para nós, poderá ser muito limitativo, para que possamos enxergar nosso Eu verdadeiro.

Segundo a decisão de não definir resoluções, poderá ser uma frágil escolha, evitando alçar a comprometimentos de maior responsabilidade, e em outras palavras evitar desapontamentos.

No entanto, nos limitar às escolhas pequenas poderá de pronto, representar um desapontamento, porque negará nossa habilidade, como também a coragem de resoluções mais ousadas, as quais nossa felicidade plena depende. Quando nos conscientizamos que não precisamos de ‘conselhos’ de nossa personalidade individualista – percebemos também que estamos escolhendo o novo. Faz sentido?

Isto é o que a evolução espiritual espera de nós!

A livre expressão da vontade é o maior dom que Deus nos legou – é o poder sobre nós mesmos que sempre esteve conosco.

Livre expressão da vontade significa que a premissa da escolha do melhor está conosco.

Steven Harrison estudioso e escritor do desenvolvimento humano espiritual e elevação dos níveis de consciência nos diz que: “A escolha por viver nossa paixão não é perigoso, é pior, é o desconhecido. Mas o que já conhecemos nunca será novo ou criativo. Se morrermos em nossa paixão, no mínimo nós a viveremos, mesmo porque se vivermos no conhecido, será que não teremos de há muito, já morrido?”

Como filhos e filhas de Deus, temos um compromisso com Ele – com nossa destinação maior.

Com certeza, não haverá decepção mais profunda conosco mesmo do que ‘não estar capacitado’ em manter este comprometimento eterno.

Sabemos por experiências próprias que somente as grandes escolhas nos dão a satisfação que almejamos.

Portanto, talvez possamos afirmar com segurança que evitar desapontamentos é perseguir aspirações elevadas desapegadas do ganhar - perder, abraçando as ações decorrentes da premissa desta escolha, e nos tornando menos afeiçoados às arrogâncias da personalidade individualista.

Espiritualmente, precisamos desta conquista no Aqui-Agora e sempre, com as escolhas de coração e Alma que nos fazem sentir bem, como também a exercitar e praticar nossa liberdade de vontade para escolher consistentemente, e ainda aceitar como ponto de partida nossa condição humana de bondade e generosidade, não deixando de vigiar para que possamos cumprir a premissa das escolhas. Correto?

A dificuldade está na extensão em que mantemos imagens depreciativas sobre nós mesmos, que influem por ameaçar nosso senso de integridade.
Mesmo quando pensamos em nos ver em diferentes formas de melhor imagem, surge o sentimento que estamos sendo hipócritas!

Assim, continuamos persistindo nas nossas formas do ‘sou o que sou e está acabado’, até por uma questão de princípios. Está claro?

Para defender este lado resistente de nós mesmos, passamos a desconsiderar quaisquer menções em assuntos que envolvam inteireza e de revelação do Eu verdadeiro. E aí fixamos o travessão da ‘dança da vara’, estabelecendo o limite imutável por onde iremos passar e fazer nossas opções de vida, onde confortavelmente ‘para mim está tudo bom, e não preciso mudar nada’.

Assim, como a frondosa árvore do abacateiro emerge do caroço, tudo o que vemos ou experimentamos ao nosso redor, é resultante dos embriões e das raízes de quem somos.

No entanto, a opção de escolha estará sempre à nossa frente – seremos ego ou espírito, ou seja, seguiremos os ditames de nossa personalidade individualista, ou as escolhas de coração e Alma.

Desta forma, a única possibilidade real de mudança dependerá da premissa das escolhas, com a qual orientaremos nossa trajetória de vida.

Voltaremos ao assunto. 

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Conteúdo desenvolvido por: Marcos F C Porto   
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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