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Espiritualidade – a sabedoria da Natividade

Atualizado dia 12/20/2009 9:28:45 AM em Espiritualidade
por Marcos F C Porto


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Uma das formas mais tradicionais de manifestação superior de exaltação no mundo na antiguidade, naquela época concentrado nas regiões do Mediterrâneo e Oriente Médio, é a sabedoria. Sabedoria pode ser ambos, tanto o resultado da experiência de vida, como um dom Divino.

Sabedoria é o que o pai ensina ao filho-filha, ou o que o sábio transmite ao discípulo-aluno.

Através da sabedoria e do conhecimento nós aprendemos como sentir, pensar, falar e agir seja em família, com amigos e mesmo no relacionamento com pessoas difíceis, em encontros sociais, no trabalho, e nas ocorrências cotidianas de rua.

A sabedoria e o conhecimento nos fazem compreender melhor as situações do mundo ao nosso redor, e como lidar com tais situações, nos facilitando encontrar respostas para perguntas tais como: “Por que a maledicência prospera?” ou “Por que a pessoa boa sofre?” ou “Qual é o final destinado à vida humana?”

O contexto da sabedoria da Natividade está inserido neste entendimento mais complexo, que vai além do que se apresenta de imediato.

Vamos lá refletir sobre o tema?

Ao nos projetarmos para os antigos períodos da literatura egípcia, grega, romana nas formas de poesias, sátiras e as denominadas Instruções em Sabedoria, verificamos que sabedoria e conhecimento foram e têm sido vistas pelos estudiosos como a chave do processo de crescimento pessoal e espiritual desde época muito antecedente ao nascimento de Mestre Jesus.

Estas normas eram inseridas como cartas de pai para filho. No Egito Antigo a Instrução de Ptahhotep – vizir abaixo do Rei Isesi da Quinta Disnatia, 1900 a.C - para seu filho, sobrevive até hoje em papiros, sendo uma coleção de máximas, abordando preceitos de relações humanas, principalmente virtudes de paz, bondade, justiça, verdade, moderação e autocontrole como, por exemplo: “Não deixe seu coração insuflado em razão do seu conhecimento”; Não seja demasiadamente confiante em razão de ser sábio”; “Bons discursos são guardados mais do que uma esmeralda, mas deverão ser estar sempre prontos”.

Reportando-nos aos gregos, o exemplo de Aristóteles 384 a.C, segue idêntico estilo. Sua obra principal neste assunto dedicada ao seu filho é “Ética a Nicômaco”.

A Ética aristotélica continua sendo uma das bases fundamentais do pensamento humano: “A vida não é o prazer como encanto acessório, mas contém o prazer em si mesma”; “A virtude pode ser conquistada por meio do estudo ou esforço”; “O ser humano se torna justo praticando justiça”; “O ser humano se torna temperante agindo com temperança”.

O critério das Escrituras Sagradas seja nos Textos dos Essênios, nos Evangelhos, nas Escrituras Gnósticas da Biblioteca Nag Hammadi ou ainda nos Manuscritos do Mar Morto, dão continuidade a esta manifestação de sabedoria. Seguindo estes critérios em nossa reflexão, identificamos seu merecido valor. Ao estudarmos os Evangelhos, como sendo expressões da sabedoria passada de pai para filho, apresentando desta forma a concepção da verdade da época, contada por diferentes autores, no caso os evangelistas, relatada em estilos individuais, assim como em diferentes níveis dos seus próprios ‘ser interior’. Com esta perspectiva encontramos o necessário auxílio para enxergarmos além das aparentes discrepâncias, que têm persistido na opinião de muitos de nós leitores destes textos.

Quando expandimos nossa percepção às inúmeras nuanças da nossa natureza humana, os textos revelam-se para nossa personalidade fragmentada, favorecendo a compreensão.

Este critério aplicado aos Evangelhos poderá redundar em resultados fascinantes.

Assim, descerra-se a sabedoria da Natividade!

Os Evangelistas, Mateus e Lucas, que relatam o nascimento de Mestre Jesus, nos trazem os fatos de forma diferente, sem no entanto deixar que se perca a magia da sabedoria da Natividade.

Outra diferença é o tom dos dois relatos: Mateus sob a sombra tenebrosa da hostilidade de Herodes contra Mestre Jesus Bebê envolvendo o extermínio de inocentes (Mateus 2.13). Lucas por sua vez é totalmente pacífico no seu relato (Lucas 2.6-7).

Qual é a sabedoria da Natividade que estas passagens nos revelam?

O entendimento da sabedoria da Natividade nos traz a Luz da compreensão espiritual do nascimento do espírito tornando-se humano no corpo.

O nascimento da criança Divina é a manifestação do ‘Eu’ em nós, primeiro sinal de elevação de nossa consciência. Faz sentido?

Tanto em Mateus como em Lucas é a sabedoria da Natividade Única, ou seja, a convergência da essência Divina invisível, combinada com sua revelação no tempo e espaço da nossa terceira dimensão.

Para nós, seres humanos espirituais, esta ocorrência é transcendente, porque no nosso nascimento normal há a combinação dos elementos terrenos – proteína, água e os genes dos pais, com acréscimo de um indefinível elemento – a consciência – que advém da eternidade. Está claro?

Todo e qualquer nascimento humano está contido no princípio Universal da sabedoria da Natividade. Correto?

O recém-nascido Mestre Jesus Bebê é o rei, ou seja, é o ‘Eu’ legítimo graduado para o reino dos seres humanos espirituais.

Não poderá haver tristezas, quando a sabedoria da Natividade se manifesta!

A sabedoria da Natividade permanece inalterável de pai para filho por todas as épocas, e se apresenta para nós no Aqui-Agora, com idêntica atmosfera sagrada de suas origens espirituais.

Na imagem eterna de Mestre Jesus Bebê está contida a Pessoa do Filho de Deus, subsistindo em duas naturezas, uma humana e outra Divina, que é a representação de nós mesmos como Seres Divinos Filhas e Filhos de Deus.

Celebrar o Natal implica mais do que refletir.

Importa abrir o coração, alegrando-nos porque o Reino do Amor se faz presente!

Voltaremos ao assunto.

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Conteúdo desenvolvido por: Marcos F C Porto   
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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