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Espiritualidade e liberdade interior

Atualizado dia 8/1/2010 12:10:13 PM em Espiritualidade
por Marcos F C Porto


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Libertar a nós mesmos da compulsão de pensar poderá nos conduzir à liberdade interior?

A mente pensa sem cessar, desde o momento do despertar, até a hora de ‘pegar’ no sono. Não há qualquer momento de descanso, a mente sempre ocupada tanto em criar e receber novos pensamentos, como sendo receptora de ondas e frequências. O hábito é tão forte, que poucas pessoas imaginam mudar este processo. Este aspecto responde em parte a pergunta acima.

Continuando a refletir, poderemos por outro lado, sentir a sensação de estarmos vivendo em completa liberdade, ter independência financeira, e, no entanto nossa mente nos mantendo ‘engessados’ durante todo o tempo em pensamentos, imagens mentais e ideias. Qual a relação e importância deste aspecto com liberdade interior?

Vamos então refletir sobre o tema?

Somente quando aquietamos a mente ocupada e confusa estaremos em condições de apreciar liberdade interior.

A mente produz pensamentos, portanto faz o que sabe de melhor - pensar!

Como se estivéssemos constantemente diante da tela do cinema, assistindo cenas dos filmes de nossa vida. Os filmes são tão reais, que nunca questionamos sua validade. Como já dissemos anteriormente, somos roteiristas, diretores dos nossos próprios filmes.

Perceberíamos, nas imagens, cada um de nós vivendo formas muito parecidas de planos, sonhos, situações imaginárias, ilusões, desilusões, momentos de grande alegria, circunstâncias de profunda tristeza.

Grandes idéias flutuando no ar, em mentes diferentes, sendo captadas por outros, por sua vez estes acreditando serem suas próprias idéias.

Assim, todos protegem as idéias flutuantes, conversando, agindo e comportando-se como se elas transformadas em pensamentos fossem parte e propriedade deles.

E, então, onde está a liberdade? Liberdade mental significa estar acima de pensamentos, sermos capazes de escolher os pensamentos, e quando não houver necessidade de pensar, não pensamos. Correto?

Exemplo: Quando não temos necessidade do uso do computador, desligamos. Por que não fazer o mesmo com a mente? Vamos imaginar a situação em que nossa mente esteja calma, em leves ondas de pensamentos.

Neste estado mental nos tornamos conscientes do Eu Interior e realizamos quem somos, sentindo intensamente nossa força interior.

Felicidade que é nativa e inerente a cada um de nós, emerge quando são removidas as paredes e obstáculos dos pensamentos.

Exatamente neste estado mental, a compulsão em pensar desaparece. Eu Interior e Alma em completa intimidade!

Claro, como aprendizes, nosso processo será descobrir nossa liberdade interior única em cada um de nós. Faz sentido?

Inúmeros filósofos têm-se manifestado em contexto filosófico tão amplo.

Particularmente, Jacques Maritain, filósofo francês, (1882 – 1973), no livro “Sete Lições Sobre o Ser”, com sua precisão técnica e penetração metafísica, discorre e apresenta diferentes perspectivas do mistério da ontologia (parte da filosofia que trata do ser enquanto ser, ou seja, do ser humano concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres humanos), ainda não conhecidas, e onde liberdade interior é um dos aspectos mais significativos.

Compartilhando com suas idéias, o sentimento de liberdade interior é considerado muito mais exceção do que vida normal, ainda que possa ser estado permanente.

Qual será a resposta adequada para as dúvidas entre liberdade interior ser ‘exceção’ ou ‘estado permanente’, ambos significando aspectos essenciais de nossa identidade como pessoas?

Tomando como ponto de partida, o princípio da natureza humana, de que nascemos com tarefas essenciais, as quais deverão ser desenvolvidas, e ainda que tenhamos de sustentar empenho em situações, onde pessoas desconsideram suas convicções íntimas nas leis da moral e da espiritualidade, e desta forma abominam a crença de que nascemos com propósitos essenciais.

Ao contrário, acreditam que somos puramente ‘produtos’ do ambiente. Tal pensamento ainda que não explicitamente admitido, é fácil e aceito de forma cômoda.

Consequentemente para essas pessoas, não havendo natureza essencial, moral e espiritualidade perdem importância. Está claro?

Qual, então, é a força preponderante para lidar com essas características da natureza humana?

Exatamente este é o ponto onde a espiritualidade define seu mérito.

Esta perspectiva está alicerçada no princípio de sermos criados na imagem e semelhança de Deus. Assumindo esta tarefa, somos nós mesmos, descobrindo liberdade interior, e liberdade não é alcançada nas decisões contra nosso Ser Maior – Criador - Deus.

Nossa parte nesta tarefa é simplesmente aceitar o Dom da Força Divina, colocando nosso Ser Divino em disponibilidade para que Sua Graça haja sobre nós.

Simples? Talvez, dependendo de ambos, nossos ego e orgulho.

Livrando-nos das influências deles, o Eu Alma nos torna gentis, puros e verdadeiros, amadurecendo nosso íntimo para o relacionamento com Deus.

Aí podemos deixar a vida seguir seu curso, confiando que a porta está aberta para vivenciarmos a liberdade interior.

Com a ajuda de concentração, meditação, desapego, calma e habilidade em filtrar os pensamentos, não nos deixando envolver por eles, com certeza iremos atingir e viver em estado de verdadeira liberdade interior.

Mantendo sempre mente calma, iremos nos deleitar com a verdadeira espiritualidade da liberdade interior.

Voltaremos ao assunto.

Ouça e participe do nosso Programa ‘Veredas da Espiritualidade’ - Programa na Rádio Universo: www.radiouniverso.com.br - toda sexta-feira, às 22:00 h.

Texto revisado

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Conteúdo desenvolvido por: Marcos F C Porto   
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 22 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 19 anos.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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