Há perdas e ganhos diante da morte do amado pet?




Autor Íris Regina Fernandes Poffo
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 5/1/2025 7:44:36 AM
Ao nos depararmos com a indesejável morte do amado bichinho do coração, há dor, às vezes, muitas dores.
A dor nos leva à tristeza, à interiorização, ao silêncio. Nos convida a olhar para nosso coração ferido, que ficou tão pequenino!
Indagamos onde erramos, o que fizemos de errado, ou o que deixamos de fazer!
Pensamentos existenciais borbulham como água em um caldeirão: culpas, baixa autoestima, solidão, incertezas, medos, insônia, depressão!
Ganhamos incompreensão quando ouvimos: "é apenas um bicho, por que você está assim"?
O coração bate mais forte, a pressão sobe! A indiferença da dor alimenta a raiva.
Emergem agressividades contra quem culpamos pelo que aconteceu, inclusive a nós mesmos. Nosso fígado irado fala mais alto.
Ganhamos tendência ao isolamento. Mas que seja por pouco tempo!
O desânimo nos afasta da luz, e nos leva a questionar a fé. Onde estava São Francisco naquela hora, e por que não o salvou?
Então, perdemos conexão com a nossa essência divina, por vezes já abalada por experiências traumáticas anteriores. Quando o solo é árido demais, as sementes do Ser Divino não poderão germinar e frutificar. Transmutemos!
Embarcamos em uma viagem pelo passado, presente e futuro em frações de segundo. Perdemos o chão!
Perdemos o contato visual com o ser que amamos: aquelas meigas imagens que os olhos estavam acostumados a focar: nele dormindo, brincando, e fazendo sorrir nossa alma, não existe mais.
Perdemos o contato físico do toque: a terapêutica interação das nossas mãos com aqueles pelos macios, ou com aquelas penas, evaporou-se.
Perdemos o contato olfativo: deixamos de sentir os cheirinhos característicos do seu corpinho, da mantinha, e até mesmo das suas necessidades fisiológicas.
Perdemos o contato auditivo: não escutaremos mais seus sons costumeiros e rotineiros.
Perdemos assim, um pouco de nós, da nossa saúde emocional e física. A baixa imunidade predomina, surgem as enfermidades. Sinal de alerta!
Disse o cientista francês Antoine Lavoisier (1743-1794): "Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
Sendo assim perguntamos, você acredita que o amor que sente por aquele amado bichinho continuará sempre vivo no seu coração?
E que o amor que ele sente por você, não se perderá?
Vamos ressignificar estas perdas?
Durante o convívio com ele, nós construímos lindos laços afetivos!
Ganhamos a enriquecedora experiência de nos sentirmos amados (as) por sermos quem somos.
Sem máscaras, sem maquiagens, sem títulos, sem ostentar o aparelho celular ou o carro mais moderno.
Ganhamos a oportunidade maravilhosa de cuidar de alguém, que é só alegria, que não reclama, não grita e não bate à porta.
Ganhamos aprendizado sobre comportamento animal, raças, rações, clínicas veterinárias, médicos veterinários, pet shops etc.
Ganhamos um novo olhar sobre a importância dos animais na vida humana e, inclusive, nos tornamos mais sensíveis à causa animal de todo planeta.
Ganhamos recordações imensuráveis e eternas de passeios, brincadeiras, bagunças, de quem sabia viver um dia de cada vez!
Recordações estarão sempre vivas! Elas se alimentam a cada piscar de olhos!
Podemos ter perdido nossa identidade como tutores, "mães ou pais" de pets, mas, o vínculo afetivo e a saudade boa, sempre sobreviverão!
Fundamental é reconhecer que, graças aos amados pets, ganhamos a oportunidade de nos tornarmos pessoas melhores! É isso que eles esperam de nós!
Obs. Caso você seja um tutor enlutado, temos outros artigos desejando prestar apoio ao seu coração no Clube STUM. E que a Mãe Divina continue sempre confortando nossos corações!
Iris Fernandes Poffo
Texto Revisado









Conteúdo desenvolvido pelo Autor Íris Regina Fernandes Poffo Bióloga, espiritualista, terapeuta holística e escritora. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |