Histórias Assombrosas de Halloween: Do outro lado da vida.




Autor Rosana Ferraz Chaves
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 10/22/2025 7:39:07 AM
Essa é uma das histórias mais importantes da minha vida, que me trouxe um grande aprendizado.
Meu pai era uma pessoa boa, mas muito machista quando jovem, sendo que esse machismo só diminuiu um pouco, conforme ele foi envelhecendo.
Como sempre gostei de criar e montar coisas, o que não é muito típico de uma menina na época em que eu era criança, meu pai achava um absurdo, quase tudo o que eu gostava ou fazia.
Eu não podia fazer nada, que já vinha ele, sempre com a mesma frase: Mulher não pode fazer isso!
Uma vez um colega comprou um kit, muito simples e bem baratinho, que era vendido num bar, do tipo que as crianças montam, de uma moto bem pequena, de plástico.
O que me interessava, era a possibilidade de montar o brinquedo e não a moto em si, já eu não queria brincar com a moto e sim montá-la, porque nunca gostei de carrinhos e como meu pai me dava uma pequena mesada por mês, comprei o meu kit e montei a moto em cinco minutos.
Fiquei fascinada em montar a moto de plástico, que cabia na palma da minha pequena mão, isso até meu pai descobrir o que eu tinha feito.
Ele ficou possesso comigo! Disse que mulher não podia gostar de moto e me fuzilou com os olhos, me deixando aquela enorme sensação de ser inadequada.
Eu menti para ele e disse que tinha feito a moto apenas para enfeitar a geladeira, até que por fim, me livrei da moto, para não me sentir tão inadequada.
E isso ocorreu com várias coisas, porque tudo o que eu fazia, tinha de ouvir a frase se repetindo: Isso não é para mulher!
Pior que isso, quando era uma criança pequena, se alguém dissesse que eu tinha feito alguma coisa errada, ele simplesmente me dava uma surra, sem sequer conversar comigo ou verificar se eu tinha feito algo de errado mesmo.
Por esse motivo, quando cheguei na adolescência, passei anos sem falar com ele e só voltamos a conversar, quando eu já era adulta e ele tinha se modificado um pouco.
Talvez por esse motivo, quando eu resolvi cursar arquitetura, ele jamais me cumprimentou por ter entrado ou me formado e com o tempo, fui me acostumando com esse jeito dele e quando já era adulta, voltamos a conversar de vez em quando, sem mágoas do passado.
Meu pai só começou a ficar doente quando já era idoso, e por volta dos setenta e poucos anos, precisou colocar uma marcapasso.
Fora esse período, a saúde dele sempre foi ótima e nem cabelo branco ele tinha, porque na família italiana dele, as pessoas só tinham cabelo branco quando estavam muito velhas.
Quando ele fez oitenta e três anos, começou a sentir muito cansaço e muita dor nas pernas.
Fez vários exames e tomografias do corpo inteiro, e o médico acreditava que ele tinha câncer, mas não conseguia identificar em qual parte do corpo, porque não aparecia em nenhum exame.
Como ele não melhorava, precisou ficar internado num hospital especializado em doenças do coração, que já o atendia, mas lá ninguém descobriu o que ele tinha.
Nesse primeiro hospital, ele ficou internado mais de um mês, só piorando e como ainda acreditávamos que fosse um problema cardíaco, um aneurisma, procurei a ajuda de um centro espírita, em que um médium incorporava um médico, que fazia cirurgias a distância.
Meu pai internava, tinha alta e precisava ser internado novamente e isso durou uns três meses, com ele só piorando, definhando, já sem conseguir andar, pele e osso e com muita dor nas pernas.
Nessas idas e vindas, ele começou a ter contado com o outro lado, foi quando entendemos, que a passagem definitiva dele estava próxima.
Ele mesmo descobriu uma massa no abdomem, que estava enorme, enquanto o corpo dele definhava, porque ele não tinha fome alguma e pouco se alimentava.
Meu pai disse que recebeu a visita das irmãs já falecidas e a visita desse médico, que o médium recebia, que conversou bastante com ele.
Depois disso, ele recebeu a visita de um homem, que explicou a ele que seu tempo aqui na terra estava acabando.
Os médicos desse hospital começaram a desconfiar que fosse mesmo câncer, mas como não tinham como descobrir, deram alta e conseguimos fazer a transferência dele para um hospital geral, onde lá foi constatado que ele tinha Linfoma não Hodgkin, mas ele nunca acreditou que tinha câncer.
Após a descoberta, ele passou a ter sangramentos constantes, que vinham do intestino e uma semana antes de fazer a última passagem, com a ajuda da minha mãe, ele falou comigo ao telefone e me deu umas instruções, que ele queria que eu seguisse, após a sua passagem.
Na outra semana, eu o visitei numa quarta-feira e ele morreu na sexta.
A cremação foi no sábado, no início da tarde. No domingo para segunda-feira, despertei no meu quarto, com três pancadas na porta e mentalmente, sabia que era ele.
Eu estava perfeitamente desperta e por telepatia, informei a ele, que ele já tinha feito a passagem para o mundo espiritual, só que ele não acreditava.
Disse a ele que um monge o encontraria e explicaria o que estava acontecendo e de fato, pedi a ajuda de um monge indiano ligado a Shiva, que auxiliava espíritos a fazerem a passagem, mas nem assim meu pai acreditou que seu corpo já tinha morrido.
Para encurtar a história, ele demorou um ano e um mês, entre idas e vindas, até sair definitivamente do plano físico, já que por apego a minha mãe, ele se negava a ficar do outro lado.
Me foi permitido acompanhar toda essa jornada espiritual dele, até que seguisse para o outro lado, com vários percalços pelo caminho, até a chegada dele num hospital espiritual.
Se você achou essa história interessante, assista o vídeo, onde dou detalhes dessa história.
https://youtu.be/MqsKiGcSQN8
Autor Rosana Ferraz Chaves Oraculista, sensitiva e escritora. Se dedica aos estudos de anjos, baralhos e tarots antigos, ministra cursos de oráculos, neurolinguística. Desenha mandalas e cria perfumes mágicos em seu atelier. Autora do livro Magid - O encontro com um anjo. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |





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