Humanidade relativa de ponta

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Autor Dalton Campos Roque

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 12/19/2025 11:45:33 AM


De vez em quando eu vacilo. Vacilo bonito. Falo uma besteira humana, ajo no impulso, erro feio mesmo. Nada místico, nada profundo. Erro comum, desses que todo mundo comete e depois pensa: "era melhor ter ficado quieto".




Aí vem a crítica. Normal. Até aí, tudo certo. O curioso é a frase que costuma acompanhar:

"Ué. mas você não é espiritualista?"




Essa pergunta sempre vem carregada de uma expectativa curiosa, como se espiritualidade fosse um selo de perfeição moral permanente. Como se, ao me declarar espiritualista, eu tivesse implicitamente prometido nunca mais errar, nunca mais reagir mal, nunca mais falar uma cagada humana.




O subtexto é claro: espiritualista não pode falhar. Espiritualista não pode perder a paciência. Espiritualista não pode ser humano em público. Se falhou, o contrato espiritual foi quebrado.




Em alguns círculos mais sofisticados, isso ganha uma roupagem elegante. Fala-se em "verdade relativa de ponta". Uma expressão bonita, técnica, quase científica. O problema é quando ela começa a ser usada como certificado silencioso de superioridade evolutiva. Não se diz "sou dono da verdade", mas se sugere com delicadeza suficiente para não parecer arrogância.




Foi daí que nasceu, por necessidade de sobrevivência psicológica, a minha própria expressão:

humanidade relativa de ponta.




Ela significa algo simples e libertador: sou espiritualista, estudo, busco, reflito, tento melhorar. e ainda assim erro. Ainda me confundo. Ainda escorrego. Ainda faço cagadas ocasionais, algumas bem criativas, inclusive.




Minha humanidade não é básica, mas também não é transcendida. Ela é relativa. Em processo. Em andamento. Com momentos de lucidez e outros de pura falta de noção. E está tudo certo.




Humanidade relativa de ponta não é desculpa para errar. É recusa em fingir perfeição. É assumir que espiritualidade não anula caráter, temperamento, história pessoal nem impulsos mal digeridos. Ela só aumenta a responsabilidade de reconhecer o erro depois, aprender e seguir.




Talvez o verdadeiro sinal de maturidade espiritual não seja nunca errar, mas parar de usar espiritualidade como verniz moral. E aceitar que consciência não se mede pela ausência de falhas, mas pela honestidade com que se lida com elas.




Se alguém me perguntar de novo "mas você não é espiritualista?", talvez eu responda com mais precisão:

Sou.

Mas minha humanidade ainda está em fase de acabamento.




Dalton Campos Roque

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Autor Dalton Campos Roque   
Médium, projetor astral consciente, sensitivo, escritor e editor consciencial, autor de dezenas de obras espiritualistas. Eng. Civil e Professor de Informática (aposentado), pós-graduado em Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia, e em Educação em Valores Humanos (linha de Sathya Sai baba). @Consciencial YT: @DaltonRoque
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