Maria e o Silêncio das Mães - Um sussurro vindo da eternidade.

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Autor Paulo Roberto Savaris

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 5/10/2025 6:03:06 PM


No Dia das Mães, Maria não trouxe flores. Trouxe silêncio.
Aquele silêncio que escuta.

Sentou-se no campo do tempo, onde o presente e o eterno se tocam.
Ali, mães chegaram.

Vieram com suas marcas e histórias:
Mães que ainda ninam.
Mães que partiram cedo.
Mães que nunca pariram, mas criaram mundos com o peito aberto.
Mães que perderam, que cuidam, que sustentam.
Todas.

Uma delas, com olhos fundos de saudade, perguntou:

- Maria, onde mora o amor quando o colo já não existe?

Maria segurou suas mãos e respondeu:

- Mora no que ficou. No jeito que você embala o mundo mesmo sem perceber.

Outra, que se sentia pequena por não ter feito tudo "certo", disse:

- E quando erramos? Quando o cansaço fala mais alto que o afeto?

Maria sorriu como quem já chorou muito e disse:

- Ser mãe não é ser perfeita. É ser inteira. Inteira no pouco, inteira na entrega.

Uma mãe que já perdeu o filho, disse:

- Maria, você também o perdeu. Como se caminha depois disso?

Maria olhou para o chão, como quem reverencia a dor, e disse:

- A dor não some. Ela aprende a andar com a gente. Mas o amor... o amor nunca é enterrado. Ele floresce em outros gestos. Em outros braços.

E quando uma mãe adolescente, ainda assustada com a vida, quis saber se daria conta, Maria apenas respondeu:

- Você não está sozinha. Toda mãe carrega outras dentro de si. Ancestrais, vizinhas, irmãs... E o céu inteiro sussurra: Vai. Ama. Só isso já basta.

Maria ouviu mais do que falou.
Abraçou mais do que explicou.
Porque mãe, ela sabia, não precisa de teorias. Precisa de abrigo.

Ao se despedir, deixou um recado:

- Que cada mãe se lembre: você não precisa salvar o mundo. Seu amor já é o milagre que o sustenta.

E assim se foi, com a leveza de quem conhece a dor e ainda escolhe o amor.

Neste Dia das Mães, que possamos agradecer, recordar e acolher.
Às que estão aqui, que sejamos presença.
Às que partiram, que sejamos gratidão.
Às que nasceram para amar, mesmo fora dos moldes, que sejamos reconhecimento.

Com afeto eterno,

Um Sonhador, Caminhando com Francisco: Paulo Roberto Savaris é autor de eBooks na Amazon e do Blog Caminhando com Francisco, dedicado à educação, à escrita inspirada na espiritualidade e nos valores de simplicidade e amor ao próximo. https://www.caminhandocomfrancisco.com/

 

 



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