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Morte bonita e morte horrível

Atualizado dia 11/26/2021 12:52:58 AM em Espiritualidade
por Íris Regina Fernandes Poffo


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É comum ouvir pessoas comentando que fulano teve uma “morte bonita”, quando não sofreu, por exemplo, enquanto dormia. E ainda dizem que gostariam de morrer assim também. Por outro lado, comenta-se que ciclano teve uma “morte sofrida”, porque ficou várias semanas padecendo em uma cama.
Na visão espiritualista, o conceito é diferente. Quando a morte chega, e a pessoa não tem conhecimento sobre a vida além da vida, tem uma visão distorcida da morte, é apegada aos seus bens materiais, à sua profissão, à família, fica sem entender o que aconteceu. Ela teve sim, uma morte horrível. Este tipo de passagem repentina e sem despedida, na maioria dos casos, torna-se de difícil aceitação para quem foi e mais ainda para quem ficou.

Há situações, em que a pessoa pode partir antes do período programado pelo “livro celestial”, quando provoca a Dona Morte, mesmo sem querer, inconscientemente ou por imprudência. Por exemplo: quando abusa de drogas e/ou de bebidas alcoólicas, e sai dirigindo o carro ou moto, em alta velocidade.

Há também, os casos de exposição voluntária à atividades perigosas, como descer uma ladeira de bicicleta ou skate no meio da rua, e sem capacete, dirigir a motocicleta na contramão, passar no semáforo vermelho, esportes ultra radicais, etc. Muitos dirão que eles tiveram uma “morte horrível”! Outro dirão que foi melhor assim, pois morreram fazendo o que gostava.

 Durante o programa de televisão, da extinta TV Tupi, em 1971, denominado “Pinga-Fogo”, perguntaram a Chico Xavier como morrer com tranquilidade, Ele respondeu o seguinte, conforme consta do livro de mesmo nome (pág. 194):

“A morte suave, do ponto de vista da continuidade da paz para além desta vida, se deve à consciência tranquila. Cumpramos com os nossos deveres, compreendendo que a nossa responsabilidade tem o tamanho do nosso conhecimento. Cumpramos as nossas obrigações e a morte será sempre uma passagem para uma vida melhor. Mas, se adquirirmos complexos de culpa, nós estamos criando cadeias que nos aprisionam a processos de vida inferior, e vamos emitir irradiações perturbadoras, suscetíveis de criar muita luta, muito conflito naqueles de quem nos aproximamos, porque criamos estes conflitos em nós mesmos.” 

 No Livro Nosso Lar, psicografia de Chico Xavier, há caso de uma moça que estava noiva e faleceu, devido à uma doença grave. Apesar de todo carinho dos seus entes queridos no plano espiritual, ajudando-a na libertação do corpo físico, ela sofria muito.

 Estava revoltada! Não podia ter morrido! Queria estar junto do seu noivo, casar-se e ter uma linda família. Isto gerou um processo de auto-obsessão. Com o pensamento fixo em voltar ao bairro onde morava, para encontrar seu noivo, conseguiu a ajuda de espíritos menos esclarecidos, para atingir seu objetivo.

 Sem ter preparo dos amparadores, e desconhecendo quanto tempo havia desencarnado, teve um grande choque emocional ao ver seu noivo, casado com outra moça.  Totalmente atordoada e infeliz, ela vagou nas zonas tristes do umbral, até que, cansada de sofrer, pediu ajuda a Deus. Foi resgatada e levada para o posto de socorro, onde ficou em tratamento.

Este exemplo, infelizmente, é comum nos casos de desencarnes de pessoas apegadas à vida material, ao corpo físico, aos seus bens, aos seus laços profissionais, de ternura ou de amargura, aos familiares ou cônjuges, independente da maneira como fizeram a passagem.

 Vale terminar este artigo, com a passagem de um homem, que teve uma boa morte, e uma boa recepção na espiritualidade. Consta do livro Valeu a Pena, psicografia de Vera Lúcia de Carvalho (1994).

 Ele era um ótimo esposo e pai de família. Trabalhava em uma Casa Espírita. Era estudioso de obras espíritas e espiritualistas, e estava habituado a deixar o corpo físico, durante o sono, para deslocar-se aos postos de socorro e às colônias espirituais para trabalhos assistenciais.

 Certa vez, estava cochilando, com a cabeça encostada no colo da esposa, quando percebeu a presença de conhecidos amparadores. Eles informaram que, desta vez, a saída do corpo seria sem volta, pois sofreria um enfarte fulminante.

 Colocando em prática seu discernimento, e humildade diante da vontade de Deus, já que havia chegado sua hora, despediu-se amorosamente da esposa, que foi adormecida por aqueles seres de luz, e seguiu com eles.

 Quando voltou a si, a esposa percebeu que o marido havia falecido. Apesar de toda tristeza, chamou os filhos e oraram com amor, para que seguisse na paz! E ele, lá estava orando por eles, para que ficassem bem. Logo a seguir, seguiu com os amparadores, para sua nova jornada.

De certa forma, somos egoístas no sentido de querer estar sempre perto de quem amamos, fisicamente. Mas, a morte faz parte da vida! Assim, é importante que possamos conversar com os amigos e familiares a esse respeito. Com maturidade e conhecimento espiritual saberemos lidar melhor com a passagem dos entes queridos, incluindo dos amados PETs.

São Paulo, 31.10.2021
 

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Conteúdo desenvolvido por: Íris Regina Fernandes Poffo   
Bióloga, espiritualista, terapeuta holística e escritora.
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