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Nossas Crianças...

Atualizado dia 10/12/2010 6:11:19 PM em Espiritualidade
por Karenn Liegeh


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Neste final de semana, tive uma experiência que não pude ignorar. Em apenas dois dias, entrei em contato, em detalhes assombrosos, com três realidades que muitas vezes procuramos não tomar conhecimento para não doer, ou para que não nos sintamos compelidos a nos engajarmos no movimento.

No domingo (07/02/2010) à noite assistindo um documentário na TV Escola, fiquei a par da situação de várias famílias que vivem em um lixão no Camboja sobrevivendo de restos - na verdade restos da guerra -, sem qualquer dignidade. Algumas meninas com apenas 9 anos sofrem abusos sexuais, inclusive dos próprios irmãos, e vivem como se fossem escravas destes. Para eles, a mulher não tem qualquer importância: "são como uma roupa que depois de usada pode ser deixada de lado..." comenta um cambojano.

Um grupo ligado a ADDH - Associação em Defesa dos Direitos Humanos, está realizando um trabalho muito bonito por lá. Construíram um abrigo enorme para estas crianças, com comida, escola, brincadeira e tudo o mais que as crianças necessitam. Lá elas são tratadas como merecem e reaprendem que são pessoas e não objetos. Além disto, a organização ainda tenta resolver o problema de baixa auto-estima das mães desenvolvendo um sistema de emprego para elas e aconselhando sobre detalhes práticos de suas vidas.

Até o momento em que a organização entra na vida delas, elas não fazem idéia do que seja higiene, saúde, laços de família. As mães muitas vezes vendem as filhas para sobreviver e comem apenas o que encontram no lixo.

Com o tempo e o contato com a nova realidade começam a perceber que existem outras realidades - lembrem que a maioria nunca viu uma TV funcionando, nunca leu um livro e nem sabe nada além da realidade do lixão.

Uma das cenas mais bonitas ficou por conta de um pai que auxilia no abrigo, servindo alimentos e organizando as crianças.

- Até alguns dias atrás ele bebia muito todos os dias e batia na mulher e nos filhos. Agora ele luta contra o vício e tenta ajudar de alguma forma - explica um dos organizadores.

Encerrei minha noite de domingo com dor no coração e uma enorme vontade de partir daqui. Mas eu sei que ainda tenho muito que fazer neste país antes de alçar novos vôos.

Na segunda feira (08/02/2010) entrei no Orkut para ver meus scraps e encontrei muitas felicitações pelo meu aniversário - 3 páginas e meia ao todo. Fiquei muito feliz por ver que muitas pessoas me enviando palavras de carinho e isto confortou um pouco meu coração. Entretanto, um dos meus contatos me convidou para entrar na comunidade "Parem de parir!" ao qual eu aceitei, pois concordo que estamos colocando muita gente no mundo. No fórum, percebi que não sou radical como alguns membros. Em uma das discussões, um membro postou sobre "Os quartos da morte", na China. Outra história triste e revoltante.

O número estimado da população chinesa é de 1, 3 (um bilhão e trezentos milhões) de habitantes. Desde 1970, o Governo tem tentado reduzir o crescimento da população com um rígido controle de natalidade que ficou conhecido como "política de filho único". Quando os pais não cumprem com o controle proposto pelo governo são submetidos a punições, que eram executadas a partir da perda de direitos a programas sociais, além de a pessoa ser obrigada a efetuar pagamento de multas ou correr o risco de ser destituído do emprego.

Em função disto, muitas famílias optam (ou o governo opta por elas) abandonar ou abortar estas crianças. Quando elas são abandonadas, vão parar em verdadeiros depósitos humanos onde são amarradas em banquinhos para não se moverem e em momento algum recebem qualquer tipo de estímulo ou carinho. Existe um vídeo no Youtube onde se pode conferir esta realidade: "Quartos da Morte".

Em um dos quartos, foi largada uma menina e condições precárias para morrer, sem cuidados clínicos, sem alimentação, sem qualquer carinho, sem nome. Um dos principais motivos do tratamento que ela recebeu foi o fato de ter nascido menina, o que também não é muito bem-vindo na China. Depois da sua morte, o orfanato negou completamente sua existência.

Para aliviar um pouco minha alma, resolvi assistir um filme de aventura e o escolhido foi o filme Diamantes de Sangue, com Leonardo Dicaprio. Entretanto, por uma coincidência ou sincronicidade do Universo, o assunto era exatamente o mesmo: Nossas crianças. Tendo como pano de fundo, desta vez o caos e a guerra civil que dominou Serra Leoa, na década de 1990, Diamante de Sangue conta a história da exploração da mão de obra escrava nas minas de diamantes da África que eram usados pelos rebeldes na compra de armas. Os meninos em geral eram levados para serem "reeducados" pelos terroristas.

Que mundo é esse em que vivemos?

O que aprendemos nesses milhares de anos em que a Humanidade existe?

Somos praticamente pré-históricos ainda. Não aprendemos nada. Sabemos voar, mas jamais compreenderemos o que é possuir asas. Casamos com festas monstruosas, mas não sabemos o que significa amar, e o pior de tudo, talvez sejamos incapazes de amar de verdade. Idealizamos a paixão como se fosse amor de verdade e esquecemos é apenas uma reação química. Amor de verdade é aquele que traz paz e plenitude. Que nos comove e nos move a ajudar os outros sem recompensa alguma.

Sei que às vezes é difícil começar, mas as crianças precisam mais do que o nosso dinheiro em doações. Elas precisam do nosso tempo, do nosso respeito e da nossa proteção.

Ano passado, realizamos uma festa para 500 crianças carentes, no dia das crianças, com ampla divulgação, onde tudo o que pedimos foi a presença das pessoas e o amor que tivessem para doar. Arrecadamos 700 brinquedos, 2500 lanches, mas apenas 5 pessoas compareceram além dos organizadores e do pessoal da Associação de bairro que foi extremamente prestativo...

Ainda dá tempo de preparar para um Natal mais feliz.... 

Assista:

Amor sem fronteira (Beyond Borders) _ de Martin Campbell com Angelina Jolie e Clive Owen
Diamante de Sangue (Blood Diamond) _ de Edward Zwick com Leonardo Dicaprio e Jennifer Connelly 

 Acesse:

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Semeando Diversão - link


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Conteúdo desenvolvido por: Karenn Liegeh   
Karenn Liègeh é Terapeuta Holística há mais de 30 anos e especialista em Leitura de Registros Akáshicos. Criadora do Sistema Frequencial ANJO HUMANO® que forma Leitores de Registros Akáshicos, Reintegradores de Consciência e Terapeutas Frequenciais. www.instagram.com/karennliegeh.oficial
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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