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O Cisne

Atualizado dia 4/10/2011 3:00:39 PM em Espiritualidade
por Ingrid Monica Friedrich


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Em nossa infância, ouvimos a estória do Patinho Feio (C. Anderson), um pobre patinho rejeitado que se transforma em um cisne. Em nosso subconsciente, fica a mensagem que mesmo os que aparentam ser feios, desajeitados, diferentes, podem ter qualidades escondidas esperando para serem reveladas. O objetivo da estória é plantar em nós a semente da aceitação da diversidade no mundo.
Mas o que não percebemos, é que podemos utilizar este conto para trabalharmos as nossas próprias diferenças, que geram internamente uma sensação de inadequação.

Assim como o patinho que luta com as dificuldades desde seu nascimento, onde a mãe pata ao ver sua demora em nascer, já o força a romper a casca, mesmo ainda não sendo seu momento de nascer, e o testa, fazendo com que nade, antes de aceitá-lo em sua ninhada como filho.

Nós também enfrentamos estas dificuldades. Assim que como espíritos, para nos manifestarmos na materialidade, somos obrigados a nos contrairmos, até ao tamanho de células, para encaixarmos em um corpo de bebê, trazendo em nosso inconsciente um temperamento pleno, com a disposição de viver, entramos em um corpo que ainda precisamos aprender a usar, e temos que contrair toda nossa sensibilidade, focando em como nos manifestarmos em terceira dimensão.

Neste momento, iniciamos a jornada de nos adaptarmos com limitações e uma série de informações energéticas caóticas, novas e com total dependência de sermos supridos em nossas necessidades pelo mundo externo, abrindo mão de termos controle sobre o mundo externo, mas aprendendo a nos comunicarmos com o mesmo, pois suas informações se tornam prioritárias para nossa sobrevivência, e vamos experienciando como lidar com nossos pais para obter deles o alimento, a higiene, carinho, e a contermos nossos impulsos para não contrariá-los.
Então, vamos recebendo do meio, uma formatação, modos de sermos aceitos socialmente, e quando não nos adequamos ao padrão, como o patinho, somos ridicularizados e nasce em nos o sentimento de inadequação, de incapacidade, que pode perdurar por toda a vida.

Inicia-se, então, o conflito entre temperamento que nasce conosco e vem da alma, e o comportamento imposto pelo mundo.
Por mais que tentemos, enquanto damos a prioridade ao comportamento que fará que o mundo externo nós aceite e supra, existirá uma voz dentro de nós, que fala sobre um vazio no peito, que nos indica que algo não esta correto.
E quanto mais buscarmos nos formatar ao meio, maior se torna nosso sentimento de inadequação. Nunca nós sentimos tão inteligentes, belos perante os padrões sociais, eficientes quanto o esperado, a perfeição, em relação aos modelos, parece algo impossível.

Então, passamos a buscar grupos, onde existam pessoas que tenham alguns dos interesses e dificuldades semelhantes, e passamos a nós sentir um pouco menos diferentes, menos "inadequados", e tentamos nós adequar ao grupo. No início, isto nós trará conforto pela acolhida, mas com um tempo, a voz interior retorna, falando de estar sendo oprimida em seu temperamento.
Em dado momento, no cansaço de tentar se adequar a grupos, nós recolhemos como o cisne, que pousa e permanece solitário em um lago tranqüilo, convive, mas não compartilha, com os "patos, marrecos, peixes", cada um vivendo sua existência, mas ainda se sentindo isolado.

Mas ainda não percebemos que durante este processo crescemos, não só fisicamente como em força, garra de sobreviver e beleza. Dentro de nós ainda nos sentimos o patinho feito, inadequado, que não possui nada que possa ser amado, a ser compartilhado.
Cremos que somos incapazes de descobrir em nossas asas o potencial de voarmos pelos ares, até o longe, e nos contentamos a ficar em nossa zona de conforto, onde parece que o conflito temperamento versus comportamento entra em trégua, e a pressão some, mesmo sem que o espaço vazio no peito seja preenchido. E nadamos no lago da vida, coabitando neste planeta, vivendo o dia a dia, porém ainda sem a consciência de quem somos.

Porém, um dia vemos cruzando os ares, sobre nós, seres semelhantes a nós, e a nossa alma, apesar de não o reconhecerem conscientemente, os colocam como nosso ideal a ser atingidos, pois se eles são capazes, reconheço em meu íntimo que também possuo este potencial. E como um bando de cisnes passam rápido, deixando apenas sua imagem gravadas no coração, despertando-o.
E ainda na solidão buscamos sair da influência de seres conscientes, e vamos nos tentando harmonizar com a Natureza, com esta imagem. Continuamos a enfrentar as intempéries da vida, e continuamos nós fortalecendo, crescendo em recursos, em beleza, em luz, apesar que em alguns momentos pareça que iremos sucumbir perante a rigidez do mundo, sem que nós percebamos.

Mas em um momento de limite, somos levados a exercitar nossa capacidade de voar ao alto dos céus, assim como nosso ideal que pulsa no coração, e quando um novo bando de cisnes sobrevoa onde estamos, estamos prontos a nós desapegar de todos nossos limites, crenças negativas, da segurança do conhecido, e voamos de encontro às aves, e somos convidados a entrar em seu bando. E neste momento, deixamos de ser inadequados, e nos descobrimos como seres individuais, independentes, e em todos lagos onde pousarmos deste momento em diante, seremos reconhecidos como os mais belos, pois temos o domínio e a certeza interior da nossa beleza única, e em vitória ao sentimento de inadequação, às inseguranças, aos temores, tomamos posse de nós mesmos em nossa diversidade, e deixamos de tentar nos formatar ao mundo, e por isto, ao sermos coerentes conosco mesmos, a nós honrarmos, o mundo passa a nos respeitar e admirar...
Então, o patinho feio, desajeitado, torna-se o belo cisne...

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Conteúdo desenvolvido por: Ingrid Monica Friedrich   
Ingrid M. Friedrich (CRT 44680) Atua com Psicoterapeuta Alquimista e Junguiana- Conselheira Metafisica, Mediúnica e Profissional-Terapeuta Breve-Lado Sombra, Reprogramação Autoimagem, PNL, e técnicas em sincronícidade, como facilitadora no processo do autoconhecimento, em busca de melhor qualidade de vida.
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