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O Exercício da Espiritualidade no Século XXI

Atualizado dia 5/31/2014 12:01:29 PM em Espiritualidade
por Maria Helena Neves de Albuquerque


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As formas-pensamento nos remetem a uma sacralidade interior tão intensa que somos capazes de vivenciar “Esta vida, Bardo Natural” com bastante sabedoria. Essa visão do Budismo significa dizer que tudo isso compreende do nascimento até à morte e ainda considera todos os ensinamentos e implicações que nos influenciam ser um SER, enquanto SER, dentro duma realidade psicofísica, enquanto conexões mente-matéria no espaço-tempo. Daí, fica compreendido que em qualquer filosofia de vida há aspectos das nossas mentes conscientes que representam um terreno fundamental ou a base da “mente ordinária” que vivifica e está sempre reverberando em nós.

O Longchempa, um destacado mestre tibetano que viveu no século XIV, descreve o “Bardo Natural” de uma forma diferenciada porque, segundo os seus escritos, o Bardo mantém todas as interações e partilhas dos humanos como ativas, expandidas e integradas ao Cosmo.

E assim se expressa com maestria nessa concepção: “é um estado não iluminado e neutro e que pertence à categoria da mente e dos eventos mentais, e que se tornou a base ou função de todos os carmas ou ‘engramas’ do samsara e do nirvana. Ele funciona como um armazém em que são estocadas como sementes todas as impressões das ações passadas causadas por nossas emoções negativas. Quando surgem as condições propícias, elas germinam e manifestam-se como circunstâncias e situações da nossa vida”.

Então, diante desse conceito considere a base da “mente ordinária” como um banco de dados de um computador ou uma espécie de sacralidade interior, na qual estão depositados todos os arquivos do mental e que ainda conseguem determinar a nossa vida purificando o fluxo mental, o poder, o caráter, as trilhas ou os pilares fundamentais do existir, enquanto habitantes desse Universo Azul.
Por outro lado, eu considero que a filosofia budista nos ensina também que é na sacralidade interior, que existem dois hóspedes, ou seja, duas pontes. Uma, configura o ego calculista, exigente, tagarela e outra que representa a presença simbólica de um “velho sábio” de tudo aquilo que se relaciona à espiritualidade oculta.
Aquela presença sutil que nos aciona com uma voz doce, terna, serena e amorosa. Aquela voz iluminada e que raramente a escutamos. Aquela expressão sutil que nos toca com mensagens de sabedoria e que procura atingir a nossa essência primordial, muitas vezes negada por nós mesmos, por estarmos surdos ou por falta de algo na área do inconsciente que nos deixa sabotar.

De fato, à medida que o ser humano ler os conceitos metafísicos dessa natureza ou vivencia esses episódios suprarreais, ele aprende que, com os ensinamentos espiritualistas ele vai conseguir entrar em processo de expansão da sua consciência e se fortalecer. Então, a sabedoria interior que é desperta em nossa criança ferida se expressa no existir pensante como uma espécie de voz clamorosa e sedutora do ego e começa retornar para ele mesmo como uma identidade primordial.
Diante dessa alquimia natural pelo existir pensante, descobrimos também que, como num passe mágico, foi revelado a nós mesmos o simbolismo do nosso “velho sábio”. Aquele que nos conhece de modo interiorizado, uma vez que somos dotados de mente, corpo e alma com todas as suas miríades. E, diante dessas travessias sagradas, eclode a lembrança da nossa natureza essencial que flui com bastante esplendor, confiança e nos remete aos vários segredos que como um guia pode se revelar a nós mesmos, enquanto seres humanos e sujeitos da história.

Portanto, baseado nesses conceitos espiritualistas e iluminados, observe a concepção Sogyal Rimpoche, um dos pioneiros e promotores do diálogo entre a Ciência e a Espiritualidade: “é para acabar com a grotesca tirania do ego que nós seguimos o caminho espiritual, mas os recursos do ego são quase infinitos e a cada estágio ele pode sabotar ou prevenir nosso desejo de nos libertarmos dele. A verdade é simples e os ensinamentos são extremamente claros; mas vi muitas e muitas vezes, como grande tristeza, que tão logo, eles começam a nos mobilizar, o ego tenta complicá-los porque sabe que está sendo ameaçado de muitas maneiras”.

NOTA: direitos reservados e protegidos: nenhuma parte desse texto poderá ser reproduzida por qualquer meio, sem a autorização prévia do autor ou editora por escrito. A infração está sujeita a punição, segundo a Lei 9.610/98.

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Helena Neves de Albuquerque   
Assistente Social Clínico UFC MS DF,CressBahia 2018. Pós-Graduada e Especializada em Terapias Holísticas e Transpessoais, "A Quarta Força em Psicologia" Ômega Incisa Imam 2009/2011 Pós-Graduada em Teoria da Psicologia Junguiana IJBA Escola Bahiana de Medicina 2015/2017.Formação ThetaHealingBrasil 2018 Casa de Yoga.Escritora Bienal Bahia,2011
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