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O grande universo de todos nós

Atualizado dia 5/17/2011 9:36:20 PM em Espiritualidade
por Bernardino Nilton Nascimento


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Por suas dimensões estupendas, é natural que o Universo, num primeiro choque, nos leve ao delírio, ao máximo de espanto. Antigamente, quando a Terra girava pela noite em sua escuridão, as estrelas, os planetas e tudo mais que habitava o grande Universo, parecia bem comportado e sereno para nossa admiração.

Mas, desde que esse belo sistema foi cada vez mais descoberto aos nossos olhos, se esparramou e se lançou em explosões pelo espaço; desde que nós contamos por milhares de anos-luz e por galáxias; e desde que, do outro lado das infinitas e astronômicas, o imenso reapareceu para o nosso conhecimento mais bem armado, no incompreensível rebuliço do ínfimo; desde que a nossa visão se abriu à inquietude, continuamente vem testando nossa insignificância. A cada dia descobrimos outros Universos, outros mundos examinados, mais distintamente e embaraçando ainda mais nosso pouco conhecimento do velho mundo.

Estamos no abismo dos números, marés agitadas à nossa volta, corpos e corpúsculos e abismos do Tempo; eixo sem fim ao redor do qual se processam em explosões de estrelas, criando cada dia mais um novo no velho sistema.

O que resta de nós mesmos? Ou por outras palavras, como não nos sentir simplesmente aniquilados, anulados em meio a essas grandezas e explosões? É pela sombra, sempre mais crescente em sua imensidão, que o Cosmos lança a primeira inquietação em nossas curtas visões.

Neste grandioso Universo, nesse desenvolvimento onde se encontra o ser humano, diante da grande modernidade, podemos acreditar que a doutrina da evolução, precisamente, minou e arruinou a antiga idéia do mundo? Pode-se pensar com razão que este fato esteja ainda cercado de numerosas incertezas? Só uma verdade: não somos os únicos nesse grandioso Universo.

Estamos presenciando uma ruína da idéia do mundo, das mais importantes, porém ainda temos questões que nos deixam dúvidas. Até pouco tempo, o ser humano considerava as grandes estruturas do Cosmos uma realidade sólida e imutável. As variações só existiam nas pessoas, eram apenas rugas sobre a superfície calma de um oceano. Colocados em suas órbitas no princípio dos tempos, os corpos celestes perfaziam seu curso, as estações variavam, as gerações se sucediam nos limites fixados pela própria espécie.

Nos dias de hoje, as ciências contemplam milhões de anos atrás, e descobrem perspectivas de profundidade e transformação, mesmo no que parecia simplesmente imutável. Nosso sistema solar não é mais imutável. A nossa Terra e todas as realidades terrestres. Todos os fenômenos só podem ser concebidos como determinados pelo tempo em que eles se localizam. A vida não pode aparecer na Terra antes que o ambiente seja habitável, antes de formar uma atmosfera suficientemente rica em oxigênio para se viver. Todos os fenômenos têm sua origem no tempo. Em sua gênese, ação e natureza, eles estão ligados e dependem de um complexo, duma cadeia infinita de fenômenos anteriores.

O Universo único, em que todos os elementos não podem aparecer, senão por um nascimento, isto é, em união com o desenvolvimento do conjunto, adquiriu uma dimensão bem maior. As gerações anteriores podiam crer que cada espécie viva tivesse sido criada por um só Deus, porque nunca poderíamos imaginar a existência de outras galáxias em um só mundo. Podendo assim colocar na mesa a existência de mais de um Deus? Ou melhor, um Deus para cada novo mundo descoberto? Jamais poderíamos acreditar que a cada grande explosão fosse surgir um novo mundo.

Porém, na minha imaginação do Cosmos e do começo dos tempos, em meus dias, comecei a descobrir que na origem das novas espécies e com os atuais acontecimentos na Terra, se tornou episódios já vividos em anos-luz. Em respeito ao Criador e a criação, me obrigo no presente a não mais tomar em consideração o que se chamou de hipótese de desigualdade, termo muito desencontrado e ardiloso para designar a intervenção divina na constituição das diferentes espécies. Apesar de todas as incertezas e obscuridades, devo reconhecer a evolução a cada explosão no Universo como um fato único da evolução.

Sob pena de sacrificar a estabilidade do mundo, as religiões pregam que seus elementos, grandes e pequenos, no presente, no passado e no futuro, não formam uma unidade real. É preciso ir mais além dos nossos olhos. Isso não é outra coisa senão a transposição da problemática da antiga tese da filosofia e da teologia. Para mim, ainda acredito que todas as coisas que provêm de Deus têm uma relação que vai para Deus. É por isso que todas as coisas pertencem necessariamente a um mundo único.

Todo fenômeno deve, interiormente, estar ligado ao conjunto dos fenômenos. É absolutamente impensável que isso seja diferente. Conhecer Deus é ver toda seqüência de explosões no Cosmos como evolução de sua unidade. Essa invasão de fora, em anos-luz, vem mostrar que o universo físico é um complexo gigantesco, porém, interligados.

Enquanto tudo se transforma, permaneço admirando o oculto, as incertezas, as perguntas mal respondidas, porém, não me deixo contaminar pelo medo, porque não sei da legítima verdade. Continuarei acreditando em um só Deus, para todas as descobertas, para todas as criações, para todas as explosões, para todas as evoluções. O Deus que Jesus e outros grandes espíritos me mostraram e mostram em mensagens e por todos os sinais espalhados nos quatro cantos da Terra.

BNN

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Conteúdo desenvolvido por: Bernardino Nilton Nascimento   
"Não seja um investigador de defeitos, seja um descobridor de virtudes"./ "Quando a ansiedade assume a frente, as soluções vão para o final da fila"./ "Quando os ventos do Universo resolve soprar a favor, até os erros dão certo". BNN
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