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O Mahabharata, uma pequena síntese

Atualizado dia 2/3/2010 1:26:02 PM em Espiritualidade
por Rosemary Rezende


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O Mahabharata é o maior poema épico de todos os tempos. Ele é composto de cem mil estrofes, divididos em cem capítulos, ou slokas, dos quais o Bhagavat Gita é o número 63. Seu tema principal é a história dos descendentes do rei Bharata. O que vem a ser a própria história da Índia, pois ela é Bharatavarsa.


Esse grandioso épico conta a história do que houve em Bharatavarsa depois que o rei Pandu morreu. Pandu não era o filho mais velho de seu pai, esse era Dhatarashtra. No entanto, por ter nascido cego, ele não poderia ser o rei, essa função coube a seu irmão mais novo, o próprio Pandu. E ele governou a terra com sabedoria, seus súditos eram felizes e havia abundância e harmonia em todo o canto, até que ele morreu.


Dhatarashtra tornou-se o regente, guardando o trono de Hastinapura para seus cinco sobrinhos, conhecidos como os pândavas. Eles foram educados juntos aos 100 filhos de Dhatarashtra. Mas na medida em que cresciam, em tudo, os pândavas se diferenciavam de seus primos; eles possuíam nobres qualidades e inúmeras virtudes.
Duryodhana, o filho mais velho de Dhatarashtra, motivado pela inveja e desejando ardentemente herdar o trono, tentou por várias vezes matar seu primo mais velho, Bhima. Ele era filho do trovão e possuía extraordinária força, nada podia realmente atingi-lo.


Chegando à idade adulta, Duryodhana e seu tio materno Sakumi, urdiram um plano para matar os cinco pândavas. Ele mandou construir um palácio, numa vila bem distante, e o ofereceu a seus primos. O palácio tinha todo acabamento feito em laca, substância altamente inflamável, de modo que foi fácil para os servos de Duryodhana atear-lhe fogo. O palácio foi reduzido às cinzas, mas os pândavas e sua mãe, a rainha Kunti, avisados por seu amigo e tio Vidura, escaparam por um túnel. Dhatarashtra pensou que tivessem morrido.


Disfarçados de brâmanes, os pândavas se esconderam nas florestas, vivendo humildemente e reclusos. Entretanto, tendo ouvido que o rei de um país vizinho promoveria um torneio para escolher um marido para sua filha, se dirigiram até lá para competir pela mão da princesa.


O vencedor teria que acertar um alvo móvel, pendurado no teto do palácio, mas não poderia olhar diretamente para ele. Deveria acertar o alvo, mirando um espelho d’água no chão, usando um marco pesadíssimo. A prova exigia extrema força, habilidade e perícia no arco e flecha.


De todas as partes do mundo chegaram pretendentes, inclusive Duryodhana, mas um após o outro fracassaram. Finalmente, Arjuna, o filho do vento e o terceiro pândava, retesou o seu arco e com certa facilidade acertou o alvo. Draupadi, a princesa, então colocou a guirlanda da vitória em Arjuna e o elegeu seu esposo. Porém a assembléia de príncipes não quis aceitar a vitória de um aparente pobre brahmana. Haveria guerra se Krshna, primo materno de Arjuna, não tivesse interferido.


Os irmãos levaram Draupadi para a floresta onde a rainha Kunti os esperava. Chegando lá eles gritaram, mãe venha ver o magnífico tesouro que nós trouxemos. A rainha ocupada com seus afazeres, apenas respondeu: dividam-no igualmente entre vocês meus filhos. Quando chegou a sala e viu que o tesouro era uma princesa, exclamou cheia de espanto: Oh o que foi que eu falei?!Mas já era tarde demais, como sua palavra era sagrada a seus filhos, todos os cinco casaram-se com Draupadi.
Dhatarashtra e seus filhos souberam então que os pândavas estavam não apenas vivos, mas também aliados pelo casamento a um grande e poderoso monarca.

Embora Duryodhana ambicionasse a posse de todo o reino, Dhatarashtra aconselhado por Bhisma, ofereceu a seus sobrinhos a metade pior de bharatavarsa. Os pândavas, com a ajuda do arquiteto dos planetas celestiais, Viva Karma, construíram lá uma bela cidade e coroaram rei o seu irmão mais velho, Yudhistira, o filho do sol.
O sucesso dos cinco irmãos só provocou ainda mais a inveja de Duryodhana, que imediatamente armou outro plano para arruiná-los. Novamente com seu tio, o trapaceiro Sakumi, convidou os primos a um jogo de dados. Esses, de acordo com as normas de conduta dos guerreiros, não podiam recusar.


Yudhistira, perdendo todas as partidas, apostou sua riqueza, seu reino, seus irmãos a ele mesmo e por fim até Draupadi. Ao fim do dia, os pândavas não tinham mais nada e eram escravos de seu primo, que aproveitou a ocasião para humilhá-los ainda mais, e tentando desnudar Draupadi em público, ofendeu aos pândavas moralmente. Draupadi foi salva por Krshna dessa vergonha. Dhatarashtra apesar de ter a mente demoníaca, não agüentou ver em sua família tamanha humilhação, interveio e devolveu a liberdade e o reino aos sobrinhos.


Duryodhana insistiu com seu pai e propôs um novo jogo aos primos. Quem perdesse, perderia o reino, teria de se exilar na floresta por 12 anos e depois viver mais dois anos incógnitos em alguma cidade. Caso fossem descobertos, teriam de viver mais doze anos no exílio. Sem poder recusar o jogo viciado, Yudhistira perdeu novamente e foi viver como prometeu na floresta, junto a sua família, passando perigos e austeridades.


Vencido o prazo e tendo cumprido fielmente sua palavra, os pândavas votaram e reivindicaram o seu reino. O primo trapaceiro alegou que antes do prazo eles tinham sido descobertos e recusou-se a devolver o reino. Krshna então atuou como emissário e tentou negociar com Dhatarashtra, pedindo para os pândavas apenas uma pequena cidade para governar, argumentando que a classe dos guerreiros, para cumprir o seu dharma, precisavam governar. Todos os esforços de Krshna foram em vão, pois o rei e seu filho se mantiveram inflexíveis.


Fracassadas as tentativas de negociação, a guerra era iminente e envolveria todos os reis de Bharata. Seria a guerra por todo um império. As facções rivais pediram o apoio de Krshna, mas como a Suprema Personalidade de Deus devia se manter imparcial perguntou a eles: o que vocês preferem lutar ao lado de meu exército ou comigo desarmado? Duryodhana preferiu o grande exército de Krshna, mas Arjuna lançou mão de seu primo como quadrigário.
A guerra foi travada no campo de peregrinação de Kurukshetra e foi ali que, nos momentos que antecederam a batalha, ocorreu o diálogo entre Krshna e Arjuna, o famoso canto do Bhagavat Gita.

Texto revisado


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Conteúdo desenvolvido por: Rosemary Rezende   
Tecnica Agrícola, Medica Veterinária, Homeopata, Terapeuta Holística. Atualmente trabalhando com Terapia Nexus, massoterapia Indiana, Numerologia Indiana, Florais e Homeopatia
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