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O QUE É, AFINAL, O HOMEM

Atualizado dia 6/22/2010 3:14:14 PM em Espiritualidade
por Oliveira Fidelis Filho


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"Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus..."
Davi

Não somos como uma pedra, lírios ou pássaros. Para estes representantes do reino mineral, vegetal e animal, ser é um estado inerente, natural e inquestionável, são o que são.  Entretanto, o homem não é um ser e sim um vir a ser, é um processo. Está em algum ponto na escala da realização, em algum degrau na escada que liga a Terra ao Céu, na busca do Eu Sou.

Para fazer jus à realidade humana é ineficiente tanto a teoria zoológica darwinista como a teoria mitológica da teologia. A tese cosmológica, para mim, justifica integralmente a realidade humana. O homem, tal qual o conhecemos, esteve sempre contido na Potência Inicial, Essência Elemental, em Deus, de onde fluem progressivamente os Mundos visíveis e invisíveis.

Em nossa odisséia evolutiva fomos conduzidos, inconscientes e progressivamente, através do reino mineral, vegetal, animal. Do barro ao animal, muitas Eras se passaram, do animal ao despertar da consciência - sopro de Deus - muitas outras Eras...

Emergimos do mineral para o vegetal, do vegetal para o animal e do animal para o hominal, impulsionados por uma essência em constante busca do vir a ser.

O fascínio fácil da aparência, a forma-pensamento a serviço da imperfeição, resulta em valores que não refletem a realidade humana. O foco na persona em detrimento da personalidade, a ênfase na especialização fragmentada em detrimento da individuação e da unidade, produzem a falsa idéia da humanidade mergulhada na insanidade, na maldade, na loucura, nas sombras, no fracasso.

 Tal visão existencialista, periférica e distorcida, leva-nos à idéia de que somos essencialmente maus. Tese esta que as religiões não medem esforços em ressaltar, até porque tal entendimento - ou falta de entendimento - da degeneração humana é imprescindível para alimentar a culpa e o medo. Perpetuam assim seu domínio e exploração dos que se sentem irremediavelmente dependentes do antídoto para o veneno que a própria religião inoculou.

Mas toda visão distorcida do homem age como um véu sobre sua verdadeira Essência, que conhece, espera e prepara o momento certo de sua plena expressão, tal como a borboleta, cujo esplendor se abriga no rígido e inexpressivo casulo, até que sua plenitude se faça. 

Este princípio ordenador da Essência, no devido tempo, cria e transforma a matéria, da qual se serve para revelar seus mistérios. 

Essencialmente, somos Luz e Amor, pois emanamos do Ser de Deus que assim é percebido por todos que possuem, ainda que pequeno, um lampejo de Sua presença.

Somos essencialmente bons, mantemos em nós a imagem do Criador, ainda que em estado embrionário. Esta imagem jamais foi quebrada, simplesmente, ainda não foi plenamente realizada; tal essência jamais se desvaneceu, permanece em estado latente ainda não plenamente expressada.

Quando o frasco que contém esta Essência de Deus permitir que ela se derrame, facilmente nos perceberemos à imagem e semelhança de Deus, pois esta é a vocação da humanidade.

Portanto, é mais produtivo conceituar o homem a partir do que permanece latente, assumindo uma atitude amorosa, que se traduz em esperança no que está para ser revelado.

Deus é Energia a emanar Vibração e Luz. Sob o calor de Sua Luz a vida dança e se desenvolve. Portanto, somos filhos da Luz, da Vibração da Energia, e crescemos evolutivamente para sermos explicitamente o que implicitamente somos. Isso explica porque nos sentimos plenos quando cheios de energia, vibração, iluminação criativa e feliz. Tais momentos revelam com clareza e antecipadamente o que realmente somos.

Deus é o Ser do qual emana o Amor que faculta o surgimento da Paz. Portanto, somos filhos do Amor. Por isso amamos a expressão do Amor e nos encontramos deliciosamente sob as asas da Paz.

Essencialmente, portanto, o homem é Energia que se realiza na Luz e Amor que se deleita na Paz. O que ainda permanece denso, escuro, faz parte do casulo do qual no momento certo nos livraremos.

Faremos bem se, ao olharmos para alguém, nos deixarmos levar pela percepção de sua essência divina. Até porque as pessoas evoluem mais facilmente quando seu valor - o bem que nelas há - é valorizado e estimulado.
 
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Conteúdo desenvolvido por: Oliveira Fidelis Filho   
Teólogo Espiritualista, Psicanalista Integrativo, Administrador,Escritor e Conferencista, Compositor e Cantor.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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