O Sermão aos Pássaros e o Evangelho da Simplicidade

O Sermão aos Pássaros e o Evangelho da Simplicidade
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Autor Paulo Roberto Savaris

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 12/23/2025 7:42:45 PM


Quando a Palavra não precisa de púlpito

Francisco não subiu num púlpito.
Não levantou a voz.
Não organizou uma assembleia.

Ele apenas parou.
E falou.

Diante dele, os pássaros não pediram explicação, nem garantias, nem provas. Ficaram. Escutaram. E, segundo os relatos, não fugiram enquanto ele falava. Como se reconhecessem naquela voz algo familiar - não um discurso, mas uma presença.

O Sermão aos Pássaros não é uma cena infantil da hagiografia cristã. É uma das imagens mais profundas do Evangelho vivido em estado de simplicidade radical.

Francisco falava porque transbordava.
E os pássaros escutavam porque não estavam cheios de si.

Talvez aí esteja o grande contraste com nosso tempo:
falamos demais para convencer
e escutamos pouco para transformar.

O Evangelho, na vida de Francisco, não precisava de estrutura, palco ou argumento sofisticado. Precisava de coerência. De um coração desarmado. De alguém que tivesse desaprendido a se colocar acima das outras criaturas.

Ao falar com os pássaros, Francisco não os ensinava - reconhecia-os como irmãos. Não os dominava - colocava-se ao lado. Não os usava como metáfora - respeitava sua existência concreta.

A simplicidade do Evangelho é essa:
quando a vida anuncia antes da palavra,
quando o gesto fala mais alto que a voz,
quando o amor não precisa ser explicado.

Talvez por isso o mundo tenha tanta dificuldade com a simplicidade. Ela desmonta nossas defesas. Desmascara nossas máscaras. Nos convida a viver com menos controle e mais confiança.

Os pássaros vivem assim.
Cantam sem acumular.
Voam sem mapas.
Confiam no dia de hoje.

Francisco enxergou neles um espelho do Evangelho que Jesus anunciou:
"Não vos preocupeis demasiadamente com o amanhã."

Não é irresponsabilidade.
É abandono confiante.

O Sermão aos Pássaros continua acontecendo sempre que alguém escolhe viver com menos ruído, menos posse, menos pressa - e mais verdade.

Talvez o mundo não precise de mais discursos religiosos.
Talvez precise de mais vidas que, como Francisco, falem com simplicidade suficiente para que até os pássaros compreendam.

Minha vida anuncia o Evangelho antes das minhas palavras?

Um Sonhador, Caminhando com Francisco - Paulo Roberto Savaris - Autor dos eBooks Série, Descubra Caminhando com Francisco e O Eremita Digital - Silêncio no Caos Moderno. Reflexões sobre espiritualidade, fé, natureza e simplicidade. https://www.caminhandocomfrancisco.com/





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