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O sucesso da alma

Atualizado dia 6/21/2012 12:51:44 PM em Espiritualidade
por Teresa Cristina Pascotto


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O sucesso original, em sua forma mais divina, é proveniente dos anseios e conquistas da alma, e faz com que a pessoa brilhe intensamente e se sinta plena e fortalecida. Este é o tipo de sucesso que não precisa ser anunciado, a pessoa que o conquista simplesmente É e não precisa provar nada a ninguém. Essa pessoa se sente bem sucedida e se mantém humilde, apesar de seu poder. Ela não carrega o sentimento de superioridade e nem de prepotência e arrogância, que é o que acontece com o tipo de sucesso falso, que é alcançado a partir dos desejos e conquistas do ego.

Este sucesso é baseado em disputas, na necessidade de provarmos aos outros o quanto somos poderosos. Aquele que alcança o falso sucesso, sempre quer mostrá-lo aos outros, para provocar-lhes inveja. Incomoda-se com a inveja dos outros, mas faz de tudo para exibir, orgulhosamente, seu falso brilho proveniente do falso sucesso. Isso acaba ativando a cobiça alheia.

Vou usar um exemplo: É como uma criança que sempre gosta de provocar os amiguinhos quando ganha um brinquedo que os outros não têm, essa criança adora expor seu brinquedo precioso, dizendo: "eu tenho, vocês não têm!" Claro que ao serem provocadas, as outras crianças sentem vontade de ter aquele brinquedo e fazem de tudo para tomar o brinquedo do exibicionista que ficou atiçando-as. Muitas vezes, as outras crianças "atacam" a criança orgulhosa e até batem nela, empurram-na, forçando-a a soltar o brinquedo, tomando-o dela. A criança "roubada" sente-se extremamente ameaçada, tenta intensamente proteger seu brinquedo, mas é impossível, ela aguçou tanto a vontade dos cobiçosos que eles não conseguiram frear seus impulsos e a atacaram. A criança "roubada" chora, se sentindo agredida e com muita dor, tanto pelo ataque, quanto por ter ficado sem seu precioso brinquedo, mas, principalmente, por ter perdido a "falsa e poderosa sensação de sucesso". De alguma forma, essa criança sabia que se provocasse os outros, seria atacada e roubada, mas mesmo assim o fez.

O motivo disso é porque ela percebeu, "lá atrás", que quando teve alguns impulsos de sua alma e se manifestou majestosamente brilhando em seu esplendor, isso provocou desconforto e incômodo nos outros e, consequentemente, ela foi repreendida por causa disso. Então ela entendeu que é proibido ter algo que lhe confira uma posição de "superioridade" aos outros e que a torne bem sucedida em seus intentos e propósitos - no sentido iluminado -, e que não poderá obter e nem manter suas conquistas e sucesso obtidos pelos impulsos da alma. Isso tudo ocorreu de forma inconsciente entre a criança e seus familiares, apenas na dinâmica oculta entre as energias de consciência das pessoas envolvidas. Ninguém "pode ter sucesso e brilhar", essa é a regra imposta aos que pertencem a essa linhagem familiar. Assim, a criança passou a acreditar que brilhar era perigoso e acabou por ocultar o brilho de sua alma. Mas ela gostou muito de se sentir brilhante e sentia um forte desejo por sentir e viver mais dessa experiência e foi então que criou uma forma falsa de expressar seu brilho, buscando formas de conquistar coisas que lhe dessem "um minuto de glória", mesmo sabendo que esse tipo de sucesso não brilhava tão intensamente quanto o brilho do sucesso da alma. Ela foi estudando o mundo e percebeu que cada vez que obtinha ou possuía algo que a fazia "brilhar" de felicidade, chamava atenção dos demais e isso lhe trazia um fraquíssimo vislumbre parecido com o brilho da alma. Mas ela sabia que logo teria que "perder, largar ou jogar" esse "algo" que obteve, ou receberia uma carga de energia negativa.

Assim, para sentir um pouco dessa força, passou a viver uma busca frenética para encontrar condições, situações e "posses" que sejam o objeto de intenso desejo de todos e que lhe tragam uma poderosa sensação de sucesso, mesmo que falso. Ela precisava de intensidade cada vez maior.

Ao obter qualquer objeto de seu desejo, logo desfilava com ele, hiper valorizando-o, provocando os outros, aguçando sua inveja, sentindo-se poderosa e vitoriosa, vendo o olhar de inveja e cobiça dos outros, e mais intenso se tornava seu momento de falso sucesso. A criança aprendeu a saborear esse momento até mais do que o próprio objeto de desejo conquistado. O objeto em si, logo perdia seu valor, pois ela também aprendeu a não se ligar muito a ele. Seu maior prazer era o momento de felicidade de ter o objeto que os outros não tinham, as sensações de poder, superioridade e sucesso, fizeram a criança se tornar arrogante e prepotente.

Tudo o que essa criança aprendeu foi criar situações e condições, para "ser ou ter" algo que fosse objeto de cobiça e desejo alheio. E assim a criança cresceu e isso virou uma compulsão. Quando adulta, seus objetivos de vida continuaram a ser baseados não nos anseios de sua alma, mas nos desejos do ego, naquilo que seria desejado, invejado e cobiçado por todos. Esse tal "objeto" pode ser uma mansão, uma posição de destaque ou, infelizmente, pode até ser um(a) companheiro(a), caso este(a) seja uma pessoa muito desejada por todos(as). O importante é a pessoa poder "desfilar com seu objeto" precioso e se sentir poderosa. Ela ficou viciada nas sensações de prazer que os momentos de (falso) sucesso lhe proporcionavam desde a infância. Agora adulta, "viciada em sucesso", tudo o que ela sempre busca é perseguir objetivos que a façam sentir novamente aquele êxtase criado pela conquista de algo diferenciado e superior a todos, dando-lhe a (falsa) sensação de sucesso. Ela não quer o que acredita querer, ela quer sentir esse êxtase. Por isso, tudo o que ela busca intensamente, sempre que conquista, perde seu efeito, poder ou até mesmo "deixa de existir" na vida dela. Ela perde tudo o que conquista e está sempre insatisfeita e sentindo-se fracassada.

Essa é a história da grande maioria de nós. A cura para isso é a pessoa voltar para dentro de si, para encontrar essa realidade, esse vício. Ao reconhecer esse mecanismo interno e ao aceitar essa realidade, a pessoa poderá desejar encontrar a solução que seu Eu Superior carrega, para curar-se do vício. Esse empenho fará com que a pessoa reconecte-se com sua alma, permitindo que ela se expresse novamente, para que a alma passe a guiar a pessoa, mostrando-lhe seus anseios e os recursos internos para conquistar seus desejos mais profundos. Nessa trajetória, inevitavelmente, a pessoa irá modificar seu padrão e seu olhar sobre a vida e passará a ressignificar seus valores, vivendo apenas conectada e impulsionada pelos valores, impulsos e anseios de sua alma. O sucesso será consequência natural neste caminho, mas será alcançado de forma pura, sem alarde, e com um poder indescritível. E sem querer provocar a cobiça alheia. A pessoa simplesmente será a realidade de sua alma. Será apenas uma questão de mudança de olhar, de olhar do ego, para o olhar da alma.

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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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