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Os Compromissos Toltecas

Atualizado dia 8/19/2014 3:32:02 PM em Espiritualidade
por Mariana Montenegro Martins


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Vivemos uma época de renascimento da sabedoria dos povos originários. Há milhares de anos, na antiga América, ao Sul do México, viveram os toltecas, cientistas e artistas que conservavam a sabedoria antiga dos seus ancestrais. Don Miguel Ruiz, descendente desta tradição, em seu livro “Os Quatro Compromissos”, traz-nos os antigos conhecimentos dos nagual, os mestres toltecas. De forma simples e prática, através de quatro compromissos de caráter e de fé, o livro nos guia na direção da verdadeira liberdade.
 

Antes de tudo, ele vai falar da “domesticação e do sonho do planeta”, da situação em que se encontra a humanidade. Que em linhas gerais significa que vivemos um sonho que não é nosso, mas que é um sonho coletivo, que nos leva a querer nos adequar para agradar aos outros, e acabamos fingindo ser o que não somos, falseando nossa própria existência. Não vemos a realidade, mas somente o sonho da mente coletiva, porque nossas mentes estão enevoadas, presas a uma ilusão que não nos permite ver com clareza.  

Essa domesticação e esta ilusão são mantidas por compromissos baseados no medo e na negação, e precisam ser quebrados se queremos viver uma vida de alegria e realização. Dom Miguel diz que precisamos reclamar de volta nosso poder pessoal e fazer novos compromissos, mas estes baseados no amor. Por isso, vamos apresentar aqui, novos compromissos que podem ajudar a nos livrar do nevoeiro e a nos abrir à criação de um Novo Sonho. Vejamos então, “Os Quatro Compromissos” da filosofia tolteca:

“Seja Impecável com a sua palavra”. A palavra tem poder. Ela é criadora. Nós criamos através da palavra, do som, da intenção. Se queremos criar um novo mundo para nós, antes de tudo precisamos aprender a fazer o uso correto da palavra. Usá-la com a consciência, para criarmos o mundo de harmonia e de felicidade que desejamos. Não utilizar a palavra contra si mesmo, e nem contra os outros; falar abençoando, falar apaziguando; falar impulsionando. Ser impecável com a palavra significa usá-la sem contrariar a própria natureza, para espalhar amor e criar o Paraíso na Terra.

“Não leve nada para o lado pessoal”. Quando uma pessoa fala, ela está expondo a si mesma. Temos a presunção de achar que tudo é sobre nós, mas não é. Precisamos deixar de nos dar tanta importância pessoal, pois cada um vive em seu próprio sonho, em sua própria mente, e é isso que se revela quando se expressa, ou mesmo quando acha que está falando dos outros. O que o outro faz não é motivado por mim, mas por ele mesmo, e o que pensa sobre mim não é problema meu, é dele. É simplesmente a forma como vê o mundo, a partir de suas próprias crenças.

“Não tire conclusões”. Todo o drama da vida surge de levarmos para o lado pessoal e em seguida tirarmos conclusões precipitadas, sem nem ao menos verificar. Criamos logo um monstro na cabeça, nos transformamos em vítima das circunstâncias, que temos a ilusão de que acontecem exclusivamente em função de nós. Gostamos de tirar conclusões sobre todas as coisas, e depois juramos que elas são reais. Interpretamos mal as situações e por isso sofremos. Isto vem da necessidade de querer controlar tudo e justificar para nos sentir seguros. E quando então não conseguimos fazer isso, presumimos, inventamos na nossa cabeça, e é assim que criamos o sonho do inferno. Por isso, se algo não está claro, não tire conclusões, pergunte!

“Dê sempre o melhor de si”. Este compromisso é determinante para os outros três. É fundamental no caminho da libertação pessoal fazer sempre o melhor, nem mais nem menos. Isso significa também produzir com alta qualidade num momento, e em outro talvez não tanta. Mas o que importa é fazer o melhor a cada momento. Nem exagerar, não gastar mais energia do que se tem, nem fazer de menos, para não ter arrependimentos ou frustrações depois. Também não basta fazer o suficiente, só para ter uma recompensa, mas fazer o melhor, para ter realização. O compromisso aqui é ser verdadeiro e empenhado, pois como bem diz a poesia de Fernando Pessoa: “Para ser grande, sê inteiro, põe quanto és no mínimo que fazes”.

Assim podemos criar um Novo Sonho, como nos falam os toltecas, e viver intensamente a vida. Mas para isso, diz Dom Miguel, devemos deixar para trás o velho compromisso que fizemos com o sofrimento. Deixar para trás tudo o que aprendemos, que foi errado, para fazer novos acordos conosco e com vida. Um acordo de amor e realização, de verdade e plenitude. E escolher finalmente viver em estado de graça, enxergando a vida com os olhos do amor, em contato com a fonte de sabedoria dentro de nós, e quem sabe até sonhar com um mundo bonito e maravilhoso, com o Céu na Terra. 
 

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Conteúdo desenvolvido por: Mariana Montenegro Martins   
Escritora, jornalista, educadora e terapeuta. Nascida no Rio de Janeiro, no solstício de verão, sob o signo de sagitário. Site: http://trilhasdoser.com.br/site/
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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