Para os momentos de luta
Atualizado dia 2/1/2010 4:56:46 PM em Espiritualidadepor Aurora de Luz
A dor chega, bate à porta, vestida nas dificuldades do nosso cotidiano.
É um espinho aqui, uma palavra torta acolá... e os ânimos vão se abatendo pouco a pouco com a luta.
O que antes eram rosas agora só enxergamos os espinhos.
Começamos, então, a questionar a nós mesmos, a estrada que traçamos para nós, os nossos companheiros de luta.
Os nervos ficam a flor da pele.
Chegam às brigas, as dúvidas viram certezas, e a certeza um amargor da derrota, do cansaço de tanta luta em vão.
Mas quem somos nós para sabermos se a luta foi em vão?
Este invólucro de carne que habitas atualmente é denso filtro que não te permite ver as dimensões do alto.
Não tem maneira de saber se estás na estrada correta ou não.
Será que não foi exatamente isso que planejaste para tua encarnação? Como pode saber?
Como pode questionar os desígnios divinos se Dele não consegues ver a menor parte devido ao corpo que habitas atualmente?
Não questiona a dor, ela lava a alma e leva à luta as almas corroídas pelo desânimo.
Como saber se não era tudo isso que tu ou o teu companheiro de jornada precisavam ou precisam? Como saber?
Não cabe a nós questionarmos os desígnios divinos, pois muitas vezes fomos nós mesmos que assim planejamos.
A vida é luta e o sabor que a vitória traz é como mel na vida que seria apenas corriqueira e sem graça sem ela. Não damos valor para aquilo que vem fácil.
É necessário deixar a vida seguir seu fluxo.
Lutar sempre, levantar-se sem demora é necessário; desistir nunca.
E mais do que tudo, saber quando a vida nos chama para outra direção, não hesitar em deixar para trás uma porta que se fecha, pois você pode perder a outra que está se abrindo. Afinal, ela pode não ficar aberta para sempre...
P.S.: O espírito de uma senhora muito simpática insistiu em escrever isso para alguém com que ela se preocupa muito. Que ela possa me perdoar se o filtro que meu corpo proporciona não pode transmitir a mensagem com as palavras exatas que ela usou, belas e cheias de poesia como o seu sorriso.
Texto revisado
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