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Pequenos Notáveis

Atualizado dia 2/10/2012 11:18:47 AM em Espiritualidade
por Nilton Salvador


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Dificuldades de diagnóstico e avaliações mais criteriosas, a ética profissional e a competência pedagógica, dificuldades para diagnósticos e ainda avaliações, algumas reflexões sobre o preconceito e atuação da psicologia, readequação de ambientes, interrupção de execução de serviços apropriados, por falta de profissionais ou familiares, nem tanto de maneira privativa, mas global à natureza do autista, são preocupações que se intensificam.

Os avanços sociais educacionais, imaginados por teóricos, põem em curso a velha discussão da regulamentação da profissão de médico, gerando discussões, colidindo com outras da área de saúde estabelecidas em todos os seus aspectos, considerando o autismo como um fenômeno bio, psico, portanto, mental e físico e mais, afetivo e biológico porque abarca as questões neurológicas e genéticas.

O médico, sem generalizar, somente ele e não estando em pauta sua especialização, fica revestido de poder para formular o diagnóstico nosológico, ou seja, das enfermidades em geral e ainda mais, classificá-las a partir do seu ponto de vista pessoal, já que a capacidade de cada um não é uma verdade absoluta.

 Para tratamento do autista, o médico terá que exercer a integralidade de outras profissões que agem no contexto dele, sem fragilizar a psicologia nas suas atribuições, pois que classificada como item de tratamento multiprofissional, não se deve prescindir da sua atuação.

Nos atuais centros de atendimento educacional especializados, complementar ou suplementar, os autistas e deficientes da mente já são tratados com avançadas estratégias utilizadas por psiquiatras, psicólogos e educadores diversificados, orientando compreensão para si mesmo.

Para acompanhar o comportamento em sua diversidade, com sensibilidade e conhecimento, os profissionais poderiam considerar a aplicação de metodologias com base no senso lúdico do autista, levando em conta o prazer que ele apresenta na participação do processo educacional, revelando o caminho que permitirá a participação eventual no seu imaginário a partir da família.

Raramente um autista demonstra que retém ensinamentos. São mais comuns os registros das suas rotinas serem inesperadamente revelados ou, constatados mais tarde depois de acontecer uma espécie de maturação pelo mesmo, sem que tenha demonstrado interesse pelo que lhe foi ensinado.

Médicos e especialistas, poderiam se reunir com educadores e pais, para discutirem soluções sobre as dificuldades que os autistas têm para compreender a evolução do ensino, principalmente nos aspectos afetivos e educacionais.

Quando a família é incorporada ao processo terapêutico do autista, de acordo com a orientação de psicólogos e educadores em conjunto com as dinâmicas de reflexão e conhecimento de cada área afim, essa interação se tornará o elo que facilitará a integração minimamente ideal para o aluno.

Diferentes designações conceituais têm sido aplicadas para a educação inclusiva, pois quando se trata de autismo, ela aparece apenas como mais uma nova nomenclatura direcionada para estudante, surpreendendo o educador que de especialista em uma deficiência antes da nova diretriz de ensino, agora precisa ter formação mais ampla.

Entendendo que a criação de conceitos na mente é compreender, a decodificação significa reconhecer que o processo educacional de inclusão é o avanço que faltava para tratar deficiências com novas metodologias e no caso do autismo pelo menos amenizar os efeitos da síndrome, vista como impeditivo para o progresso do aluno.

As escolas brasileiras devem cultivar a partir de agora, e que ninguém duvide disso, um novo olhar, acolhendo a todos como estudantes e não doentes, defendendo-os como uma arma poderosa de combate ao preconceito em favor de todas as pessoas com deficiência.

O desafio não é viver, isso é natural, o desafio é conviver, completaria... É ser, fazer e aprender.

Durante a vida inteira o autista fica subjugado pela ditadura da genética, crescendo física e fisiologicamente, sem parar, mas mesmo em idade avançada, quando não tem mais nada para crescer, continua a aumentar o tamanho do nariz para não esquecer o mau cheiro do preconceito, por que não há projeto de vida para ele com perspectiva de vida, lazer, educação, trabalho, vida sexual e velhice...

Reflexões, debates de ações e responsabilidade social devem ser tão obrigatórias quanto à inclusão em qualquer planejamento pedagógico, pois incluir não significa diferenciar atividades para deficientes autistas ou não, mas sim aceitar a oportunidade para tentar solucionar o seu problema.

O sistema brasileiro de educação é o primeiro entre muitos países, que determina o ensino regular aos alunos com deficiência intelectual, deficiências sensoriais, altas habilidades, deficiência física e transtornos invasivos do desenvolvimento, fazendo a erradicação das "classes especiais", ampliando a perspectiva salutar da educação inclusiva.

Embora absolutista, em tese, os médicos que continuem executando prognóstico com dedicação, raciocinando diagnóstico, visando assegurar saúde e reabilitação das pessoas, sem polêmicas, como senso comum na história da medicina.

A vida do autista pode não ser fácil, pois a convivência é o desafio maior, pelo fato de ter que viver com o outro mesmo de forma indireta, desenvolvendo, a tolerância, o perdão, e seu senso de solidariedade entre outros, demonstrando que onde há sentimentos não pode existir aprendizado dissociado da prática.

Os autistas estão aí, mostrando que vieram para fazer parte do todo, exclusivamente, abrindo caminho para que os pesquisadores façam provas dos insucessos pontuais que as ciências transitórias, entrecortadas pelo êxito das suas limitações têm, e nada mais são do que humanas.

Únicos em emoções e sentimentos, os autistas são pequenos notáveis, não nascem prontos, são moldados e guiados para apresentarem similaridade pelo menos entre os "iguais na diferença". 

 
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Conteúdo desenvolvido por: Nilton Salvador   
Escritor amador - Articulista em jornais, revistas, sites, grupos e listas de discussão, do ponto de vista bio-psico-sócio-espiritual. Autor dos livros: Vida de Autista; Autismo - Deslizando nas Ondas; Deficiência ou Eficiência – Autismo uma leitura espiritual; Vivo e Imortal - Ensinando a Aprender; Adoção - O Parto do Coração. Brasileiro.
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