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Qual será a fonte do poder pessoal?

Atualizado dia 2/10/2014 11:54:27 AM em Espiritualidade
por Irlei Wiesel


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Manhãs geladas de inverno, escuridão imensa do lado de fora, deixar a cama quentinha às seis horas da manhã é um ato corajoso. Aos quatro de idade, eu acordava sorrindo e muito feliz, pois algo me dizia que a vida não acontecia embaixo daquelas cobertas. Sentia que me deslocar até os bancos escolares era mais que sair de casa, era sair da ignorância. Os obstáculos no percurso eram imensos. Além da escuridão, enfrentávamos as intempéries do tempo. Não contávamos com transporte escolar, fazíamos seis quilômetros diariamente a pé. Deslocar-me sem nenhum conforto não me impedia de sorrir. Mesmo congelada pela estrada coberta de geada, eu ia orgulhosa para muito longe. Sabe o que me motivava?
A minha intenção inconsciente de querer ser alguém na vida. Lembro do amor e o cuidado com que meus pais me auxiliavam.

Reconheço que os motivadores estavam entrelaçados, o amor dos meus pais e o desejo de vencer. Eles impulsionavam a minha ação. O apoio familiar sem a minha vontade pessoal dificilmente resultaria em sucesso e a minha vontade de criança sem o apoio dos meus pais também não levaria ao êxito. Somos de fato criaturas inseridas em ambientes com as necessidades adequadas para o desenvolvimento da missão pessoal. No meu caso, a dificuldade estava na logística. A estrada de chão e a distância da escola não foram empecilho. Apenas exigiram competência máxima.
Creio que isso sinaliza que é correto afirmar que já se nasce sabendo para o que viemos. Somos encaminhados para o ambiente propício, no qual somos colocados a prova.
É o caso de crianças que nascem com doenças graves, exigindo sua permanência no hospital. Lá recebem doloridas agulhadas na esperança de que a dosagem evite-lhes a morte.
Ou a criança que nasce linda e fofa, mas que mesmo assim não encanta a mãe e imediatamente é colocada para doação.
Ou aquela que nasce em um lar desajustado, no qual os maus tratos a esperam.
Ou aquela que nasce em uma família que não tem dinheiro nem para comida.
Há gêmeas, trigêmeas e mais até, e que precisam, muito cedo, aceitar e aprender a repartir espaço físico no útero, atenção dos pais e o amor fracionado e dividido em mais que um.
Existem também aqueles que nascem em famílias abastadas, amorosas e felizes.

Independentemente da realidade encontrada quando nascemos, é fundamental questionarmos os motivos que nos levaram a nascer naquela realidade. Questionarmos com humildade pode ser a porta do nosso sucesso. Assim, pergunte-se:
-Por que nasci onde nasci?

Esse questionamento traz lições implícitas de situações que parecem ser um mero acaso, mas que revelam uma intenção de transformação pessoal poderosa. O nascimento não é um ato isolado, aleatório, muito pelo contrário, ele é uma oportunidade que vem embalada para presente. Vai depender de cada um aceitá-lo como um presente ou desprezá-lo com amargura. As condições em que nascemos são pistas para nossa evolução.
O poder está em aceitar o presente embalado de várias formas. A forma é vista pelos olhos de cada um. Cada criança tem o poder de olhar para sua realidade motivada pelo olhar da oportunidade ou pelo olhar do desespero. A fita de cetim que faz o laço da vida ser colorido e abundante está em todas as caixas. A surpresa da realidade encontrada está no coração, quanto mais amor mais cor, quanto mais ódio e desespero mais cinza e escuro será o caminho.

Pelo que entendo de trânsito, é difícil dirigir com serração e escuridão. Apesar dos faróis, a visibilidade fica distorcida, não é mesmo?
Contudo, em um dia ensolarado, coberto com raios brilhantes, a estrada fica nítida e a direção escolhida é sempre certa, nem GPS é necessário. Sendo assim, a estrada da vida estará nítida para quem escolher sentir a força do laço de cetim vermelho, para quem aceitar a vida exatamente como ela lhe foi concebida. Quando aceitamos o que nos incomoda, automaticamente a realidade se transforma. O poder nasce da aceitação, do perdão da grandeza de nos fazermos dignos em situações de risco e em situações desconfortáveis.

Nascer nem sempre é em um berço de ouro, mas o ouro pode estar no coração transformador da dor em esperança, do desespero em calmaria, da indignação em atitude, do desamor em trabalho, do nada em tudo, do laço rasgado e sem cor, no mais exuberante e luxuoso do mundo. A escolha de transformar a realidade com amor é nossa.
Obviamente que muitos decidem transformar a realidade movida pelo rancor, raiva, orgulho ferido, prepotência, maldade entre outras feridas. Mas as conseqüências que distanciam o adulto do bebê, também o distanciam da missão de apreender.
Sendo assim, é bom nos perguntarmos o motivo pelo qual nascemos e de lá extrairmos a verdadeira rota para uma caminhada de progresso, sucesso, alta performance, capacidade máxima e poder pessoal inabalável.
Boa sorte a todos e que venham as respostas!

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