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Qual será a sua religião?

Atualizado dia 3/21/2012 9:03:59 PM em Espiritualidade
por Bernardino Nilton Nascimento


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Mesmo quando nos encontramos convictos em nossa fé, sempre estaremos prontos a novas experiências religiosas. Faz parte da procura do ideal da vida, faz parte do crescimento e da busca da felicidade. Costuma-se trocar de opiniões e de crenças quando a vida não caminha em compasso com os desejos.

O assunto religião, na maioria das vezes, torna-se complexo e difícil, graças a um sério obstáculo chamado fanatismo. Porém, este fanatismo pode mudar de lado a qualquer momento, pois, a não satisfação dos desejos e expectativas poderá resultar no apego a uma outra filosofia, tornando-a a melhor dos mundos.
Mesmo sabendo que existiram e existem muitas religiões não monoteístas, associo o conceito de religião à idéia de um sistema centralizado em um Deus agindo auxiliado por forças sobrenaturais. É natural considerar a crença em um só Deus o ponto de referência para a compreensão de todas as outras religiões. Desse modo, torna-se duvidoso usar o termo religião para filosofias espirituais em que, como no budismo, taoísmo, confucionismo, entre outras, não existem divindades. O que também pode ser observado é que os sistemas ditatoriais contemporâneos, que embora não sejam chamados fenômenos religiosos, psicologicamente falando, merecem tal designação.

Não existe palavra que decifre religião como um fenômeno humano geral. Assim, quando usamos esse termo, estabelecemos, automaticamente, uma associação a um tipo específico de crença, remetendo sempre a uma idéia de um Deus maior.

Então, qualquer filosofia de pensamento e ação seguida por um grupo, e capaz de conferir ao ser humano uma linha de orientação, se transformará, naturalmente, em um objeto de devoção. Não existe, na verdade, qualquer cultura do passado, e parece que não existirá no futuro. Temos que ter a consciência da existência não de um só Deus, mas de um só amor. Todos, perante o universo, somos apenas um, assim como um peixe é apenas um peixe, mesmo tendo várias espécies. Somos seres humanos. Somos, na verdade, frutos de uma só placenta, de uma só energia. Com esta visão, no futuro, quando todos brotarem o seu amor ao próximo, não haverá mais a necessidade das religiões, pois todos já serão a própria religião. Se a felicidade for proclamada e desejada ao próximo, não existirá mais prisão a uma só palavra com diversas interpretações.

O amor é a verdadeira religião. Ele não tem preconceitos, medos ou luxos. Ele é o único e verdadeiro caminho para a felicidade. Ninguém chegou ao topo da espiritualidade sem amor. Ele conduz o ser a ser honesto consigo mesmo e com o próximo, ele eleva a espiritualidade e se deixa chegar à iluminação.

Viemos para este mundo com a energia do amor e, acidentalmente, chegamos ao fim dos nossos dias muito materialistas. Conscientes de si mesmo, compreendemos a nossa impotência e limitações. Percebemos nosso próprio fim, a morte. Materialistas, nunca nos sentiremos livres para seguir o bem ou o mal da nossa própria vida. Não nos livraremos dos nossos pensamentos mesmo que esse seja o nosso desejo, e não nos livraremos do nosso corpo enquanto vivermos, pois ele nos obriga a desejar a vida.

A razão, seu maior privilégio, é, ao mesmo tempo, seu máximo castigo. Força-o a preocupar-se sempre com a solução de discursões muitas vezes insolúveis. A nossa existência difere da de todos os outros organismos, e é por isso que o estado de desequilíbrio é constante e inevitável a todos que se julgam donos da verdade. A consequência disso é um estado de conflito constante.

O humano é o único ser que sente descontentamento, que se sente expulso do Paraíso. Só para ele a vida é um problema, que tem que ser resolvido a qualquer custo. Ele não pode regredir ao estágio pré-humano, de harmonia com a natureza. Ele continua desenvolvendo a sua razão até poder dominar a sua própria natureza e a si próprio.

A emergência criou, dentro de cada um de nós, um caminho e duas saídas, o bem e o mal, que nos força a buscar constantemente novas soluções e aí, voltamos a procurar novos caminhos em velhas e novas religiões.

Havendo perdido o Paraíso, a unidade com a natureza, o ser humano se transformou num eterno andarilho, sentindo-se obrigado a progredir sempre, e a conhecer o desconhecido. O que ele deve, na verdade, é procurar explicar-se a si mesmo e compreender o sentido da sua vida. Deve tentar resolver essa dissociação interior, eliminando esse tormento que é a busca por um desejo de ser absoluto. Ele deve buscar uma nova harmonia, que possa superar a maldição que o separou da natureza, dos seus semelhantes e de si mesmo.

BNN



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Conteúdo desenvolvido por: Bernardino Nilton Nascimento   
"Não seja um investigador de defeitos, seja um descobridor de virtudes"./ "Quando a ansiedade assume a frente, as soluções vão para o final da fila"./ "Quando os ventos do Universo resolve soprar a favor, até os erros dão certo". BNN
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