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Quebrando grilhões. Limpando a alma.

Atualizado dia 7/21/2014 12:08:22 PM em Espiritualidade
por Adriana Garibaldi


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Os porquês divinos diferem muitas vezes daquelas motivações que, como seres humanos, poderíamos ser capazes de conceber.

Cada um de nós tem sua própria estrela particular a ser seguida, e precisamos compreender em profundidade aquilo que nosso espírito, a partícula de Deus em nós, busca nos revelar. Compreender as palavras inarticuladas da inspiração, ouvindo de forma intuitiva a voz que fala aos nossos ouvidos poluídos pelo mundo de fora, ou pelo mundo de dentro.
E, quando falo do mundo de dentro, não me refiro ao mundo da alma, mas às vozes do ego, das crenças limitadoras, dos medos, dos conceitos e dos preconceitos arraigados na personalidade. Conceitos que exprimem crenças aprendidas, resistentes ao sopro da bondade divina que fala em nós, convidando-nos a ressignificar aquilo que esteve por muito tempo apodrecendo em nosso íntimo, sem ser questionado.

Queiramos ou não, existe um caminho a ser percorrido, um programa a ser seguido, um propósito que algumas vezes é doloroso e árduo. No entanto, podemos facilitar as coisas, ou complicá-las, dando ouvidos àqueles sons imprecisos que desejam nos desviar dos objetivos internos apresentados pela alma ou, aprendendo a ouvir a voz do espírito, seguirmos o rastro luminoso da finalidade divina nas nossas vidas.

Não falo aqui de religiões ou dogmas, que são, na maioria das vezes, mais produtos do ego humano que da verdadeira espiritualidade. Falo de consciência e de visão interna.

A vida nos coloca frente a algumas circunstâncias ou seres, com a intenção de resolvermos pendências, conteúdos ou situações mal resolvidas.

Às vezes é necessário deixar morrer afeições que já fizeram parte de nosso coração. Matar em nós sentimentos, e isso nos doe profundamente.
Como num procedimento cirúrgico, precisam ser arrancados de dentro de nossas vidas, emoções que às vezes desafiam a lógica, sentires ou paixões, mágoas ou contrariedades que  não tem razão de ser no  momento presente.

Uma difícil cirurgia emocional que necessitamos seja bem-sucedida.

No entanto, sentimos que uma parte de nós morre também nesse processo.

Cortes necessários de grilhões que nos unem a alguns seres que hoje devemos ter como prioridade. Situações enlaçadas desde outros tempos e paisagens. Trate-se de pessoas, amores ou projetos, que foram deixados truncados, sem um fechamento adequado, chegam a nós para dar-lhes conclusão e uma finalização adequada, promovendo harmonia nos nossos corpos, nas nossas mentes e nas nossas vidas.

Sentimentos antigos que infelizmente continuam operando no presente, tornando-se reais ...profundamente reais para nós.
Resolver as pendências, limpar as emoções, envolvendo as circunstancias do passado com a nossa mais pura energia amorosa, de compreensão e de equilíbrio, permite com que elas saiam de nossas vidas mansamente, sem apegos nem revolta de nossa parte.
Histórias do passado que precisam, por fim, encontrar seu total e absoluto descanso.
Trata-se de um longo período em que nos sentimos ofuscados, perdidos, angustiados, cheios de duvidas e contradições, muitas vezes a vera do desespero. Algo assim como atravessar um imenso e solitário deserto.

Contudo, nossos anjos e guias sempre estão ao nosso lado para nos ajudar neste corte áurico, de esvaziamento das energias e de um esquecimento consciente de tudo o que nos doeu um dia.
Sempre somos responsáveis por aquilo que atraímos, sejam processos atuais ou ecos de um passado que já não existe mais, mas que, de alguma forma, continua atuando em nós. Obrigando-nos a fechar o que precisa ser fechado num tempo chamado agora, com paciência, boa vontade e otimismo.
Quando iniciei as primeiras incursões nas práticas mediúnicas de canalização, uma frase que foi dita por meu mentor espiritual, referindo-se ao passado e suas conseqüências cármicas, ficou bem gravado na minha memória. Ele diz mais ou menos assim:
“Se fará necessário realizar um autoenfrentamento num tempo em que virá à tona lembranças do passado capazes de enlouquecer a alma”.

Hoje pode perceber, após vinte anos, ao que ele se referia com essas palavras, quase que proféticas. Porque aquilo que precisa ser limpo, muitas vezes através da dor, de alguma forma é encaminhado para nós. Memórias que precisam ser transformadas através de autoanálise ou de uma profunda reflexão.

Ficamos revoltados, vemos como uma grande injustiça termos atravessado por áridos desertos de indiferença ou pelo fogo das próprias paixões que desnortearam o curso das nossas vidas, sem percebermos que os propósitos da alma são incontestáveis, profundos e misteriosos.

É a magia da vida que se manifesta, sendo necessário aceitar aquilo que precisa ser vivido até o fim, sem escapismos, e sem nos revoltarmos pela dor que pode nos causar.

Um processo onde somos postos à prova para que o quebra-cabeça da nossa história pessoal seja por fim contemplado e finalizado.

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